11/09/2023

Faleceu Nosso Amigo Luzeny

 

A cada ente querido e amigo que se vai, nos tornamos enfraquecidos, não por sermos pessoas fracas, mas por estarmos perdendo a raiz que nos prende à vida terrestre.

11/08/2023

FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL

Dados Sumários de 1925 a 1943 )

Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993

DIVERSÃO E ENTRETENIMENTO

Como não podia deixar de ser, em toda cidade interiorana que se preze, tem o seu espaço dedicado às suas horas de ócio e de lazer.




Floriano de então, e sendo a terceira cidade do Estado, também posuía lugares consignados para diversões - bares, cinemas, teatro ( este funcionando esporadicamente ), cabarés etc.

A elite social compunha-se de famílias das classes rica e média, ambas militantes do comércio de ummodo geral.

Antes da existência do "Floriano Clube", os bailes sociais da chamada época áurea, realizavam-se em residências particulares, dependendo do motivo a ser comemorado. Os convites pessoais eram feitos com antecedência, a fim de que os convidados se preparassem devidamente. As despesas decorrentes desses eventos corriam sempre por conta dos anfitriões.

Também, aconteciam nasdardes domingueiras, promovidas pela sociedade, soirés dançantes beneficentes com passeio fluvial de 12 às 18 horas, a bordo dos vapores "Europa" ou "Manoel Thomas", gentilmente cedidos pelos respectivos comandantes.

Os bailes carnavalescos, bem como os de caráter beneficente, realizavam-se no Teatro Politeama, adremente ornamentado para maior brilhantismo dos festejos citados.

As pessoas pertencentes a classe operária, com raras excessões, formavam um bloco à parte. Suas festas, de um modo geral, eram promovidas na sede da "União Operária".

CARNAVAL

Durante os festejos dedicados ao rei Momo, o chamado carnaval de rua era bastante fraco, com um ou outro bloco, arremessando confetes e serpentinas, bem como "cabacinhas de cera", contendo água colorida às pessoas presentes. Era o chmado "Entrudo". Nos bailes, formava-se blocos distintos, devidamente fantasiados de acordo.

CINE TEATRO POLITEAMA

Esta ex-casa de diversão foi construída na avenida Álvaro Mendes, sobre o riacho do "Gato", por iniciativa do coronel Hermando Brandão, a fim de servir o público na projeção de filmes cinematográficos, especialmente. Também, servia como teatro. Nele aconteceram representações de várias companhias teatrais do Rio de Janeiro. Ainda, promovidas pela sociedade local, aconteceram teatrinhos de variedades, bem como peças dramáticas da larca do senhor Eleutério Rezende, o qual também brilhava como ator. Tais récitas e dramas, quase sempre eram beneficentes.

A força e luz para funcionamento do cinema era própria. os filmes eram do tempo do cinema mudo e as projeções se faziam acompanhar de músicas executadas por orquestra contratada, sob a dereção do senhor Ranulfo Barros, exímio flautista.

CINE NATAL

Tempos depois, o senhor Bento Leão adaptou a sua residência em casa de divesão, inaugurando o cinema falado sob o título citado. Este funcionava com energia e luz próprias, pois este senhor possuía um motor para beneficiamento de arroz no qual foi adaptado um dínamo para energia elétrica.

Anexo ao cinema funcionava o Bar Natal de sua propriedade, passando este a ser o mais frequentado da cidade.

Passados alguns anos, surgiu outro cinema de propriedade do senhor Adala Attem, em prédio também adaptado, que este adquiriu de um patrício, o qual retornou à sua terr natal. ( o nome deste sírio não me ocorre, informe-se com seu mano Michel ).

AMPLIFICADORA DE SONS

Não possuindo Floriano estação de rádio-transmissora, foi criada no "Cine Natal", uma amplificadora para anunciar os filmes programados. Com o correr dos tempos, esta tornou-se um órgão de propaganda do comércio local, como também de informações, onde eram comentadas as notícias da cidade e do Estado de um modo geral. Nos intervalos das notícias eram transmitidas músicas orquestradas e cantadas, tornando-se, assim, mais um divertimento para o povo.

BARES E BOTEQUINS

O primeiro bar conhecido era de propriedade do senhor Doca Rocha, contendo além de bebidas e cigarros necessários ao bom funcionamento deste, salões para jogos de bilhar e sinuca, como também jogo de azar - carteado e outros.

Anos depois, referido bar foi adquirido pelo senhor Calixto Lobo para o senhor Moisés Kinahier, tornando-se um ponto de reunião frequente dos componentes da Colônia Sírio-Libanesa, especialmente. Estes eram conhecidos pela população piauiense pela alcunha de "carcamanos".

Também, o senhor José Cronemberger abriu um segundo bar, provido do necessário, tendo ainda amplo salão com sinucas e jogo de dominó etc. Não tinha jogo de azar. Seu estabelecimento era bastante frequentado por famílias da sociedade, destacadamente. O movimento maior era das 06 às 10 horas da noite. E nos domingos e feriados começava após a missa das 08 horas.

Outros bares - do senhor Genésio Nunes e do senhor Manuel Vieira dos Santos. Com o advento do "Bar Natal", os outros foram desaparecendo paulatinamente.

Os botequins ou tabernas funcionavam na zona boêmia, sendo os mais frequentados - o do senhor Anfilófio melo e o do senhor Francisco Gonçalves da Paixão.

BANDAS DE MÚSICA

A primeira banda de música pertencia ao saudoso professor de música - Manuel Martiniano da Costa. Depois a "União Operária" fundou a "Euterpe Florianense", sob a direção do senhor Joaquim Araújo. Este teve como sucessor o senhor João Francisco Dantas.

Anos após, e em decorrência da incrementação do futebol amador pelo comércio, surgiu uma terceira sob a direção do senhor João Martins. Este era saxofonista e procedia da cidade de Oeiras.

FUTEBOL

Este esporte bretão teve outrora grandes momentos de lazer para a sociedade e o povo em geral. Nas tardes domingueiras eram frequentes as partidas de futebol, entre os times amadoristas do comércio e do operariado.

O do comércio denominava-se "Comercial Futebol Clube", tendo como Presidente o senhor José Francisco Dutra, Gerente da firma Marc Jacob, e o da classe operária, tinha a denominação de "Artístico Fubebol Clube",cujo Presidente era o senhor Joaquim ( Quincas ) Araújo.

As torcidas de ambos vibravam com as atuações de seus times, chegando ao ponto de deiscriminação entre aqueles que militavam no comércio, e os operariados. As rivalidades eram notórias naquela época, daí o surgimento da banda de música acima referida.

Talvez, pelos motivos retro mencionados, o futebol amador tenha desaparecido de Floriano.

FOLCLORE

Nas épocas de junho, haviam congados e bumba-meu-boi e em dezembro pastorinhas e reizados, festas estas bastante animadas e apreciadas pela população. Também, em junho, faziam-se as tradicionais fogueiras, nas quais eram assadas batatas e macaxeiras, acompanhadas do célebre quentão ou gegibirra.

São tradições e eventos que estão quase desaparecendo neste País, o que é uma pena. Em contrapartida, a violência nas grandes cidades está crescendo assustadoramente.

RIO PARNAÍBA

Nos medes de verão, especialmente nos domingos, a juventude e a criançada realizavam neste rio momentos de entretenimento, não somente banhando-se nas águas e ainda, nadando e atravessando-o montados em talos de buritís, bananeiras para maior segurança de seu desiderato. Contudo, o rio Parnáiba não era apenas salutar para os banhistas. suas águas traiçoeiras, às vezes, conduziam os mais audazes às correntezas e fatalmente à morte. Recordamos com pesar os pranteados rapazinhos Alberto Drumond Neto, filho do senhor Honorato Drumond; José Crvalho, filho do senhor abdenago Ferreira de Carvalho; e Milton da Fopneca Rocha, filho do senhor Martinho Rocha. Este afogou-se, não souberam como, quando em viagem de Teresina para Floriano.

Grupo Viazul Show Vizagem 1979

 


Estamos observando um flagrante muito especial: trata-se de um momento musical com o famoso conjunto florianense - VIAZUL, liderado pelo nosso grande amigo José Demes (Ieié) no tradicional Centro Social Urbano na Ibiapaba..

Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo aquele centro cultural.

O Viazul foi um momento cultural revolucionário e um grande acontecimento na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.

Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.

Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispomos em arquivo MP3.

Ainda fazia parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.


11/07/2023

O Riacho do Gato

 Nos anos em que as chuvas eram abundantes e cumpriam o seu ciclo, nas proximidades da hoje Praça Petrônio Portela, onde está edificada a Prefeitura do Município na gestão de Adelmar Pereira, era uma região fértil, que com o rigor das chuvas nas épocas do inverno, surgiram na região muitos olhos d´água, nascendo ali um manancial d´água que escorria no leito de uma grota existente ao lado de um terreno cercado com arame farpado e do lado direito onde hoje é o fundo do início de uma construção que serviria para a instalação do Ginásio Santa Teresinha que havia sido adquirido pelo Padre Pedro e outras pessoas ligadas à educação no município, o que terminou não acontecendo.

Diante de tal situação, apareceram outros interessados e adquiriram o acervo do mencionado Ginásio,, usando o seu nome, levando-o para as proximidades do Cemitério São Pedro de Alcântara, que ressurgiu com o nome de Ginásio Sobral neto, talvez em homenagem ao seu Fundador nos anos de 1930.
Salão Paroquial

Mas, voltemos à razão do presente texto. Aquele terreno correspondia com as casas dos filhos do senhor Francisco Antonio Nunes - , Pedro, João, José, Euclides, Olindo e Manoel que tinham a frente para a Praça da Pedreira e se estendiam desde as proximidades do Ginásio até a esquina com o Grupo Escolar Fernando Marques, próximo onde está situada a Secretaria Municipal de Educação, se eu não me engano, desde de um dos mandatos do senhor Manoel Simplício da Silva.

Naquele trecho, por onde escorria a água do do olho d´água, somente existia muitos pés de jatobás rasteiros. Casa ali era coisa raríssima, mas só me lembro do senhor Bodocó acima do olho d´água e uma um pouco abaixo por onde atualmente passa a rua Doca Araújo ao fundo do Educandário Santa Joana D´arc.

Com o correr do tempo e dependendo do inverso, o mencionado olho d´água terminou transformando-se numa forte correnteza, atingindo onde foi a antiga rua Benjamim Constant, hoje Raimundo Castro, ali já chegava como um riacho caudaloso.

Naquele tempo só existia uma casa, a residência do senhor Antonio Paraguassu de Souisa Martins, que era edificada na esquina com a hoje Elias Oka e nada mais - cuja água tomava toda a largura da futura via pública penetrando num terreno do senhor Doutor Sebastião Martins, onde é hoje a Casa de Saúde, saindo ao lado da igreja Batista, atravessando a arenosa avenida Eurípedes de Aguiar e penetrando, também, nos terrenos dosenhor Zé Demes, passando no fundo do prédio onde funcionou o Cine Itapoã, Loja Maçônica Igualdade Florianense, prédio onde funcionou o Banco do Brasil, por baixo do Floriano Clube, escorrendo pela rua São Pedro, entrando pelos fundos do antigo prédio da Prefeitura por baixo do bar do senhor Bento Leão, atravessando a avenida Álvaro Mendes (hoje Getúlio Vargas) e passava por baixo do então Cine Teatro Politeama (atualmente onde está a firma Credinorte), desaguando na rua Fernando Marques, onde num dos mandatos do senhor Manoel Simplício foi construída uma galeria de mais de 400 metros de cumprimento indo desaguar no rio Parnaiba e agora, segundo dizem, está conectada com o serviço feito pelo senhor José Leão que se destina a despoluição das águas que procuram o leito do Velho Monge.

A história do antigo riacho é como o animal que lhe empresta o nome: - tem sete fôlegos. Hoje a rua que ainda lhe serve de leito, é uma via calçada onde estão edificadas inúmeras residências, clínicas médicas, hospital (A Casa de Saúde doutor Sebastião Martins e está no coração da nossa Princesa do Sul.

Fonte: Nelson Oliveira e suas Crônicas

11/06/2023

Dispersão Poética

 

Para onde o corpo não vai, poeta, projeta-se um olhar.

Hospital Tibério Nunes ampliará sua capacidade com 148 novos leitos

 

Ampliação HTB

O Hospital Regional Tibério Nunes, referência em atendimento de saúde na região de Floriano, passa por um grande processo de expansão que visa aprimorar e ampliar os serviços de saúde oferecidos à comunidade local e regional. As obras de ampliação do hospital estão divididas em duas etapas que irão melhorar a infraestrutura e a capacidade de atendimento da unidade.

A primeira fase das obras conta com 80 novos leitos, incluindo 02 leitos de isolamento. Essa etapa tem previsão de conclusão para o mês de fevereiro de 2024. Com esses novos leitos, a unidade de saúde poderá acomodar um maior número de pacientes, garantindo um atendimento de alta qualidade e maior disponibilidade de recursos médicos.

A segunda etapa da expansão abrangerá a construção de mais 68 leitos no segundo pavimento, como explica o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.

"Assim como na primeira, a segunda etapa também contará com leitos de enfermaria, além de mais 02 leitos de isolamento. Quando essa fase for concluída, a capacidade total do hospital terá aumentado para 148 novos leitos, divididos em dois pavimentos", afirmou.

O diretor do hospital, Gabriel Silva, enfatizou que as reformas na unidade de saúde fortalecerão ainda mais Floriano como um polo de saúde na região e permitirão a alocação adequada de serviços médicos.

"A ampliação do Hospital Regional Tibério Nunes é um passo importante no fortalecimento da infraestrutura de saúde na macrorregião de Floriano, garantindo um atendimento mais abrangente e de alta qualidade para a população local”, finalizou o diretor.

Fonte: florianonews.com

11/03/2023

Retratos

 NO TEMPO DAS CALÇADAS


Dácio Melo (Filho de Mestre Walter)

Sintíamo-nos à vontade, todos sentados em suas cadeiras nas calçadas conversando os mais variados assuntos. O véu da noite nos encobre mansamente. 
No Tempo das Calçadas

Na rua a meninada brinca animada as mais variadas rodas, chicote queimado, bombaquim dentre outras. Lá na calçada de seu Binidito Tibério, Djalma, Zulmirina, Gracinha, Danunzio, Tonho dos Reis e outros fazem outra roda de bate-papo. 

Na porta D. Maria e seu Binidito conversa com algumas visitas. A Lua com sua luz dourada e romântica aquece o frescor da noite embebido pelo cheirinho gostoso do mato rasteiro da cerca de seu Joãozinho. 

A noite avança mansamente, as brincadeiras se aqueitam de vagar, as mães zelosas dizem às crianças, já chega, vão todos se lavarem! Diante daquelas advertência, os vizinhos se dão conta do adiantado da hora. 

Boa noite daqui, boa noite dali e vão ouvindo como repostas um, mas tá cedo Comade Joaquina, num vá não cumade Inhá. Já tá tarde, cumade Lurdes, amanhã a gente continua. Boa noite Melo, boa noite seu Walter. 

Até amanhã! De longe a turma de Tibério, Djalma, Zulmirina, Zezé... olhando os mais velhos se arrumando, se despedem e recolhem à casa e aos braços de Morfeu.  

10/31/2023

10/30/2023

Retratos

 



 

Retratos

 Retratos do nosso futebol

Ferroviário na década de 1950
Esse é o famoso time do Ferroviário Atlético clube, quando disputava uma jornada esportiva no dia 6 de julho de 1953, época em que o futebol florianense despertava grandes emoções.

Com relação à escalação, da esquerda para direita, observamos os atletas Sérgio, o goleiro Nelson Oliveira ( já flecido), Balduíno, Binda, Genério e Chico Martins;

Agachados, temos os jogadores Batista, Lauro, o centroavante Fenelon Brasileiro, o craque Vilmar e Nenê na esquerda.

O nosso amigo Fenelon (também ja falecido), o centroavante da foto, fora abordado pelo professor Djalma Nunes Filho e nos presenteou com essa pérola do futebol românico da Princesa do Sul.

Retratos

  Torneio do Campo dos Artistas


Fonte: Danúnzio Josivalter de Melo


ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

10/25/2023

Realizada a IV Conferência Municipal de Cultura em Floriano

Foi realizada nesta terça-feira( 24), no auditório da Secretaria de Cultura, a IV Conferência Municipal de Cultura de Floriano, com o tema central: “Democracia e Direito à Cultura”, que discute a política pública de cultura e as diretrizes para o Plano Nacional de Cultura e aprimoramento do Sistema Nacional de Cultura (SNC), através de seis eixos indicados pelo próprio Ministério da Cultura:

Eixo 1- Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; 

Eixo 2 - Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social:

Eixo 3 - Identidade, Patrimônio e Memória;

Eixo 4 - Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural;

Eixo 5 - Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade;

Eixo 6 - Direito às Artes e às Linguagens Digitais.

 A conferência foi presidida pela secretária de Cultura, Esporte e Lazer de Floriano e também presidente do Conselho Municipal de Cultura, Elineuza Ramos, com a presença do secretário de Governo, Marcony Alisson, que representou o prefeito Antônio Reis, que estava em viagem a trabalho, além do presidente do Legislativo Municipal, Joab Curvina e outros representantes do poder público municipal, Câmara Municipal e entidades de Floriano.

 O evento foi dividido em 4 momentos: a abertura e aprovação do Regimento Interno; a palestra sobre o tema e os 6 eixos; a formação de grupos de trabalho por eixos e a plenária final, com deliberações e eleição dos delegados que participarão das conferências estadual e nacional.

  A palestra foi presidida pelo professor José Gonçalves da Silva Filho. A expectativa é que Floriano gere bastante ideias e demandas já que conseguiu reunir um grande celeiro artístico e diversidade cultural em vários seguimentos, como teatro, dança, cultura erudita e popular, comunidades de terreiro, rezadores, benzedeiras, Divino, Pastorinhas, escritores e poetas, historiadores, músicos, djs, atores, bailarinos, movimento reggae, associativismo e fazedores de cultura.

 Em seu pronunciamento, a secretária Elineuza Ramos destacou o salto em investimento e olhar para a cultura de Floriano, pelo atual governo municipal e disse que para 2024 a cultura receberá ainda mais atenção. “Nesta conferência elaboramos a nossa minuta popular, elegendo para a nossa cidade o que almejamos em termos de cultura a partir da identidade cultural de Floriano e levaremos as nossas ideias também para as conferências estadual e nacional”, disse a secretária.

 Fonte: florianonews.com

10/24/2023

92 Anos de Luta e Felicidades

Maria de Lourdes Batista de Melo

Antes e Depois

FAMÍLIA MELO - E ASSIM TUDO COMEÇOU

Pesquisa: Tibério Melo

Seu Roberto Batista, Corró, fazendeiro, comerciante e autoridade do lugar Veados, hoje Artur Passos, no sertão piauiense, às margens do médio Parnaíba tinha 3 filhas, Maria de Lourdes, Doralice e Maria do Carmo, do casamento com Margarida, de pequena estatura, distinta e elegante senhora, aos padrões da época.

Maria de Lourdes, a mais velha, precisando tratar dos dentes, eis que teve que se deslocar para a cidade de Floriano a montante do Rio Parnaiba. A partida foi um show no lugarejo quando a mocinha teve, aos 10 anos, que embarcar, num bote, com uma sombrinha de modo a se proteger dos raios do tórrido sol nordestino. Foi seu primeiro contato com aquela cidade que viria a ser o torrão de sua familia. Após o tratamento a garota retornou à casa dos pais com mil novidades para as suas irmãs Doralice e Docarmo, ainda de tenra idade, e amigas. Hospedara-se na casa do Sr. Vicente Roque, comerciante e grande amigo do Sr. Roberto Corró.

1964 com a filharada

Aos 14 anos a pré-adolescente teve que voltar a Floriano, ainda com problemas dentários. Desta feita hospedara-se na casa da Sra. Constantina, filha do Sr. José Pacífico, esposo de D. Aurora, prima de D. Margarida. Próximo dalí morava um distinto rapaz que ao ver a donzela teve seu coração abalado por emoções até então desconhecidas.

Não conseguindo conter a agonia o jovem dirigiu-se à mocinha revelando as emoções que só ela podia conter. Ela disse que não sabia o que fazer mas que por pena tentaria algo que pudesse livrá-lo de tão angustiante emoção. E começaram a falar coisas de amor. Logo, logo, as palpitações foram abrandando e aí nasceu uma relação que já passou das bodas de diamante. Bravos!!!

Para a saudade dos dois, eis que a mocinha teve que retornar ao lugarejo Veados. Ao voltar, D. Margarida não demorou a desconfiar do comportamento da filha. Percebeu que a garota enjoara das bonecas e logo tratou de descobrir quem estava na linha de frente. A mocinha teve que se revelar sob as pressões da Matrona.

Aos 15 anos, não suportando a saudade, a moça disse que precisava fazer curso de corte e costura com uma costureira, famosa professora modista, D. Raimunda Pio. Lá que D. Margarida cedeu mas só porque hospedar-se-ia na casa de seu irmão, Benedito Batista, com mil recomendações. Cuidado com a moça. Desta vez Doralice, também, viera a Floriano e fora matriculada no Odorico às escondidas, mas Seu Roberto acabou se convencendo e resolveu montar uma residência na cidade de Floriano na Rua São João, hoje Defala Attem.

Antes desta mudança, o jovem apaixonado, Antonio Melo, teve que visitar os pais da moça em Veados. Até que foi bem recebido pelos futuros sogros mas as primas da moça não acharam nenhuma graça no rapaz pois não tinha, pelo menos, um dente de ouro. Ali mesmo o jovem pediu a mão da moça em casamento que veio a ocorrer em 08 de novembro de 1947.

Em tempo:

Filhos: Tibério José de Melo (in memorian); Danúnzio Josivalter de Melo (in memorian) Ubaldo José de Melo; Lenka Elizabete Batista de Melo; Janclerques Marinho de Melo; Eulálio Jeusevalter de Melo; Uiara Marize Batista de Melo; Merilan Batista de Melo; Adalto de Jesus Melo; e Antonio de Melo Sobrinho. 

Retratos

 

Dispersão Poética

Estávamos, ansiosos, cumprindo um roteiro matinal por entre as matas e as florestas da Princesa. Ainda havia um tempo em que a nossa vegetação nos proporcionava grandes alegrias.

A Taboca, Vereda Grande, Irapuá e Meladão, por aí ainda havia muitas belezas e florestas naturais e o canto dos pássaros; hoje, apenas, escutamos os carros de som insuportavelmente transgredindo a harmonia de nossa música.

Precisamos, a um tempo curto, revitalizar as nossas matas e o canto do passarinhedo. Precisamos voltar a tomar banho de chuva e invadir as bicas. Não podemos mais suportar o novo consumo que instalou-se de repente de forma descultural.

Precisamos, enfim, buscar os velhos carnavais e as marchinhas que nos causavam grandes emoções.

10/23/2023

10/20/2023

Retratos de Floriano

 Praça Matriz


"Anos de 1950." -, Começa a assim, inspirado, o professor Luís Paulo, quando de seus flagrantes de 1997, falando de nossa praça matriz.

Segundo ele, "o Doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, na qualidade de Prefeito de Floriano, fez construir a antiga Praça João Pessoa."

Continuando, "lembra que o projeto do Engenheiro Luiz Ribeiro Gonçalves mostrava um traçado singular da praça. Vejam os canteiros, as bancadas, os jardins cuidados e os postes de iliminação com pequenos globos brancos."

Seguindo nesse roteiro poético, o nosso historiador exalta a "arborização com figueiras. Vê-se, ainda, a Farmácia Rocha, a Casa São Luiz de Luiz Meireles e, do outro lado, a Farmácia Coelho de tão grande tradição e, onde  é hoje o Bar Imperial, havia uma loja da família Neiva."

"O flagrante rever é essa imagem no momento em que fazemos cem anos de cidade e a paisagem é outra."

"Fica, porém, a eternidade da fotografia" -, encerra, assim, reflexivo e nostálgico, o nosso mestre da saudade.

Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo.

Retratos

 VILA NOVA DO BOSQUE

Vila Nova do Bosque

Estádio Tiberão  - Floriano-PI 

Ano: 1992 

Em pé:

Digo Digo, Nelson, Marcilio Duque, Chico de Marina, Junior Waquim, Dino, Padeco, Zé Wilson, Maciel, Midim, Edvar,  Nenezão, Bernardo, Piloto, Nelson Júnior e Elias Rocha;

Agachados:

Beto da Linha Molhada, Antônio Neto (Mascote), Edmar, Valdo, Gonzaga, Walberto, Nonô, Chequinim, Geremias e Maurício.

Alguns veteranos ainda mantêm a tradição das nossas antigas peladas no momento atual, como acontecia no passado no campo dos artistas, AABB, campo da rua 7, da Vereda, Taboca, Tia Chica e outros campinhos espalhados pela cidade.

Há um esforço enorme dessa rapaziada e da velha guarda em manter essa tradição. E o que resta no momento é a Prefeitura incentivar com a infra estrutura dos campinhos e quadras e desenvolver torneios e campeonatos para tirar a juventude da margem.

Mas para isso é necessário a iniciativa dos piolhos de bola que ainda têm vontade e aspirações de reviver e buscar novos talentos para o nosso desporto.

Que vai começar?

10/19/2023

Retratos

 

1o. de Maio 1970

JOGOS ESCOLARES

Essa é do fundo do baú! Acervo do nosso amigo Holandinha. onde podemos avistar conhecidos piolhos de bola. Essa foto é do ano de 1970 no estádio do Ferroviário José Meireles.

Em pé temos o Antonio Mota de Augusto, Júlio Gago, Siqueira, o goleiro Antonio João, irmão de Jumentinha, Roberval de Chico Batista e Juriti.

Agachados: Holandinha, Chico Borracheiro, João de Deus de Vicente Roque, Rômulo, Zé Vilmar de Nelson Oliveira e Mazinho também filho de Augusto Mota.

Época lírica do nosso futebol, que os anos não nos trazem mais.

Retratos

 


TIBÉRIO NUNES E AMIGOS - Dentro do contexto romântico da política florianense, conseguimos esta ( foto ) do fundo do baú, editada no livro de memórias de dona Yeda Nunes, com o nosso saudoso prefeito doutor Tibério Barbosa Nunes ao lado de correligionários. Observamos, ainda, da esquerda para a direita, Francisco Borges ( da rua do Amarante ), os empresários Edmundo Gonçalves, Bonasser, Pedro Attem ( Atemal ) e o senhor Ramos num descontraído bate - papo no Floriano Clube. Hoje, há uma certa escassez de líderes políticos em Floriano, mas ainda acreditamos numa reviravolta e, de repente, quem sabe, teremos de novo alguém aí se destacando para fazer a diferença. Vamos ter que aguardar, por enquanto, por muito tempo ( ? ). Quem viver, verá!

Retratos

 Os meninos das estrelinhas


Resenha de Chico Cangury (para Tibério José de Melo)


O doutor Braulino, quando diretor do Estadual, inventara uma farda, tipo, contendo umas estrelinhas, que de certa forma, indicavam a série que o aluno estava cursando. Após um treinamento da BANDA, pois era a época do desfile de sete de setembro, todo dia havia aqueles tradicionais ensaios pela manhã e à tarde.

Tudo bem, até que em uma certa manhã, após o treino, o Chicão de dona Helena, comandara uma turma, juntamente com Antonio, Poncion dentre outros. Foram, então, para o Mercado que ficava em frente ao colégio.

O certo é que quando eles estavam subindo os degraus, as verdureiras gritaram:

- GENTE, pelo amor de Deus... Cuidaaaaaadoooooo!... Guarda tudo, pois os meninos das estrelinhas estão chegando.

Foi um rebuliço danado. Resultado: demorou pouco tempo para a farda ser trocada por outra.

10/18/2023

Retratos

 

Time do Comércio

 

Time do Comércio dos anos de 1950

Retratos do nosso futebol
 
Time do Comércio da década de 1950
 
Esse é o time do Comércio Esporte Clube, em 1952, quando disputava uma jornada esportiva aqui na vizinha cidade de São João dos Patos.
 
O resultado daquele saudoso encontro, não deu outra, o time do Comércio venceu a partida por dois tentos a um.
 
Segundo o nosso amigo Fenelon Brasileiro, que trabalhava como cooedenador da equipe, à epoca, o Comércio viajou num caminhão, viagem difícil, mas cheia de resenhas e belas aventuras.
 
Na foto, podemos destacar e equipe da esquerca para a diretira, em pé, o goleiro Quincas, depois o lateral Tarquinho, os zagueiros Balduíno, Daniel Bicudo, Djalma Macedo e o lateral Rolé.
 
Agachados, o dirigente Feneleon Brasileiro, o ponteiro direito Adalto, os atacantes Colega, Defala Attem, Babaçu e baixinho Nilton Camarço.
 
O futebol da Princesa do Sul, naquela época, dava show de bola e havia companheirismo, dedicação e vontade sempre de vencer as adversidades que o esporte proporcionava àqueles guerreiros.

10/17/2023

Retratos

 

Casarão dos Sobral

Casarão do Doutor Theodoro Ferreira Sobral

Quando éramos crianças, líamos, o "Castelo Dourado da Princesa", de Dominique Petit, livrinho de histórias infantis, comprado na livraria de Dona Neném Machado. A partir, daqueles contos, começávamos a compor fantasias, e erguer nossos castelos - alguns, até reais.Foi assim, que imaginamos ser, o grande casarão, da esquina, hoje Avenida Eurípedes de Aguiar e Rua Fernando Marques - a ampla residência do Dr. Theodoro Ferreira Sobral: Uma casa mágica e cheia de encantos. O escritor José Nunes Fernandes, diz:" Foi construída, em 1922, sendo a primeira casa, de Floriano, a ter jardim exterior. O partido da construção é amplo e apresenta vários estilos arquitetônicos, especialmente, nas duas fachadas: Principal e lateral"

Primitivamente, o gradil era todo de madeira torneada, formando um belo conjunto. Hoje está modificado, por medida de segurança. No passado, o jardim era bem composto, com roseiras,mulatinho contornando os canteiros, pés de rosa-chá e um grande caramanchão, arredondado,coberto com madresilvas. Na parte, do lado direito, a entrada principal, com terraço, e ornada de grandes colunas toscanas. Via-se jarros enormes, com palmeiras, e uma jardineira de cimento, cheia de lilázes míudas.. Se a memória não nos trai, mais adiante, dando para o quintal, dos fundos, um pé de cajá.Ornando a entrada principal,à direita, um grande jasmineiro; à esquerda,várias plantas, como: bugarís, alfinete, rabo-de-macaco, e, na parte dos fundos, uma grande toceira, de zínias (umbigo-de-viúva), formando uma cebe viva. Tudo, ali, ornava a mansão, com esquadrias retas, em madeira, venezianas e bandeiras e composição, em vidraça azul. Sonhávamos ali entrar, mas era impossível, esse sonho de criança. Víamos, passando pela calçada, feita com grandes ladrilhos de barro (ainda existem alguns retalhos ...), e, através das solenes janelas abertas, os móveis altos - móveis D"Áustria, e o ornato dos quebra-luzes, em porcelana, que balançavam, ao vento ... Ah! casa dos nossos sonhos! Viamos,  ainda, o velho patriarca Theodoro Sobral se embalando, na sua cadeira de embalo, toda em palinha, com seu colete cinza e gravata vinho, com fios dourados. Austero, nobre, elegante, a nós parecia figura de contos antigos. À porta, elegante, em seu vestido azul marinho, a grande dama Sra. Eurídice Sobral. Ficava, de pé, na soleira da sala, e era emoldurada pela luz mortiça, do grande abajour, que pendia do teto, formando meia-luz, e refletindo, no grande espelho de cristal, da sala, a imagem dos que entravam e saiam, Ali, naquela solar, grandes acontecimentos se realizaram: reuniões, festas, conversas políticas, roda familiar, para o cafezinho.

Passando, ali, hoje, vemos o grande casarão, que ainda guarda o antigo esplendor. Tudo, porém, está quieto. O velho patriarca e a nobre dama já não estão presentes. Tudo está entregue,ao tempo, e o tempo vai passando. "Fugit irreparabile tempus" Só conseguimos ouvir a voz do silêncio. A pintura azul da casa está esmaecida. O Jardim feneceu, em parte. o pé de madresilva ainda se enche de flores miúdas e multicoloridas, e se mostra para ninguém;  mesmo assim, enche, o ar, com seu perfume adocicado Já não há, ninguém, sob o caramanchão. Na entrada principal, o velho jasmineiro, de oitent'anos se veste de branco, como um noivo e, com seu perfume suave, suave ...enche, o trecho da Rua Fernando Marques, até à casa de Dona Teresa Sá e Kalume, de deliciosa fragância.

No calor da tarde, lagartixas sonolentas se refrescam, entre a hera e o muro. Pardais, em algazarra, fazem ninhos no topo das grandes colunas toscanas, da entrada principal ou adejam, por sobre os pináculos pontiagudos, do frontão do lado esquerdo, onde vemos, ainda, os altos relevos, em massa. Ai bate a saudade. Volta, no filme da mente, o passado e história de Dominique Pettit; nos sentimos impotentes, diante da ferocidade do tempo. Só nos resta, pois, enchermos os olhos d'água ... como agora.

 (O texto é de 1996. Acasa foi demolida. Ficou apenas a dor da saudade, dessa linda casa)

Retratos de Floriano

 ESCOLA NORMAL Fonte: Nelson Oliveira 1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, f...