8/07/2006

FIGURAS QUE MARCARAM ÉPOCA

ROBERTO CARLOS
Tratava-se de um rapaz meio retardado, baixinho, galego que, aproveitando a fama do grande cantor, se auto intitulava como seu imitador, e tão bonito quanto ele, apesar de ser muito feio (só perdia para Tiberinho).
Gostava de galantear as meninas, que faziam gozações com ele. Ia muito para as praças e não perdia um filme e nem uma tertúlia nas décadas de setenta e oitenta. Sumiu de Floriano e, segundo dizem, pro rumo de São Raimundo Nonato, onde chegara a falecer.
Gostava, também, de tomar banho no Parnaiba, de descer o rio até o Restaurante Flutuante, mergulhando por baixo (ninguém sabe bem o que ele fazia debaixo do Flutuante), jogava o cabelo para trás com um giro rápido da cabeça, tirava taínha, pulava do antigo trampolim fazendo pose e era meio agitado.
Certa vez, na Ibiapaba, numa tertúlia, meio tomadão, queria varar a festa. Entrou de supetão e o porteiro logo o abordou:
- Cadê o ingresso, Roberto!
Roberto Carlos, vaidoso todo, retrucou cheio de moral:
- Meu amigo, eu já paguei! O negócio é que eu tinha ido deixar uma menina ali no Catumbi! Tu tá falando aqui é com Roberto Carlos, tá sabendo?
O porteiro deixou prá lá e deixou "inimitável" entrar e evitar maiores problemas. Coisas de nossa época romântica, que os anos não trazem mais.

8/04/2006

GRÊMIO DE GALDINO II


Esta também foi, sem dúvida alguma, uma das melhores formações do Grêmio de Galdino, quando o futebol de Floriano estava tomando um novo rumo, depois do período romântico.
Observamos, então, na foto (FLORIANO EM DIA), por exemplo, os craques, da esquerda para a direita, Gilson (grande lateral), Dias (providencial), Pedrão (zagueiraço), Joaquim José (in memorian), Antonio Ulisses (esse não alisava ninguém) e Galdino.
Agachados, os piolhos Chico, Neto, Gonzaga, Mocó e Jeremias pousando no famoso estádio Mário Bezerra nos anos setenta.
É claro que a partir dos anos oitenta, o futebol florianense sofreu um processo de decadência terrível, os estádios esvaziaram-se, principalmente quando a televisão começou a transmitir jogos ao vivo. Mais tarde, entretanto, nos anos noventa, o nosso querido Cori-Sabbá resgata essa pagina virada de nosso futebol, sagrando-se campeão piauiense, onde o atacante Walberto fora o destaque principal.
Precisamos repensar o nosso esporte e promover a volta dos bons tempos. Ainda há tempo.

8/03/2006

ARTESANATO

Floriano, com seus filhos, sempre muito criativos e trabalhadores, produziu belas peças de artesanato, tais como - espanadores de penas de ema, feitos e comercializados pelo senhor Pedro Roque da rua São joão; rendas e bicos feitos na almofada e bilros por dona dulce Neiva também da famosa rua São João; redes de linha, tecidas no tear por dona Maria Mendes Soares e dona Maria dos Anjos.
Essas redes estão espalhadas por todo o Brasil. Além de comporem o enxoval de quase todas as noivas da cidade, eram objetos de luxo com que se presenteava amigos e visitantes.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira Sobral Neto

COMERCIO ESPORTE CLUBE


Estamos observando a famosa equipe do Comércio Esporte Clube do ano de 1967. Time da elite florianense, que exerceu uma liderança marcante na epopéia romântica de nosso futebol, ganhando vários campeonatos.
Na foto (do FLORIANO EM DIA), em pé, da esquerda para a direita, temos os piolhos de bola João Rato, Antonio Guarda (não alisava ninguém), Ué Macaco; Miguel da Véia Bela, Brahim e Bagana (romântico).
Agrachados, na mesma sequência, Petrônio (cracasso), Osmar, Antonio Luis Bolo Doce (in memorian), Sadica (genial) e Chicolé (estilista).
Chicolé, que chegou a jogar em vários times da Capital piauiense, hoje aposentado do Banco do Estado do Piauí, mora em Teresina e argumentou para a nossa reportagem, que "esse período foi um dos melhores de sua vida como jogador de futebol".
Época romântica, que os anos não trazem mais. Quem viveu, viu!

8/02/2006

DE VOLTA PARA O FUTURO


Não tínhamos pressa. Na verdade, estávamos dando um belo giro pela Barão, revendo lugares, pescando, tomando uma caipirinha e tomando aquele banho no cais do porto.
De repente, observamos uma canoa à vela vindo de mansinho. Aproveitamos esse momento para registrar a passagem de uma das últimas delas, com o velho pescador Zé Rubal (in memorian), que sabia onde os piaus estavam.
A paisagem nos trazem um sentimento lírico, nos engrandecendo a vaidade; emoções fortes no trajeto de um rio que ainda permanece caudaloso, feito cobra grande, mas que as nossas autoridades não têm interesse em desenvolver e revitalizar essa nossa grande riqueza.
Mas o importante é que há um futuro. E ainda podemos tirar proveito disso. Se quizermos.

8/01/2006

"NEGO CLÉBER" - IN MEMORIAN



CLEBER RAMOS – BOLÃO E AMIGO!

"Quadra do Comércio Esporte Clube. Palco dos grandes eventos esportivos. Torneio de Férias de Inverno. A quadra lotada. Jogo disputadíssimo. Numa bela jogada o time Sem P. faz um a zero contra o Narciso. Cleber Ramos, calmamente, foi no fundo da rede, pegou a bola e avisou seu Guilherme: "deixa comigo!" Quando Puluca bate o centro pro grande artilheiro, ele sai driblando todo o time adversário, faz o gol e sai naquela vibração característica!" - relembra Zeca Futuca.

Cleber Ramos, florianense, filho de Valter Ramos e Dona Mirosa, seus irmãos: Valmir Ramos, Argeu Ramos, Carlos Ramos, Quinto Ramos e Décimo Ramos.

"Não vou mais ganhar roupa, nem o cinquentinha quele me dava toda vez que vinha em Floriano" - narra Cangati, com a garganta entalada.

Jogou no Grêmio Esportivo Florianense: Joaquim José, Teodoro Preguiça, Bagana, Antonio Guarda e Geremias; Bago e Babau; Janjão, Selvú, Gonzaga Preto e Nego Cleber ( Gonzaga Branco). "Era um timaço, assombrava" - conta Galdino.

Perguntamos ao famoso barbeiro Galdino se ele lembrava de algum lance que fora inesquecível?

Galdino, rápido que nem uma navalha:

- Foi no Estádio Mário Bezerra lotado, Brasil e Grêmio, o Brasil de Bucar ganhando de 1 a 0 e, depois dos 30 minutos do segundo tempo, começaram a cantar em alto e bom som: “Adeus, Ingrata”, “Adeus, Ingrata...”, foram mais de dez minutos com a mesma música, mas aos 42 minutos do segundo tempo, numa bola cruzada dentro da área, e na confusão, Cleber caiu no chão, mas não perdeu a habilidade e, mesmo deitado, deu um tapa na bola e foi no ângulo de Bucar, foi uma loucura, uma correria para abraçar Cleber. Nisso, Calistinha, treinador e diretor fundador do Grêmio, gritou: Canta Adeus, ingrata, carcamano filho da mãe (vocês sabem!).

“Na vida, só vi três jogadores fenomenais: Nego Cleber, Antonio Luis Bolo Doce e Karlaile, que jogava em Belo Horizonte”, frisou Roberto Holanda!

“Eu acompanhava o Cleber em todos jogos que ele ia participar, era um amigo, adorava vê-lo, era o seu mascote!”, comentou Dr. Dílson.

“Cleber Ramos me levou para jogar no time da cidade Senhor de Bonfim-BA, me deu todo apoio, sou muito grato , foi um amigão!” - diz Soleta.

Cléber Ramos foi um grande atacante do futebol florianense, jogou ao lado de craques, como Jolimar (irmão de Parnaibano), era uma dupla que fazia alegria da torcida, Luis Orlando, Chiquinho, Iniciou no Campo dos Artistas e jogou no Piauí de Teresina ao lado de Sima, Carrinho, Valdemir, Toinho e outros artistas da bola. Morava em Senhor do Bonfim, Bahia, onde faleceu!

Breve, uma reportagem sobre o inesquecível astro da bola.

A FOTO ACIMA É RARÍSSIMA - VALE OURO – ARQUIVO BAGANA!

GRÊMIO ESPORTIVO FLORIANENSE 1972 - ESTÁDIO MÁRIO BEZERRA.

Técnico e Fundador do Grêmio Dr. Calisto(Calistinha), Teodoro Preguiça, Joaquim José, Antonio Guarda, Geremias, Bagana e Nego Cleber Ramos(de folga); Agachados: Janjão, Nego Bago, Babau (que substituíra o grande jogador de bola Puluca, que contundiu-se durante os jogos estudantís florianense), Selvu, Gonzaga Preto e Gonzaga Branco.
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Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

CAMPO DO ARTISTA III


Vejam só o cenário onde se vê o nosso famoso Campo do Artista já em sua fase decadente nos anos oitenta.
Ainda na sua fase romântica, algumas turmas ainda frequentavam esse campo: o pessoal da Casa do Estudante, a turma de Raimundo Anjo, os Gladiadores e os Invencíveis. As peladas eram acirradíssimas.
Conta o folclore que certa vez, quando o Circo Thiane instalou-se aqui em uma de suas últimas temporadas, Chico Lista, filho do nosso famoso Cícero Pintor (in memorian), preparava-se para varar o espetáculo. A sua idéia foi genial. Ele comprou umas três laranjas da banca de dona Lia e entrou direto. O porteiro ainda deu um psiu, autuou-o mas Chico Lista fora providencial:
- Ô xente, moço, eu só saí pra comprar essas laranjas, mas eu já paguei!
A idéia pegou e muita gente ainda conseguiu ainda enganar os porteiros. A liseira era grande. Não era fácil. Mas o que valia mesmo era o espírito de aventura daquele saudosos anos sessenta.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...