6/13/2006

ROSA DE OURO - A CONSTRUÇÃO


Vejam outra tomada da Rosa de Ouro, documentada e preservada pelo seu proprietário, seu Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo no ano de 1964.
A cidade estava em seu apogeu de desenvolvimento, a construção da barragem da Boa Esperança em Guadalupe, muita revolução cultural, o cinema, os circos de arena, enfim, uma série de atividades sócio-culturais que levavam os florianenses ao delírio. Época romântica.
A Rosa de Ouro prticipou, sem dúvida alguma, desse processo de desenvolvimento cultural. Floriano, agora, precisa retomar seu crescimento o mais depressa possível.
Vamos correr atrás!

ANTONIO LUIZ


ANTONIO LUIZ BOLO DOCE - NA LINHA DA GRANDE ÁREA, ERA FATAL!
Craque indo e voltando, muitos atletas da região se espelharam (inclusive Mocó), nessa maravilha de artilheiro, jogador completo, que chutava e driblava com as duas pernas, cabeceava com precisão e com um detalhe: os olhos bem abertos, por isso era um exímio cabeceador (perdia apenas para Chico Macaco).
Estamos falando do inesquecível Antonio Luiz Moreira Nunes, mais conhecido como “Antonio Luiz Bolo Doce” (apelido herdado do seu irmão mais velho, Chico Bolo Doce).
Nasceu em Itaueira em 08 de julho de 1944, coincidentemente no aniversário da cidade que o adotou, filho de Luis Nunes e Aratilde Moreira Nunes, conhecida por Dona Tidinha.
Antonio Luiz era funcionário do Banco do Brasil. Casado com ZENEIDE e teve filho único - ANTONIO LUIZ MOREIRA NUNES JÚNIOR.
Seu primeiro time foi o Náutico nos anos 50, jogava no campo dos Artistas; no time, jogavam ainda o zagueiro Balinha, o meia armador Dárcio, o tranqüilo e habilidoso quarto zagueiro zagueiro Milton Costa, que trabalhou na Varig e no Supermercado Vende Bem.
Nos anos 60, “Bolo Doce” se destacou no timaço Palmeiras de Bucar (foto): Bucar, Zé de Tila (depois Brahim), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (depois Antonio José Caraolho), Trinta e Petrônio (irmão de Bolo Doce), Osmar, Antonio Luiz “Bolo Doce”, Sádica e Chicolé (Perereca).
Depois jogou e fez sucesso também no famoso Ferroviário de Floriano nos anos sessenta.
Fatos pitorescos do artista Antonio Luiz:
A rivalidade entre Floriano e Picos sempre chamou atenção, mas um fato inesperado e marcante o deixou feliz, num jogo em que o placar não mostrou a realidade do clássico, pois Picos ganhou de Floriano 5 X 2, com os dois gols de Floriano feito pelo artilheiro Bolo Doce. O jogo foi uma pérola, na quele dia histórico Antonio Luiz estava num dia endiabrado, com jogadas geniais, espetaculares, a torcida de Picos ficara encantada com a maestria e jogadas de rara beleza, jamais vista pelos torcedores, mas tinha dois grandes empecilhos: o goleiro de Picos e as traves, pois a bola não entrava, mas quando as cortinas do espetáculo se fecharam, os torcedores não resistiram: o carregara nos ombros dando uma volta olímpica, foi demais!.
O Palmeiras fora jogar em Guadalupe, mas como a estrada estava em péssimo estado (as coisas não mudam, são os mesmos problemass), tiveram de ir numa kombi, pelo Maranhão, o time de Floriano completo com apenas 11 atletas, quando chegaram nas proximidades de Guadalupe, tiveram quee atravessar de canoa. Quando Sadica se viu naquela aventura, disse:
- Eu não vou!
A turma, por unanimidade, retrucara:
- Vai, sim!
Finalmente, chegaram na concentração às 13Hs e começaram a comer bolacha com guaraná antarctica. Quando começou o jogo, Zé de Tila sentiu um embrulho na barriga, mas como não tinha reserva, teve que ficar em campo. Antonio Luiz fazia um gol e Zé de Tila não acompanhava o ponteiro corredor da bexica lixa, Chico de Hermínia, e o mesmo acontecia com o time adversário, eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentou, foi lá atrás na zaga, pegou no braço de Tila e disse:
- Vai fazer número lá frente, pra vê se a gente ganha o jogo!
Todos caíram na gargalhada!
Intermunicipal, outro clássico entre Floriano e Amarante (terra do famoso jogador Papagaio). Os times entram no estádio Mário Bezerra, campo lotado, e surgiu um torcedor fanático com um litro de Whisky (três quinas), chamou Bolo Doce e ofereceu, ele não resistiu, tomou uma talagada, chega o dedo estalou, e puts grila! O juiz viu aquilo e partiu para cima do craque, dizendo que ia expusá-lo e coisa e tal, e já estava nos finalmente, quando goleiro Bucar, grandão, partiu para cima do juiz e disse algumas coisas, o juiz “corajosamente” aceitou o argumento do arqueiro e deixou o craque maior participar do jogo, e ele não decepcionou, valeu o ingresso!
Bolo Doce não gostava de treinar e muito menos de preparo físico. Gostava de beber, depois do expediente, não relaxava, diariamente das 17hs as 22Hs.6. Seu Luis Nunes, pai de Bolo Doce, era só felicidade quando seus meninos (Antonio Luiz e Petrônio) jogavam juntos, por outro lado era um pesadelo, quando os dois se enfrentavam, pois Bolo Doce, não tinha medo de cara feia, partia para cima, e quando ele fazia o pivô dominando a pelota, era uma zueira total. Mas tinha um zagueiro que não gostava de perder para Bolo Doce, seu irmão Petrônio jogava duro, estudava suas jogadas e realmente dava um trabalho danado para o artilheiro, eram dois gladiadores, porém era um pesadelo para seu Luis Nunes.
A camisa 10 do Palmeiras era de Petrônio, mas Antonio Luiz insistia em jogar com ela, era uma disputa acirrada, depois de muita discussão, ganhava no cansaço.
O desespero dos goleiros adversários, quando Bolo Doce dominava aredonda na linha da grande área era um espetáculo extra, uma gritaria só:
- Não deixa ele dominar, marca o homem, pelo amor Deus, não deixe virar. Mas depois vinha o mais fantástico de uma partida de futebol, o gooooool, a torcida se deliciava, era um êxtase.
FOTO: JOGO EM PICOS - MARÇO DE 1965, SELEÇÃO DE PICOS X PALMEIRAS. EM PÉ: Bruno, Antonio Guarda, Carlos Pechincha, Bagana, Izaías Cabeção, Zilmar, Bucar, Zé de Tila e Abdoral. Agachados: Chicolé (filho de Lourival), Bitonho, Antonio Luiz Bolo Doce, Sádica e Perereca.
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Colaboração e arquivo: Zé de Tila / César Augusto

6/12/2006

CHEGADA DO PRIMEIRO AVIAO EM FLORIANO

O avião era um monomotor de caça francês de dois lugares, que havia servido na primeira grande guerra mundial. Veio para a inauguração da linha do Correio Aéreo Nacional, pilotado pelo comamandante Macedo, que trouxe como passageiro o tenente Landri Sales na época Interventor do Piauí.
Aterrissou no campo de pouso do bairro Taboca, construído especialmente para a ocasião.
Quando o avião decolou de Teresina, fora passado um telegrama avisando a saída. Como já estavam todos os florianenses de sobreaviso, as escolas e o comércio local fecharam as portas e toda a população dirigiu-se para esse pequeno aeroporto.
Os passageiros, comandante Macedo e o coronel Landri Sales foram hóspedes do farmacêutico doutor Theodoro Ferreira Sobral em sua residência na rua Fernando Marques o qual à época era o prefeito municipal de Floriano.
No dia seguinte o avião retornou a Teresina.
Detralhe trágico: o comandante Macedo era natural do Crato (CE). Quando chegou pilotando um avião em sua cidade, seu irmão aproximou-se demais do aparelho, tendo morte instantânea, devido a hélice ter decepado seu corpo.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira S. neto

6/09/2006

ROSA DE OURO: O COMEÇO DE TUDO


A nossa tradicional Rosa de Ouro começou com um pequeno quiosque (foto) em 1962 na praça doutor Sebastiao Martins, graças ao esforço empreendedor do senhor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, ex-proprietário do Cine Glória.
Vendia revistas, bombons, sorvetes, picolés, fazendo a festa da garotada. Nesse período, muitas novidades chegavam para os florianenses com as notícias do sul do País, através de informações de revistas e jornais.
Observamos o detalhe da foto com o senhor Camilo registrando a epopéia romântica da Princesa do Sul.
O resgate desses bons momentos nos deixam felizes. Precisamos, desta feita, traduzir e revelar essas belas imagens para as gerações futuras tomarem conhecimento para promover o seu cotidiano da encantadora Princesa do Sul.

FLORIANO E SUAS CURIOSIDADES

. O primeiro registro de nascimento lançado no primeiro livro da Vila da Colônia, Comarca de Amarante, foi de Otton Drumond;
. O primeiro casamento registrado no livro número um da Paróquia Nossa Senhora da conceição da Vila da Manga - a que pertencia Floriano - foi do casal RAIMUNDO ALVES MOREIRA E SELVINA ALVINA MOREIRA realizado em 1 de novembro de 1889;
. O primeiro tabelião de Floriano foi o senhor Eneas Pedro de Oliveira;
. O primeiro casamento católico com efeito civil registrado em Floriano data de 25 de setembro de 1947 do casal Epaminondas Menezes Lima e helena Barbosa Reis;
. O primeiro jornal a circular em Floriano foi o SERIP no ano de 1912 sob a direção João Luiz Pires Ferreira. SERIP significa PIRES lendo ao contrário.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Teodoro F. Sobral Neto

6/08/2006

ROSA DE OURO - ANTES E DEPOIS





ROSA DE OURO – CONSTRUÍDA POR UM EMPREENDEDOR
KAMEL FERREIRA (SEU CAMILO)
Fotografias podem revelar histórias jamais imagináveis – vejam, por exemplo – a nossa famosa ROSA DE OURO, nome diferente que fora trazida de longe, São Paulo, por um pintor de Floriano, conhecido por Cícero (seria, por acaso, o nosso saudoso Cícero Pintor?), que viu este belo nome numa lanchonete, passando a idéia ao empreendedor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, nasceu em Fortaleza - CE em 12 de agosto de 1924, casado com a senhora Ariene Santos Ferreira, pais do engenheiro civil, doutor Nonato Ferreira, que atualmente exerce o cargo de Secretário de Obras do Município; Angélica Farisa, Chico da Padaria Ipiranga e Kamel Filho.

Perguntamos ao senhor Camilo de como surgiu a idéia de construir um dos mais belos e importantes prédios da Princesa do Sul, pelo seu valor cultural na época. Sua resposta foi emocionada:

" Começou quando fui de Fortaleza para Teresina no dia 02 de agosto de 1952, data que jamais esquecerei, pois cheguei no ano do centenário da cidade verde. Como funcionário do DER-PI, fui transferido para Floriano, chegando em 09 de maio de 1957.
A primeira Rosa de Ouro era um QUIOSQUE de madeira. Mais tarde, comecei a articular com Fauzer Bucar, vice-prefeito de Chico Reis e o vereador e compadre Manoel Jaca a viabilidade de construir um prédio, com uma bonita planta do Engenheiro Civil do DER doutor José Carlos Castelo Branco.
Foi uma luta ferrenha, muito difícil, pois alguns vereadores dificultaram a aprovação do requerimento, pois pretendiam passar para alguém de posse e na época eu era considerado um forasteiro, não seria bom para cidade, segundo alguns vereadores.
Mas com a intervenção forte do vice-prefeito e de dois vereadores, conseguimos a aprovação do projeto. Foi uma revolução. Concluída a obra, parecia um sonho. A transformação foi um marco, o prédio era funcional, se não vejamos: na parte da frente da avenida Getúlio Vargas, funcionava a Banca de Revistas, as pessoas ficavam maravilhadas com aquela novidade, surgia ali oportunidade raríssima da leitura, tão carente na época, ficava mais fácil de se atualizar com as notícias do Brasil e do mundo e, por outro lado, existia o romantismo dos jovens que iam pra lá trocar revistas e figurinhas de álbuns.
Ao lado da banca tinha um balcão que eram fabricados os picolés, era um sucesso, nesse período já fazíamos picolés com cobertura de chocolate, hoje não é novidade para mim. No prédio tínhamos mais uma importante opção, ficava localizado na parte de trás, uma lanchonete, moderna, limpa, dava gosto a pessoa freqüentar, realmente era uma coisa inédita."
Detalhe, a energia da Rosa de Ouro era fornecida por outro empreendedor, Bento Leão, que falaremos numa outra oportunidade.
O atual prédio da Rosa de Ouro pertence ao Senhor Kamel Ferreira.
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Pesquisa: César Augusto

6/07/2006

FIGURAS FOLCLÓRICAS DE FLORIANO

ANIZINHO
(Anísio meneses Filho)
Fazia-se de besta, mas o famoso Anizinho era sabido que só. Quando menino, gostava de imitar políticos discursando ou qualquer pessoa que tivesse o dom da oratória.
Ficou mais conhecido como vendedor de jornais (jornaleiro por vocação), além de gostar de dançar na frente dos blocos de carnaval. Por outro lado, não perdia uma tetúlia e gostava de agradar as meninas oferecendo-lhes bombons. Era um exímio paquerador. Um dos fatos mais curiosos é que Anizinho, quando queria alguma coisa, ficava colado no pé da pessoa e só saía quando conseguia realizar o seu intento ou quando era expulso.
Uma de suas tiradas mais engraçadas e pitorescas, foi quando recebeu 100 cruzeiros para devolver 99 de troco a um conhecido médico a quem vendera um jornal por 1 cruzeiro.
- Vou bem ali trocar o dinheiro e volto já. Fique com o resto dos jornais como garantia.
Até hoje o médico espera o troco.
Outra bela tirada de Anizinho, quem descobriu foi o nosso amigo César de Antonio Sobrinho. Anizinho fora várias vezes o campeão da feiúra, um quadro promovido pelos circos de arena que passavam por Floriano. O último concurso que ele participou, o apresentador do espetáculo perguntara para o campeão:
- Como você se sente vencendo mais este evento?
Anizinho, com a simplicidade que Deus lhe deu, respondera, com moral e categoria:
- Rapaz, a coisa tá é feia! A cada concurso que passa, fica mais difícil ser campeão! O meu amigo Tiberim tá na área. A concorrência está grande, amigo!
Anizinho, certa vez, sofrera um acidente num parque de diversões. Faleceu há alguns anos, ainda novo.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem /Teodoro F. Sobral Neto

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...