7/11/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

NA CORDA BAMBA
O nosso amigo Antonio José de Sousa, mais conhecido como Gungadim (apelido dado pelo nosso primo Djalma, filho de mestre Walter), tinha ido jogar bola no Odorico escondido, mas só que sopraram nos ouvidos de dona Dora, mãe exemplar e disciplinadora. Justo quando ela mais precisava do filho para fazer umas compras no mercado velho da coronel Borges.
Piolho de bola, Gunga, como era chamado entre os mais íntimos, não estava nem aí, queria era dar uns melas e fazer gols nas peladas do campo do Odorico, próximo da quinta da dona Maria Prisulina (parenta de João Chico).
- Eita, Gunga, lá vem tua mãe te buscar! E é com corda de "cedem"! Corre, corre...
Antonio José, percebendo que realmente iria apanhar, correu, pulou o muro no rumo do Possim e foi esconder-se na casa de Benedito Batista (nosso tio).
- Aqui, não! Vá para sua casa! - falou tio Benedito, que não gostava nem um pouco de traquinagem.
Não houve jeito: Dunga pegou uma sova e foi fazer o mandado de dona Dora. No outro dia, mais precavido, para jogar bola, Antonio José tinha que pedir autorização direitinho a sua mãe, pois ela não abria nem pro trem.
Moral: a educação, naquele tempo, muitas vezes, "passava" por uma dose disciplinar autêntica, por um corretivo forte, para perdermos o medo de sermos realmente felizes no futuro.

7/10/2006

SEBASTIAO DA ROSA DE OURO


RÁPIDO NO GATILHO E NO TRABALHO
SEBASTIÃO PEREIRA LEITE nasceu em Floriano no dia 10 de junho de 1943 e fez 63 anos. Começou a trabalhar no antigo Cine Itapoã em julho de 1957, quando ainda o cinema era de propriedade do senhor Adala Attem.
Ficou nessa atividade no Cine Itapoã até o ano de 1961. À época, vendia revistas, figurinhas, balas, etc. Hoje, o nosso amigo Sebastião mora no bairro Matadouro na rua João Justino, 92 em sua terra a que tanto adora - Floriano.
Perguntado sobre o período do cine Itapuã, o que mais o deixa saudoso, Sebastião fora Rápido no gatilho, como Giulliano Gemma, e foi logo repondendo: "É inesquecível... era um período bom, sem violência, as pessoas eram mais amigas, a turma se reunia para compra e troca de revistas e figurinhas, além de jogar peteca ao lado da Igreja Matriz. Era um espetáculo".
Sebastião, que também trabalhou na antiga Rosa de Ouro, ficou agradecido e feliz pela lembrança.
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Reportagem: César Augusto

7/07/2006

FLORIANO! - 109 ANOS



FLORIANO
...
Oh, doce Floriano de tantos filhos ilústres!
O destino deu-lhe somente oito letras.
Por que?
Porque a metafísica dos enigmas insondáveis dos fatos indecifráveis predestina o número oito às reais grandezas do Universo!
...
Doutor João Carlos Ribeiro Gonçalves
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Extraído do livro Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira Sobral Neto

A PRAÇA

O cenário é romântico. Perambulávamos pelos arredores centrais da cidade, colhendo lugares, paisagens e ruas da Princesa. A nossa paixão fez com que exaltássemos esse momento, nesse instante, dos contornos da praça doutor Sebastião martins.

O tempo nublado, numa bela manhã do mês de março do ano de 1984, andávamos silenciosamente a procurar uma empatia para sentirmos felizes. Os contornos da praça ainda eram os mesmos numa exuberância lírica, que nos envaidecia. Procuramos, necessariamente, eternizar esse momento para comprovar o grande amor que sentimos pela Princesa.

O rio já não é mais o mesmo, mas as águas ainda correm em seu leito devagar. A praça doutor Sebastião Martins já não é mais a mesma, mas o bar Sertã ainda nos dá a sensação épica de um bem querer com os velhos carnavais que os anos não trazem mais.

FIGURAS QUE MARCARAM ÉPOCA

FREITINHAS
João Pena Fortes, mais conhecido como Freitinhas, foi porteiro do Comércio Esporte Clube. No entanto, sua profissão era cobrador e foi nesta modalidade que ficou famoso por várias histórias. Sendo as mais conhecidas: a história que cobrou uma conta de Padre Pedro no confessionário da igreja (porque não conseguiu encontrá-lo em nenhum lugar).
- Conte seus pecados, meu filho! - Disse-lhe Padre Pedro, quando Freitinhas ajoelhou-se.
- Não tenho pecados, seu padre! Estou aqui é para cobrar-lhe uma conta!
Padre Pedro não teve outra saída a não ser pagar a conta.
Há, também, aquela história da dentadura que Freitinhas tomou de uma senhora, já que a mesma não pagava os serviços dentários executados pelo doutor José Paraguassu. Com a dentadura dentro de um saco plástico, Freitinhas exclamou para o dentista:
- Comprdre, o dinheiro eu não consegui receber, mas tomeu a mercadoria!
Estarrecido, doutor Paraguassu mandou que ele devolvesse a dentadura para a senhora que estava banguela. Mais tarde recebeu a conta de seu marido, quando o mesmo chegou de Boa Esperança, onde trabalhava.
A outra história, dá conta de que Freitinhas na noite de lua de mel "transou" foi com a sua sogra e não com a sua esposa. O pior é que no escuro não desconfiou de nada. Mais tarde, seu sogro foi também "transar" e a velha exclamou:
- De novo, você acabou de sair daqui!
- Eu, não! Então, foi o nosso genro!
Freitinhas foi, então, expulso da casa dos sogros e só quando alugou uma casa é que pôde finalmente transar com a sua esposa.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira Sobral Neto

FAUSTO CARROCEIRO


SEU FAUSTO CARROCEIRO - Pontualidade e respeito com o cliente...


Fausto Luiz Gonzaga da Silva, ou simplesmente seu FAUSTO CARROCEIRO (In memorian), nasceu no ano de1913 em Floriano no bairro Manguinha. Casado com dona Antonia Francisca de Jesus Silva, que continua forte e resistente com seus 93 anos bem vividos.

Seu Fausto criou a família com dignidade, pois a sua profissão não permitia luxo, mas nunca deixou faltar nada para família. Na cidade, como as demais, não havia carros disponíveis, a sua profissão era muito valorizada e respeitada. Tocava o trabalho buscando sempre atender da melhor maneira a sua clientela, com cortesia, pontualidade e bom preço, apreciava manter e fidelizar seus clientes, levando as mercadorias e deixando nas casas dos amigos, como exigia seus clientes.

Tinha um hábito de “bater um bom papo” para colocar em dia os assuntos que ele observava no dia-a-dia no mercado público na praça Coronel Borges, (próximo da casa de doutor Milad Kalume) com o seu cliente e dileto amigo seu Vicente Roque, afirma sua filha - “Dona IA”.

Seu Fausto Carroceiro, irmão de seu Romão, é tio do nosso amigo Julimar da Silva, eletricista. Seus filhos(as): Luis Gonzaga da Silva (in memorian), Maria Luiza da Silva, conhecida como “Dona IA”, Maria dos Remédios (funcionária da Prefeitura de Floriano), Maria do Carmo Carvalho da Silva, Jezuito da Silva e Antonio José.

Perguntado a “Dona IA”, sobre o legado que “Seu” Fausto Carroceiro deixou, a resposta foi imediata e sincera:

“Nosso pai parecia ser fechado, mas era uma pessoa bastante agradável, gostava de contar histórias, piadas, mas somente para os amigos, e deixou exemplos como honestidade, pontualidade, educação, respeito, atenção e principalmente amizades, sentimos muito sua falta”.

Contou dona IA, bastante emocionada.
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Matéria – César Augusto

7/05/2006

VIAZUL


Logo depois do tremendo sucesso do conjunto - OS BRAVOS, no período romântico da Jovem Guarda, outras feras foram aparecendo dentro do contexto da música florianense no início dos anos setenta. Época revolucionária e, acima de tudo, lírica.
O conjunto VIAZUL, liderado pelo nosso amigo José Demes (Ieié), começa a aparecer no cenário local como um grupo de vanguarda, mostrando muita criatividade e irreverência.
Temos, portanto, na sua primeira formação, José Demes (vocalista), Irapuã Leal (baixo e ex-BRAVOS), Neivinha (bateria) e Nilson Coelho (guitarrista).
Observamos, na foto, Ieié (de costas), Genisson (p... de ovelha), Dilson e Irapuan em uma apresentação na famosa BR em grande estilo.
Precisamos promover o retorno dessa velha guarda para preenchermos lacunas extremamente irreversíveis no tocante à cultura da Princesa do Sul.
Ainda há tempo!

HISTÓRIAS DE FLORIANO

  FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os cl...