7/19/2006

POMPÉIA - ÁGIL COMO UMA ÁGUIA



GARCIA PRETO, VELUDO E POR ÚLTIMO POMPÉIA!

Ágil como uma águia!

O Presidente da Federação Piauiense de Desporto, Antonio Teixeira Santos, teve a criatividade e a perseverança criar o nome de um dos melhores goleiros de Floriano. Nas peladas iniciais o apelido era “Garcia Preto”, depois passou a ser chamado “Veludo”, nenhum desses nomes agradou o presidente que então sugeriu fazer um sorteio de três nomes: “Veludo” (goleiro do Fluminense e Auto Esporte de Teresina), Carlos Augusto (tinha um 4º zagueiro do Ríver e um Goleiro) e por último “POMPÉIA” (goleiro do América do Rio, era elástico, tinha o apelido de “Constelation”, voava como uma águia), para que a decisão fosse democrática, colocaram os nomes em três papéis e convidaram uma garota para retirar um e para surpresa de todos saiu o nome de ‘POMPÉIA”.
É desse astro do arco, que contaremos um pouco da sua extensa história: Carlos Augusto Costa Ferreira, nasceu em São Luis-Ma, 29.12.1942, 64 anos, casado com Dona Célia Maria Lima Ferreira, seus filhos(as): Celma, Carlos Célio, Carlos César (Carlos Bacana), Cláudia Patrícia, Carla Christiany, Carlos Augusto Jr., nestos(as) Emanuele, Elisabete, Elisiane, Dainy, Maria Caroline, João Pedro e Carlos Augusto Neto, bisnetos: Luanny e Lucianny.
Perguntado sobre o início da carreira de peladeiro: voando com uma águia, respondeu:

- Iniciei nos campos de pelada do bairro Bezerro, em São Luis, de 6 a 8 anos, e meu apelido era “Garcia Preto” (homenagem ao goleiro do Flamengo do Rio). Já na adolescência, 11 anos, meu 1º time foi o são Cristóvão, também do bairro Bezerro. Na faixa de 14 a 15 anos, o meu apelido mudou para “Veludo” (homenagem ao goleiro do Fluminense do Rio), meu 2º time foi o Barcelona, disputava o campeonato suburbano.

- Você chegou a ser campeão do Campeonato Maranhense de Futebol?

- Fui em 1957 com apenas 15 anos pelo Ferroviário, Ferrim da Estrada de Ferro.

- Quais os clubes que você jogou?

- Moto Clube, Sampaio correia e nacional de São Luis-MA, Santa Cruz e o Bangu de Coroatá-MA, no Nacional de Codó, Flamango e Ferroviário de Parnaíba, em 1960 no Fluminense de Teresina-PI de Belchior Barros, no Rio Negro de Teresina-PI, jogava ao lado de Deusdete Nunes, O Garrincha, do Jornal O Dia (era bom de bola).

- Teve algum jogo que lhe chamou atenção?

- Sim, em 1962, quando o meu time, Rio Negro foi campeão do Torneio da Morte em cima do Botafogo por ! X 0, gol de Paraíba, e o nosso time foi classificado para a primeira divisão do Campeonato Profissional do Piauí, os outros times eram: Artístico, Fluminense, Caiçara e Comercial ambos de Campo maior, mas teve outro fato interessante!

-Qual?

Foi num clássico Piauí 2 x 0 Flamengo, foi aí que começou a minha vinda para Floriano. No intervalo do jogo, ouvi um baixinho me chamando no alambrado, adivinha quem era? Meu amigo Merval Lúcio (só que ainda não o conhecia), trabalhava na Casa das Roupas, me convidando para jogar no Ferroviário de Floriano. Merval era um estrategista, me convenceu, isso aconteceu no dia 29.03.1964, e embarquei para Floriano dia 31.03.1964, dia da Revolução!

- Você participou de alguma Seleção?

- Participei da Seleção Piauiense de Amadores, disputamos o Brasileiro de amadores, eu e o Brahim, que me ajudava muito em passagens e hospedagem.

- Fale um pouco do Ferroviário, qual a formação quando você fez sua primeira atuação?

- Bom time e era formado por: Pompéia, Zezeca, Antonio Ulisses, Antonio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Priguilim; Antonio José Cachimbim, Sádica (baixinho era infernal), Valdemir e Jamil. Participaram ainda; Chicolé, Cabeção, Reginaldo, Tassú (tinha um chute forte), Domício (ganhava de Tassú no chute, que chute nada, era bomba mesmo!), Sinésio e Lino (no dia que ele dizia vou jogar, era imarcável). Um detalhe, Lino tinha um tratamento diferenciado, o que pedia, a diretoria ajeitava!

- E a formação do melhor Ferrim que você viu?

- O melhor Ferrim foi no ano de 1967: Pompéia, Domingos, Lido, Valdevino (sabia fazer uma jogada belíssima, bicicleta, derrubou muita gente do muro do Ferroviário, iam imita-lo e despencavam, alguns até braço quebraram) e Sóstenes; Ézinho e Valdemir; Cabeção, Vicentinho, Lino e Magro. Completava o quadro: Grilo, Sousa, Itamar, Joãozinho Fujão, Nico, Neco, Didi Maranhão.

- Um jogo inesquecível, você lembra?

- Sim, Ferroviário 4 X 4 Flamengo de Teresina, o Ferrim vencia por 3 X 1, e o Mengo virou para 4 X 3, e no escurecer da partida, no final, Bicudo empatou, 4 X 4 foi muita emoção!

- E sua defesa mais bonita, conte-nos!

Pompéia se emocionou, e começou a narrar, parecia que estava na Difusora, na sua estréia como locutor, detalhou:

- Há, essa foi demais, o amigo Beirão (alfaiate), quando me encontra relembra o lance, Ferroviário 2 X 2 Caiçara, jogo lá e cá, duro, bem disputado, com belas jogadas, quando escapa pela direita o jogador adversário, Anduiá, passou de passagem pelo nosso lateral indo até a linha de fundo, cruzou numa perfeição incrível na marca penal, quem estava lá? O Escurinho, de costa para o gol, matou no peito, virando para o lado esquerdo, e de meia bicicleta, meteu a canhota soltando um torpedo no ângulo, quando vi aquele malabarismo, só tive uma opção vou pular pro lado direito, fui feliz, pulei sensacionalmente, fazendo uma ponte, coisa de cinema, e trisquei a bola com as pontas dos dedos, colocando pra escanteio, quando vi a torcida vibrando, e todos correram para me abraçar! Nossa! Consegui! Que bom lembrar, é um filme, é como eu estivesse vendo! Imagine quem estava fora e viu o lance, fui lindo!

- Atualmente, na área esportiva o que você está fazendo?

- Trabalho com Escolinha Atletas do Futuro, toda manhã, uma boa parte dos jogadores vão treinar fisicamente no campo da Manguinha, às 07 h. Na Escolinha, já tivemos 428 alunos, hoje estamos sem apoio, ficou reduzido em apenas 130 alunos. Com eles treinamos FUTSAL no Ginásio Coberto, às 3ª e 5ª feiras, e com outra turma treinamos no Buritizinho, no Barão de Grajaú, com apoio do incansável e dedicado Tony Ferreira, o Careca.

- Quais são os diretores da Escolinha Atletas do Futuro?

- Presidente; Tony Ferreira, Vice: Dogival Oliveira e Secretários e Instrutores Técnicos: Carlos Augusto (Pompéia) e Lucimar Feitosa.

- Quando foi fundada, e qual a idade dos jovens que participam da Escolinha?

- A Escolinha, foi fundada em 08.04.2002, e a idade varia dos 8 aos 20 anos.

- A Escolinha tem conseguido o seu objetivo formar bons atletas, tanto na arte da bola como cidadãos?

- Sim, é o nosso orgulho, somos preocupados em preparar os jovens para vida como cidadão, bem como atletas. Inclusive já temos alguns jogadores em outros Estados, buscando seus espaços: em Caruaru-PE, no Clube do Porto, temos 06 jogadores: Marquinhos, Marcelo, Moura, Marcelo Muniz, Joelson e Jader (filho de Dinda); no Palmeiras de São Paulo, temos Elder (filho de Carlos Iran) e Édson Piauí (Tabaco); no Rio Negro de Manaus-AM, o Anderson; no União de são João de Araras-SP tem o Mangabeira; e estamos preparando o Cazega JR. para o Santa Cruz-PE.

- Na sua experiência, o que devemos fazer para aumentar o fluxo de bons jogadores, pois sabemos que Floriano sempre foi uma nascente, uma fonte de craques?

- Simples, simples, simples, falta mais praças de esporte, estamos estrangulados, estamos tendo uma regressão, pois alguns campos de pelada foram e outros estão em fase de fechar: acabaram: Carimbo, Sambaíba, Mundeirão (ao lado do Tiberão), campo já vendido: Maguinha. É triste, mas estamos ficando sem a nossa ferramenta de trabalho!

- Você, como um grande descobridor de talentos, como podemos reverter esta situação?

- O Poder Público, poderia nos ajudar tomando a iniciativa junto a comunidade, para buscar uma solução, o momento é propício, e juntando forças: a Prefeitura de Floriano, a Câmara Municipal, a fantástica LIGA Florianense de Futebol, Promotores, Juízes, Comando do 3º BPM, Entidades de Classe, Maçonarias, Rotary, Lions, Associações de Bairros e a Imprensa, ou seja envolver a comunidade, e com certeza, acharíamos uma solução. Um detalhe o mais difícil nós temos de sobra, os artistas da bola (capital humano).

- Você como um dos idealizadores e fundadador do CORI-SABBÁ, como aconteceu o surgimento do time?

- Foi uma fusão dos times Posto SABBÁ e Corinthias, formando o atual time: Associação Atlética Corisabbá, em 24.05.1973, hoje com 33 anos, os fundadores foram: Pompéia, Seu Doca, Niel, Gonzaga do Náutico, Vinvim da Agespisa, Vicente da Agespisa, Zé Feitosa, Taxista, Tony Ferreira, Clóvis Ramos( ajuda muito com material esportivo), João Batista de Araújo (filho de Vicente Roque), no primeiro time deu uma equipe nova, o Vicente Filho, hoje Advogado em Recife, ajudou muito com material esportivo.

- O Cori-sabbá na fase profissional, você lembra quem foram os presidentes?

- O primeiro Presidente do time Profissional foi: Manoel Messias da Silva, dona da Eletro São Francisco, Augusto Mota, Tony Ferreira, Antonio Lopes, K-Júnior, Gilberto Duarte, Galdino e atualmente José Bruno Filho.
.................................................................................................
Reportagem: César de Antonio Sobrinho

7/17/2006

GEREMIAS DO FERRIM



GEREMIAS - FIZ UM GOLAÇO DE AVIÃOZINHO!

José Neves da Costa, conhecido por “GEREMIAS”, apelido herdado do seu pai, que se chamava Geremias. Nasceu em Uruçuí, em 28 de outubro de1937, 69 anos. Chegou em Floriano em 1940 e iniciou jogando sua pelada em 1945.
Perguntado sobre o seu primeiro time, Geremias respondeu de aviãozinho:
- Foi o Bonsucesso de Calistinha (Dr. Calisto Lobo), 1954 e fiz um gol na estréia.
- Qual o seu ponto forte no futebol?
- Eram três coisas: preparo físico, pique e não desistia;
- Qual a sua posição dentro de campo?
- Lateral esquerdo, sempre fui fiel a essa posição.
- Você lembra de algum ponteiro que você achava difícil de marcar?
- Pelo amor de Deus, JANJÃO, hoje “JJ”, agora é que ta difícil, o homem agora é forte demais. Sim, mas voltando o assunto, Janjão, era rápido, driblava e chutava com os dois, as jogadas variavam muito, ele nunca repetia as jogadas, quase me mata.
- Teve algum jogo que te marcou, que você jamais esquece?
- Tem um especial, foi Ferroviário 3 X 2 Comércio Esporte Clube (o time era da elite), com três gols de SADICA, na sua estréia, pense numa figura endiabrada, o baixinho, fez a alegria da galera, eu me lembro até da formação desse nosso timaço!
- Qual era a formação?
- Netinho(in memorian), Pulu, Antonio Ulisses (In memorian), Zequinha da Bahia e Geremias (apelido começou porque os amigos começaram a chama-lo de Zé de Geremias, terminou em Geremias), Zequinha, Joãozinho e Américo, Mário Besta Braba (In memorian), Sádica e Das Chagas de Parnaíba. O Presidente; Dr. Tibério Nunes, treinador: Dr. Nazareno e diretor de Esporte: Merval Lúcio (estrategista).
- Qual o gol mais importante ou o mais bonito que você fez?
- Calistinha, me dispensou do Bonsucesso, aí fui jogar no América do Barão de Grajaú, e no jogo o ponteiro direito cruzou a bola a meia altura e eu pulei de aviãozinho (hoje peixinho), foi uma pintura, gol de placa.
- Teve algum time de Teresina ou de outra praça que lhe convidou para jogar?
- Sim, Tassú, do river queria me levar, Erasmo de Deroa do Botafogo de Teresina, o Auto-esporte, mas como sabemos é difícil jogar em Teresina, a gente tem pouca chance.
- Gemerias, você hoje está aposentado? Qual era a sua profissão?
- Sou aposentado, mas faço o meu biquinho, acabei de matar um dinheiro, fico ali no Posto Santana de Marcondes de Zé Fontes. Mas a minha profissão é Mecânico de Máquinas Pesadas e Soldador.
- Na sua profissão qual o trabalho que você fez, e acha importante, deixou sua marca?
- Rapaz, que boa pergunta, nunca ninguém me perguntou isso! Eu sou orgulhoso das estruturas de ferro dos dois postos de Zé Fontes: Postos Santana e Tatu. Outra obra que eu fiz foi: montagem da Usina de extração de Algodão da Usina CIDAL de José Gomes Chaves, Paixinha de Canto do Buriti.
- Você lembra de mais algum detalhe da sua profissão?
- Sou soldador de caminhões, cantoneira, chassi, roda, inclusive passei um ano como Mecânico de Navio da marinha Mercante!
- Você lembra do nome do navio e algum episódio da sua passagem pela Marinha Mercante?
- Sim, O navio era Panamenho, e o nome “PANTELES”, embarquei em Salvador-BA, 1961, passei um ano, mas sofri um acidente, tive de retornar a Floriano, e quando recuperei, meus pais não deixaram eu voltar e aí retornei para a manutenção das máquinas de extração de babaçu.
- Você lembra o nome do seu Chefe de Máquinas no navio?
- Sim, Chefe Alonso! Uma capacidade, aprendi muito com ele. Uma coisa que ele me admirava, quando ele nos chamava pra resolver qualquer defeito o primeiro da fila era eu, sempre fui disposto, não faço cara feia para o trabalho.
- Quanto filho(as) você tem?
- São três filhas, minhas pérolas, adoro minhas filhas: Ana Maria Santos Costa, Assistente Social, Administradora da Clínica dos Médicos, Rosana dos Santos Costa, Enfermeira, trabalha em Teresina e a caçula, Giselda dos Santos Costa, formada em Licenciatura em Letras/Inglês, leciona na UNED e no estado, são três batalhadoras, tenho também três neto(as): Gustavo, João Pedro e Camila, são lindos! Sou apaixonado por todos eles. Me dão assistência, não deixam faltar nada, estão sempre do meu lado, é um orgulho, consegui formar as três filhas, são meu corpo e minha alma!
- Qual a sua mensagem para o jovem que está começando a buscar uma profissão?
- Hoje ta difícil, pois os jovens, não tem paciência, não querem aprender uma profissão, querem tudo de imediato. Quando eu comecei passe i cinco anos para aprender, meu professor era o Zé Caboré, pai de Raimundinho Caboré, o homem era duro, mas ensinava como ninguém, mas não dava nada, um vintén, entretanto liberava a oficina, para a gente fazer algumas peças, gancho para panela, grelha, espeto etc, para vender e arrecadar fundos, com o arrecadado, a gente ia ao Cine Natal, vê um “bang bang”, e alguns filmes de amor, era bom demais.
..........................................................................................................
Reportagem: César de Antonio Sobrinho

ALDENIO NUNES - A ENCICLOPEDIA DO RADIO FLORIANENSE


ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA,
NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE!


A radiodifusão de Floriano começou com o prefixo de uma emissora do Maranhão na década de 50 e, logo - Almir Reis e Antão Reis fundaram a Rádio Difusora de Floriano. Os primeiros anunciadores de programas, foram: Audir Dutman, Pedro de Alcântara Ramos, Alcebíades Costa, um revolucionário, que na época lançou o famoso BIG SHOW DOMINICAL, realizado aos domingos no Cine Natal.
Assim, Aldênio Nunes, filho de Floriano, iniciou nossa entrevista, descontraída, no caís da beira rio, com um visual deslumbrante, e como testemunha, à frente o velho Monge, com suas águas soturnas, em pequenas marolas, limpa a deslizar rumo ao mar, as chalanas, o flutuante, o farol e a co-irmã cidade Barão de Grajaú.
A mais antiga emissora de Rádio, a Difusora de Floriano, fundada 1957, uma quase cinquentona, mas com um corpinho de atlético, foi a sucessora da AMPLIFICADORA FLORIANENSE, que ficava no prédio do Cine Natal, quando Dafala Atem era o locutor oficial. À tarde/noite, mais precisamente às seis horas da tarde abriam-se os auto-falantes, onde anunciavam-se os filmes, artistas principais, bar do Binu e outros comerciais.
Segundo Aldênio Nunes, a evolução do rádio florianense, com a inauguração da Difusora, "foi algo extraordinário. Lembro-me que na época a cidade despertou, pois apareceram fenômenos que estavam em fase latente (oculto), pois o despertar da juventude foi imensurável e aí surgiu a segunda fase de apresentadores, os talentosos: Pedro de Alcântara, Nazaré Silva, Fran Nunes, Nice Lurdes, com sua crônica social – uma coisa inédita na época".
Surge, então, surpreendentemente, a figura do lourinho ALDÊNIO NUNES, apresentando vários programas com os nomes de arrebentar e criativos: Alegria, Alegria (homenagem à música de Caetano Veloso), que ia ao ar às cinco horas da tarde. Aos domingos, Nunes e os companheiros de rádio, surgiu com um programa diferente: BOSSA, BALANÇO E BROTOS, nome sugestivo, pois à época aparecia o ritmo da bossa nova, o balanço da jovem guarda e os jovens começaram a ser vistos de outra forma, com respeito.
O programa fazia gincanas na beira rio, com atividades educativas. No programa de domingo, por exemplo, Aldênio Nunes lançou também a participação dos ouvintes via telefone, as pessoas ficavam encantadas! Como a emissora era no edifício SAID, na rua São Pedro, e ao lado tinha a empresa telefônica, não foi difícil, o grande locutor resolveu fazer uma parceria.
Perguntamos ao Nunes sobre o teatro que existia na época, em Floriano, comente alguma coisa.
A emoção tomou conta do espaço:

- Foi uma época de ouro, o TEF – Teatro Experimental Florianense, dirigido pelo competente Pedro de Alcântara Guimarães Ramos, rapaz ele merece uma entrevista dessa, faça! O Pedro, estava à frente de todos, um detalhe, os ensaios eram realizados na casa de seu Antonio Leitão e Dona Socorro e tinha como participantes do TEF os artistas Pedro de Alcântara Ramos, Aldênio Nunes, Teresinha Nogueira, Raquel Bonasser, Lurdinha Borborema...

- E sobre a Rádio Novela, foi um mito ou existiu?

- Sim, existiu, veja a criatividade da moçada, a Rádio Novela, era produzida em cima das letras das músicas.

- Programas de esportes, quem participava e como eram feitos?

- O programa de esporte era feito por mim (Aldênio) e Fran Nunes, os jogos do campeonato de futebol, transmitíamos da cabine do estádio Mário Bezerra e dos torneios de salão inverno e verão, a transmissão era feita da quadra do Comércio Esporte Clube.

- Vocês lançaram algum artista?

- O Jonh Júnior, a criação foi nossa, era um galeguinho, bela voz, surgiu no Big Show Domincal, Zé Antão e Aldênio, foram com cantor fazer a gravação no Recife.

- E a Mais Bela Voz do Parnaíba, é da sua época?

- Foi a nossa equipe que criou, surgiram vários artistas, chegamos a fazer umas cinco edições nas cidades vizinhas, o objetivo era garimpar novos talentos, e deu certo.

- Essa revolução radiofônica, durou quanto tempo?
- De 1965 a 1972, inesquecível, vou pesquisar e mandar para o SITE FLORIANO EM DIA, um bom material para vocês documentarem. Muito obrigado por poder reviver um período tão rico, que estava oculto.
........................................................................................................................
Reportagem: César Sobrinho

7/15/2006

OS INGRATOS II

O nosso garimpeiro, pesquisador e historiador César Sobrinho, desta vez, vem com essa relíquia de fotografia, dentro do contexto carnavalesco da Princesa.
O famoso bloco - OS INGRATOS, em grande estilo, reunindo a velha guarda; inclusive, o famoso Carlos Pechincha, filho do senhor João Guerra, que jogou no Palmeiras de Bucar. Todos os anos, esse folião marca a sua presença na grande festa de momo, fazendo a marcação.
Os Ingratos, quando iniciou a sua trajetória, ali no Bar do Didi, irmão de Zeca Futuca, era uma zuada terrível: belos encontros, bate papo e uma saudável batucada.
Até a famosa Daguia Pelada, brincava por ali. E quando era incomodada, ela gritava:
- Menino, eu tô é beba setenta!

7/13/2006

ODORICO


Fachada principal de entrada do Colégio Odorico Castelo Branco na rua Gabriel Ferreira próximo da antiga quinta da Maria Prisulina e do famoso Possim. Foto tirada nos anos oitenta, quando ainda conservava-se suas características originais.

Hoje, já reformado e moderno, essa unidade dispõe de um ensino mais revolucionário, dinâmico e novos métodos.

Naquele tempo havia muita disciplina, oganização e muita recreação. Dona Lélia, Marizinha na frente como diretoras cuidavam bem de seus pupilos. Professoras como dona Mirian, dona Graça e dona Iracema também exaltavam sua experiência. E quem não se lembra de Minha Linda, a zeladora?

Tempos bons, aqueles. Havia a higiene bucal com o doutor Clementino, a merenda, a vacinação e as festividades de fim de ano.

Dos casos pitorescos, lembramos do nosso amigo Sebastião, irmão de Luiz Orlando: no quarto ano primário, ele pegou o número 24. Não tinha quem fizesse ele responder a chamada.
...........................................................................................
Na foto acima, observamos o meu primo Dácio (hoje, morando em São Luís), matando as saudades de quando estudava no Odorico

7/12/2006

DE VOLTA PARA A SAUDADE


Esta foto pertence a Beleu (esposa de José Antonio Sousa e Silva, pai de Painho). Foi tirada em agosto de 1952 na Praça Francisco Nunes (antiga Pedreira).
Segundo dona Beleuzinha, a foto é da família "BRAGA". Em pé, da esquerda para direita, observamos José antonio Sousa e Silva (pai de Painho), Antonio José Sousa e Silva, Maria José Sousa e Silva, Maria José Sousa (Zezé), Vitalina Sousa Rego (Dona), Maria das Mercês Sousa e Silva, Gesner (filho de Naninha), Jeaneth Soares (Desembargadora no Maranhão), Aloísio Soares e Mário Neto.
Sentados, temos dona Isabel Ferreira e Silva (Beleuzinha, mãe de Painho), Maria do Socorro Sousa Rego (Socorrinha), Josefa Maria de Sousa (Dona Didi), João Braga e Ana Soares (Naninha).
Como é bom relembrar os velhos tempos!
...............................................................................................
Pesquisa: César Augusto

7/11/2006

BOTA PRA QUEBRAR


OUTRO grande delírio da epopéia de nosso carnaval no início dos anos setenta: o famoso bloco carnavalesco - o BOTA PRA QUEBRAR em grande estilo em fevereiro de 1970.

Em pé da esquerda para a direita, observamos os foliões Paulo Carvalho (Paleca), Chico Borges Filho, Marivaldo, Nagib Demes Filho, Waldemar, Paulo Kalume, Antonio Augusto (Tontonho Carvalho), Sérgio Guimarães, Pedrinho, Dedé, Odimar Reis, Nilson Coelho, André, Hélio e Fábio (guitarrista d´OS BRAVOS).

Sentados, Frederico albuquerque, Chico Paixão, Cristóvão Augusto Soares, Said Kalume, Lauro Antonio, Gervásio Júnior, João Holanda Neto (Holandinha), Borba Filho, Paulo Afonso Kalume (Petinha), Carlos Augusto Ribeiro e o nosso amigo Irapuan aquecendo os tamborins.

Momento hilário, que nos transporta para os bons tempos do contexto romântico da Princesa do Sul.

HISTÓRIAS DE FLORIANO

  FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os cl...