A cada ente querido e amigo que se vai, nos tornamos enfraquecidos, não por sermos pessoas fracas, mas por estarmos perdendo a raiz que nos prende à vida terrestre.
A cada ente querido e amigo que se vai, nos tornamos enfraquecidos, não por sermos pessoas fracas, mas por estarmos perdendo a raiz que nos prende à vida terrestre.
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Salão Paroquial |
Mas, voltemos à razão do presente texto. Aquele terreno correspondia com as casas dos filhos do senhor Francisco Antonio Nunes - , Pedro, João, José, Euclides, Olindo e Manoel que tinham a frente para a Praça da Pedreira e se estendiam desde as proximidades do Ginásio até a esquina com o Grupo Escolar Fernando Marques, próximo onde está situada a Secretaria Municipal de Educação, se eu não me engano, desde de um dos mandatos do senhor Manoel Simplício da Silva.
Naquele trecho, por onde escorria a água do do olho d´água, somente existia muitos pés de jatobás rasteiros. Casa ali era coisa raríssima, mas só me lembro do senhor Bodocó acima do olho d´água e uma um pouco abaixo por onde atualmente passa a rua Doca Araújo ao fundo do Educandário Santa Joana D´arc.
Com o correr do tempo e dependendo do inverso, o mencionado olho d´água terminou transformando-se numa forte correnteza, atingindo onde foi a antiga rua Benjamim Constant, hoje Raimundo Castro, ali já chegava como um riacho caudaloso.
Naquele tempo só existia uma casa, a residência do senhor Antonio Paraguassu de Souisa Martins, que era edificada na esquina com a hoje Elias Oka e nada mais - cuja água tomava toda a largura da futura via pública penetrando num terreno do senhor Doutor Sebastião Martins, onde é hoje a Casa de Saúde, saindo ao lado da igreja Batista, atravessando a arenosa avenida Eurípedes de Aguiar e penetrando, também, nos terrenos dosenhor Zé Demes, passando no fundo do prédio onde funcionou o Cine Itapoã, Loja Maçônica Igualdade Florianense, prédio onde funcionou o Banco do Brasil, por baixo do Floriano Clube, escorrendo pela rua São Pedro, entrando pelos fundos do antigo prédio da Prefeitura por baixo do bar do senhor Bento Leão, atravessando a avenida Álvaro Mendes (hoje Getúlio Vargas) e passava por baixo do então Cine Teatro Politeama (atualmente onde está a firma Credinorte), desaguando na rua Fernando Marques, onde num dos mandatos do senhor Manoel Simplício foi construída uma galeria de mais de 400 metros de cumprimento indo desaguar no rio Parnaiba e agora, segundo dizem, está conectada com o serviço feito pelo senhor José Leão que se destina a despoluição das águas que procuram o leito do Velho Monge.
A história do antigo riacho é como o animal que lhe empresta o nome: - tem sete fôlegos. Hoje a rua que ainda lhe serve de leito, é uma via calçada onde estão edificadas inúmeras residências, clínicas médicas, hospital (A Casa de Saúde doutor Sebastião Martins e está no coração da nossa Princesa do Sul.
Fonte: Nelson Oliveira e suas Crônicas
Ampliação HTB |
Fonte: florianonews.com
NO TEMPO DAS CALÇADAS
No Tempo das Calçadas |
Ferroviário na década de 1950 |
Torneio do Campo dos Artistas
Foi realizada nesta terça-feira( 24), no auditório da Secretaria de Cultura, a IV Conferência Municipal de Cultura de Floriano, com o tema central: “Democracia e Direito à Cultura”, que discute a política pública de cultura e as diretrizes para o Plano Nacional de Cultura e aprimoramento do Sistema Nacional de Cultura (SNC), através de seis eixos indicados pelo próprio Ministério da Cultura:
Eixo 1- Institucionalização,
Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura;
Eixo 2 - Democratização do
Acesso à Cultura e Participação Social:
Eixo 3 - Identidade,
Patrimônio e Memória;
Eixo 4 - Diversidade Cultural
e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural;
Eixo 5 - Economia Criativa,
Trabalho, Renda e Sustentabilidade;
Eixo 6 - Direito às Artes e
às Linguagens Digitais.
O evento foi dividido em 4 momentos: a abertura e aprovação do Regimento Interno; a palestra sobre o tema e os 6 eixos; a formação de grupos de trabalho por eixos e a plenária final, com deliberações e eleição dos delegados que participarão das conferências estadual e nacional.
Em seu pronunciamento, a secretária Elineuza Ramos destacou o salto em investimento e olhar para a cultura de Floriano, pelo atual governo municipal e disse que para 2024 a cultura receberá ainda mais atenção. “Nesta conferência elaboramos a nossa minuta popular, elegendo para a nossa cidade o que almejamos em termos de cultura a partir da identidade cultural de Floriano e levaremos as nossas ideias também para as conferências estadual e nacional”, disse a secretária.
Antes e Depois |
Dispersão Poética |
Estávamos, ansiosos, cumprindo um roteiro matinal por entre as matas e as florestas da Princesa. Ainda havia um tempo em que a nossa vegetação nos proporcionava grandes alegrias.
A Taboca, Vereda Grande, Irapuá e Meladão, por aí ainda havia muitas belezas e florestas naturais e o canto dos pássaros; hoje, apenas, escutamos os carros de som insuportavelmente transgredindo a harmonia de nossa música.
Precisamos, a um tempo curto, revitalizar as nossas matas e o canto do passarinhedo. Precisamos voltar a tomar banho de chuva e invadir as bicas. Não podemos mais suportar o novo consumo que instalou-se de repente de forma descultural.
Precisamos, enfim, buscar os velhos carnavais e as marchinhas que nos causavam grandes emoções.
Praça Matriz
VILA NOVA DO BOSQUE
Vila Nova do Bosque |
Ano: 1992
Em pé:
Digo Digo, Nelson, Marcilio Duque, Chico de Marina, Junior Waquim, Dino, Padeco, Zé Wilson, Maciel, Midim, Edvar, Nenezão, Bernardo, Piloto, Nelson Júnior e Elias Rocha;
Agachados:
Beto da Linha Molhada, Antônio Neto (Mascote), Edmar, Valdo, Gonzaga, Walberto, Nonô, Chequinim, Geremias e Maurício.
Alguns veteranos ainda mantêm a tradição das nossas antigas peladas no momento atual, como acontecia no passado no campo dos artistas, AABB, campo da rua 7, da Vereda, Taboca, Tia Chica e outros campinhos espalhados pela cidade.
Há um esforço enorme dessa rapaziada e da velha guarda em manter essa tradição. E o que resta no momento é a Prefeitura incentivar com a infra estrutura dos campinhos e quadras e desenvolver torneios e campeonatos para tirar a juventude da margem.
Mas para isso é necessário a iniciativa dos piolhos de bola que ainda têm vontade e aspirações de reviver e buscar novos talentos para o nosso desporto.
Que vai começar?
1o. de Maio 1970 |
JOGOS ESCOLARES
Essa é do fundo do baú! Acervo do nosso amigo Holandinha. onde podemos avistar conhecidos piolhos de bola. Essa foto é do ano de 1970 no estádio do Ferroviário José Meireles.
Em pé temos o Antonio Mota de Augusto, Júlio Gago, Siqueira, o goleiro Antonio João, irmão de Jumentinha, Roberval de Chico Batista e Juriti.
Agachados: Holandinha, Chico Borracheiro, João de Deus de Vicente Roque, Rômulo, Zé Vilmar de Nelson Oliveira e Mazinho também filho de Augusto Mota.
Época lírica do nosso futebol, que os anos não nos trazem mais.
Os meninos das estrelinhas
Time do Comércio dos anos de 1950 |
Casarão dos Sobral |
Casarão do Doutor Theodoro Ferreira Sobral
Quando éramos crianças, líamos, o "Castelo Dourado da
Princesa", de Dominique Petit, livrinho de histórias infantis, comprado na
livraria de Dona Neném Machado. A partir, daqueles contos, começávamos a compor
fantasias, e erguer nossos castelos - alguns, até reais.Foi assim, que
imaginamos ser, o grande casarão, da esquina, hoje Avenida Eurípedes de Aguiar
e Rua Fernando Marques - a ampla residência do Dr. Theodoro Ferreira Sobral:
Uma casa mágica e cheia de encantos. O escritor José Nunes Fernandes, diz:"
Foi construída, em 1922, sendo a primeira casa, de Floriano, a ter jardim
exterior. O partido da construção é amplo e apresenta vários estilos
arquitetônicos, especialmente, nas duas fachadas: Principal e lateral"
Primitivamente, o gradil era todo de madeira torneada, formando um belo conjunto. Hoje está modificado, por medida de segurança. No passado, o jardim era bem composto, com roseiras,mulatinho contornando os canteiros, pés de rosa-chá e um grande caramanchão, arredondado,coberto com madresilvas. Na parte, do lado direito, a entrada principal, com terraço, e ornada de grandes colunas toscanas. Via-se jarros enormes, com palmeiras, e uma jardineira de cimento, cheia de lilázes míudas.. Se a memória não nos trai, mais adiante, dando para o quintal, dos fundos, um pé de cajá.Ornando a entrada principal,à direita, um grande jasmineiro; à esquerda,várias plantas, como: bugarís, alfinete, rabo-de-macaco, e, na parte dos fundos, uma grande toceira, de zínias (umbigo-de-viúva), formando uma cebe viva. Tudo, ali, ornava a mansão, com esquadrias retas, em madeira, venezianas e bandeiras e composição, em vidraça azul. Sonhávamos ali entrar, mas era impossível, esse sonho de criança. Víamos, passando pela calçada, feita com grandes ladrilhos de barro (ainda existem alguns retalhos ...), e, através das solenes janelas abertas, os móveis altos - móveis D"Áustria, e o ornato dos quebra-luzes, em porcelana, que balançavam, ao vento ... Ah! casa dos nossos sonhos! Viamos, ainda, o velho patriarca Theodoro Sobral se embalando, na sua cadeira de embalo, toda em palinha, com seu colete cinza e gravata vinho, com fios dourados. Austero, nobre, elegante, a nós parecia figura de contos antigos. À porta, elegante, em seu vestido azul marinho, a grande dama Sra. Eurídice Sobral. Ficava, de pé, na soleira da sala, e era emoldurada pela luz mortiça, do grande abajour, que pendia do teto, formando meia-luz, e refletindo, no grande espelho de cristal, da sala, a imagem dos que entravam e saiam, Ali, naquela solar, grandes acontecimentos se realizaram: reuniões, festas, conversas políticas, roda familiar, para o cafezinho.
Passando, ali, hoje, vemos o grande casarão, que ainda guarda o antigo esplendor. Tudo, porém, está quieto. O velho patriarca e a nobre dama já não estão presentes. Tudo está entregue,ao tempo, e o tempo vai passando. "Fugit irreparabile tempus" Só conseguimos ouvir a voz do silêncio. A pintura azul da casa está esmaecida. O Jardim feneceu, em parte. o pé de madresilva ainda se enche de flores miúdas e multicoloridas, e se mostra para ninguém; mesmo assim, enche, o ar, com seu perfume adocicado Já não há, ninguém, sob o caramanchão. Na entrada principal, o velho jasmineiro, de oitent'anos se veste de branco, como um noivo e, com seu perfume suave, suave ...enche, o trecho da Rua Fernando Marques, até à casa de Dona Teresa Sá e Kalume, de deliciosa fragância.
No calor da tarde, lagartixas sonolentas se refrescam, entre a hera e o muro. Pardais, em algazarra, fazem ninhos no topo das grandes colunas toscanas, da entrada principal ou adejam, por sobre os pináculos pontiagudos, do frontão do lado esquerdo, onde vemos, ainda, os altos relevos, em massa. Ai bate a saudade. Volta, no filme da mente, o passado e história de Dominique Pettit; nos sentimos impotentes, diante da ferocidade do tempo. Só nos resta, pois, enchermos os olhos d'água ... como agora.
(O texto é de 1996. Acasa foi demolida. Ficou apenas a dor da saudade, dessa linda casa)
ESCOLA NORMAL Fonte: Nelson Oliveira 1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, f...