11/18/2024

Semana da Consciência Negra

 

A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em cultura e tradição. O evento terá início às 07h00, na Praça Dr. Sebastião Martins, no coração da cidade, e faz parte das celebrações pelo Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro.

Será um momento para relembrar as raízes, celebrar as conquistas e reforçar a importância da luta por igualdade e justiça social. A programação inclui uma série de atrações culturais, como apresentações de danças, declamação de poesias, performances artísticas, exposições e muita música, além de um delicioso café comunitário para abrir o dia.

A Semana da Consciência Negra Kizomba busca valorizar a história, a cultura e as contribuições da população negra na construção da sociedade, promovendo reflexão e celebração.

Você é convidado especial para participar desse momento tão significativo. Venha prestigiar e fazer parte dessa homenagem às nossas raízes e tradições!

Fonte: florianonews.com

11/14/2024

Bazar ESTRELA

Fonte: Flagrantes de uma cidade

Data: Julho/1997

Dentro do contexto comercial de Floriano, em seus flagrantes de uma cidade, o nosso amigo Luís Paulo (in memorian), quando do lançamento de seu livro, na página 85 a gente pode perceber a sua vocação para sintetizar o nosso passado com grande conhecimento de causa; senão, vejamos na foto o Bazar Estrela de Felix Estrela & Companhia.
Bazar Estrela

Foi uma das mais importantes casas comerciais de Floriano, e já no final do século passado funcionava nesta praça. Era uma casa comercial de grande porte, mesmo naquela época, e pelo dinamismo de seus proprietários aparecia como um estabelecimento comercial de suma importância no Piauí. Como outras grandes lojas, formava a praça comercial da então iniciante Floriano.

Seus proprietários Felix Estrella e Alfredo Estrella eram procedentes da Bahia – Casa Nova, localizada próximo aos limites do Piauí com esse Estado.

Sabe-se que seu Felix e Alfredo Estrela eram parentes próximos do conhecido deputado baiano Rui Santos e do Governador da Bahia Roberto Santos.

Alfredo Estrella era casado com Cezalina Muniz, de conhecida família de Floriano. E Felix Estrella era casado com Cotinha Estrella, mãe do nosso estimado Alfredo, que hoje vive nesta cidade na rua Bento Leão.

Esse estabelecimento comercial era localizado onde hoje funciona a Papelaria Attem de Pedro Attem Filho, esquina das ruas Bento Leão e Alfredo Estrella.

Fica aqui o registro e o flagrante, conclui o professor

11/11/2024

A Praça Matriz dos anos de 1950

 
Antiga Praça João pessoa, hoje a atual doutor Sebastião Martins na foto acima nos reporta aos anos de 1950.

Segundo o nosso amigo Teodoro Sobral (de memória aguçada), diz que "Nessa época não tinha a Sertã e nem a estátua do Mal Floriano Peixoto, só o coreto. 

Esse casarão onde depois funcionou a sede do Ferroviário, o bar São Pedro e o armazém de couros Boa Sorte do Sr Samuel Amaral Brito, era  da família Ribeiro, conheci os irmãos major Joel Ribeiro (foi prefeito de Teresina e deputado federal); senhor Erotides do Banco do Brasil , casado com dona Paula, irmã do Chagas Rodrigues e o senhor Domingos Ribeiro.

Do outro lado, continua Teodoro, era do senhor Afonso Nogueira, pai do Ataliba Nogueira, doutor Equililerico, doutor Demerval Neiva, doutora Afonsina Nogueira e dona Altair Nogueira, que casou com o deputado Lustosa Sobrinho e quando a esposa morreu ele casou com a cunhada Doutora Afonsina."

São o nosso registro da saudade, que o tempo abraça na vaidade de nossas emoções.

11/08/2024

Chico Kanguri e suas memórias

 É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!


CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola, o ponteiro esquerdo da foto quando jogou no Palmeiras de Bucar ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era
ChicoKangury de Jerumenha.

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.
A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.

Em tempo:

*    Janclerques,

A foto acima ilustrativa é inesquecível. Esta turma toda aí, estão acima dos 60 anos. Todos Craques, jogaram muita bola e deram alegrias aos torcedores que torrciam pelo Time do Bucar. Êta carcamano, bom e querido, gente boa. Foi um amigão de todos naquela época. Deus Ilumine os caminhos dele, até o dia do Ajuste Final.Chicolé, como sempre, só perdia na potência do Chute para Jamil Zarur e Tassu. Esta Foto merece sempre está em destaque. Valeu, todos são da época áurea dos anos 60. Tempos bons, tempos idos, que não voltam mais, mas é confortante estarmos revivendo. Chico Kangury - Diretamente de Aracaju- Sergipe para o Portal de Floriano.

11/05/2024

Casa do Meladão

 

Corriam os anos de 1950. Aqui, a vivenda conhecida como “ Meladão “. Tratava-se de um sítio do senhor Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves; e servia para fins de semana e lazer.

O Meladão, como era comumente chamado se transformou num lugar interessante, de reuniões, muita alegria e descontração. Seu Antonio Anísio, anfitrião de mão cheia, recebia regiamente seus amigos e seus ciclos mais chegados. Desde sexta feira à noite até domingo à tarde, nessa casa só se conhecia a palavra festa, churrasco, um bom vinho e o indispensável uísque Cavalo Branco ou o famoso Grant´s – três quinas.

Ali se reuniam, além do anfitrião e família, dona Rosita Borges Gonçalves, o grande político e médico doutor Tibério Barbosa Nunes, Amílcar Sobral, Alderico Guimarães, Chico Borges, Turene Martins, Afonso Fonseca, Zé Fontes, Inácio Carvalho, Antonio Nogueira, Edmundo Gonçalves.

Ali se tratava de política, vida em sociedade, assuntos os mais variados, sempre sob a assistência das esposas dos respectivos cidadãos. Rosita Borges, espirituosa, pontificava e era uma anfitriã impecável.
Enquanto o cheiro do carneiro assado ou a mão de vaca enchiam o ar daquele gostoso perfume de comida bem feita, a meninada – filhos e amigos do casal anfitrião, se deleitavam nas águas do riacho Meladão.
Sabe-se que o nome meladão nasceu tendo em vista a morte de um cavalo num dia cheio do riacho, e o animal era da cor castanho claro que muitos chamam de cavalo melado.

As reuniões do Meladão ficaram indeléveis na memória de Floriano e, hoje, revendo aquele sítio, sentimos grande saudade, ouvimos o chuá, chuá das águas do riacho, e parece, ouvimos o ruído do Land – Roover dirigido por dona Rosita, dobrando a curva fechada da estradinha de terra branca  e macia, e que fazia alvoroçoda a meninada.

Anos mais tarde, Antonio Anísio passou a propriedade para o senhor Edmundo Gonçalves e, hoje, ela pertence ao senhor Carlos Carvalho.
É um retalho muito interessante da vida florianense. Meladão. Suas figueiras enormes, sua velha faveira e uma pontinha de saudade.

Fonte: Flagrantes de uma cidade / Luís Paulo

Semana da Consciência Negra

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