Portal de Floriano

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1/25/2022

Retratos do Carnaval de FLORIANO

BLOCO BOTA PRA QUEBRAR

Bora pra quebrar - 1970

OUTRO grande delírio da epopéia de nosso carnaval no início dos anos setenta: o famoso bloco carnavalesco - o BOTA PRA QUEBRAR em grande estilo em fevereiro de 1970.

A origem do Bota pra quebrar de rua foi em 1968, mas foi no bloco de salão de 1967, quando brincávamos carnaval no Comercio e Fclube. Os fundadores do bloco de rua foram Paulo Kalume, Cristovao, Borba, Benjamim, dentre outros. O bloco ficou até 1973.

Em pé da esquerda para a direita, observamos os foliões Paulo Carvalho (Paleca), Chico Borges Filho, Marivaldo, Nagib Demes Filho, Waldemar, Paulo Kalume, Antonio Augusto (Tontonho Carvalho), Sérgio Guimarães, Pedrinho, Dedé, Odimar Reis, Nilson Coelho, André, Hélio e Fábio (guitarrista d´OS BRAVOS).

Sentados, Frederico albuquerque, Chico Paixão, Cristóvão Augusto Soares, Said Kalume, Lauro Antonio, Gervásio Júnior, João Holanda Neto (Holandinha), Borba Filho, Paulo Afonso Kalume (Petinha), Carlos Augusto Ribeiro e o nosso amigo Irapuan aquecendo os tamborins.

Momento hilário, que nos transporta para os bons tempos do contexto romântico da Princesa do Sul.

By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 14:27:00 Nenhum comentário:
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1/21/2022

Retratos de Floriano

 

O PASSEIO EM FRENTE AO CINE NATAL

Cine Natal - 1950

Fonte – Nelson Oliveira

O título dessa página foi uma prática adotada durante muitas décadas, sempre aos domingos, a partir das sete horas da noite.

O Cine Natal ( foto dos anos de 1940 ) exibia diariamente, em duas sessões, uma às 18 horas e a outra às 20 horas; e aos domingos às 19 horas, costumeiramente, era iniciado o referido passeio protagonizado pelas senhoritas da época, da elite, e consistia de inúmeras pessoas de braços dados, percorriam o espaço compreendido entre a esquina com a rua Fernando Marques, até onde esteve funcionando, por muitas décadas, o Supermercado Triunfo e atualmente está estabelecido o AVISTÃO, especialista na comercialização de calçados, num movimento constante, na mais perfeita ordem, onde, durante o dito movimento, elas conversavam entre si, abordando diversos assuntos relativos a cada qual.

Às 20 horas e 30 minutos, momento da segunda sessão do cinema, o movimento enfraquecia e, às 21 horas, já tinha se extinguido o referido movimento naquele palco que era constituído de uma ampla calçada de mais ou menos cinco metros de largura delicadamente mozaicada pelo proprietário do cinema, o senhor Bento Leão.

Enquanto as belas senhoritas daquele tempo desfilavam, os pretensos e os namorados, os primeiros, através de flertes ( o olhar ) com os já namorados, permaneciam à beira da calçada, esperando as conquistas do momento e das já conquistadas.

Alguns, na hora da segunda sessão do cinema, ingressavam no local para se deleitarem dos bons filmes da época e os demais, que já tinham conquistados alguém, saíam em busca da casa da nova conquista.

Aquele local foi sem dúvida nenhuma responsável por muitos romances que resultaram em felizes casamentos, que apesar da tão falada modernidade pregada por alguns, ainda persistem em nossa sociedade, com netos e filhos e até bisnetos, numa demonstração de que o amor, em todos os tempos, é o mesmo com a diferença de que existiu o respeito recíproco entre o homem e a mulher, atributos aqueles que atingiam quem vinham depois; infelizmente, hoje, isso não ocorrem nossa sociedade, onde se constata inversão de valores com a roda grande querendo passar por dentro da pequena e se isso acontecer, certamente, veremos Sodoma e Gomorra renascer.

Felemos também da outra classe social, que se reunia na calçada defronte. Ali onde é a sede da 5ª Região Fiscal, também havia ajuntamento por volta dos anos de 1950, de pessoas da classe operária, sem contudo o clássico passeio.

No prédio citado, existia a Confeitaria São Jorge de propriedade do senhor Abdias Pereira, que naquele tempo desempenhava o papel das hoje lanchonetes, servindo todo tipo de merenda e alguns tipos de bebidas. Aos domingos com excelente frequência até às nove horas da noite, logo após o início da sessão de cinema com todos retornando às suas casas ou se dirigindo para outro local de diversão.

Se não me falha a memória, na gestão do prefeito Francisco Antão Reis, na década de 1960 houve melhoramento na praça doutor Sebastião Martins, visando a transferência para aquele logradouro, daquele movimento em frente ao Cine Natal, que na verdade se iniciou, entretanto, daquele movimento nunca com entusiasmo que havia no primeiro e que por isso teve efêmera duração, apesar da modernidade da praça, onde existia até uma fonte luminosa e de maior espaço.

Mas é assim, o povo é que é o dono da verdade.
By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 11:46:00 Nenhum comentário:
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1/18/2022

Retratos do nosso carnaval

 CARNAVAL - OS PIRATAS DE ANTONIO SOBRINHO


CARNAVAL:
OS PIRATAS DE ANTONIO SOBRINHO

( Fotografia do Bloco OS PIRATAS no carnaval de 1957 - Antonio Sobrinho, Clóvis Ramos, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Pedro Atem, Vicente da Mangueira e uma Legião de amigos )

ENSAIOS: PRÍIIIIII, PRÍIIII - os treinamentos aconteciam na residência de Antonio Sobrinho, mais conhecido como “Decente”, na avenida Eurípides de Aguiar ( hoje funciona uma capotaria ), ficava no centro da sala, com uma prancheta na mão e um apito na boca, comandando os ensaios, gesticulava muito, era só príiiiii pra lá, priííí pra cá, ouvido apurado, percepção, conhecimento, sabia quem estava tocando errado e com um olhar orientava o companheiro para se enquadrar.

MARACÁ DE “H” SEM PEDRAS - tinha os que queriam brincar, mas não conseguiam acompanhar o ritmo, pois o grupo entendia do riscado, afinadíssimo, mas não tinha problema, “Decente” arrumava um jeito: pegava o maracá, tirava as pedras e falava – agora, faça sucesso “homi”, arrebenta. O componente ficava só fazendo o agá, como que estivesse batendo e, com o dedo polegar em sinal de positivo, “Decente”, aliviado, deixava o folião feliz. É mole! Já existia isso! Caramba! Deixa pra lá!

ESQUENTANDOS OS TAMBORINS – havia um detalhe importante e curioso nos ensaios. Como os tambores eram de couro de cobra, bode, boi e outros animais, os foliões, muito exigentes e querendo fazer uma bonita exibição, acendiam várias fogueiras para esquentar e afinar o som dos tamborins, tambores, um espetáculo a parte.

ESTANDARTE - Antonio Sobrinho foi um dos maiores carnavalescos do Carnaval de Floriano dos anos 50/60, período romântico, com o seu bloco “Os Piratas”. E como folião, alegrou muita vezes o carnaval de rua da Princesa, com os seus sons e batuques, com a sua maneira diferente de dançar conduzindo o Estandarte nas mãos, levando a sério e parecia mestre sala de escola de samba do Rio de Janeiro. Dava show e arrancava muitos aplausos na Avenida Presidente Vargas e nas ruas onde o seu Bloco passava. FANTASIA DIFERENTE TODA DE SEDA - Era gostoso ver as cores da fantasia em seda: a bandana-vermelha usada na cabeça, a blusa-preta com uma caveira cravada no bolso do lado esquerdo, a calça-amarela, o tapa-olho preto em todos componentes do bloco Os Piratas.

MENINO NÃO ENTRA - Nos ensaios os meninos não entravam, os amigos de Júnior: Chico Cangury, Chicolé, Tadeu... pegavam o bigu, para depois dos ensaios a garotada ia guardar os instrumentos, claro imitando os artistas da batucada, fazendo aquela zueira!

IMITAÇÃO DO BLOCO “OS PIRATAS” - Quando terminava o carnaval, Júnior, César ( era pequeno ), Chico Cangury, Chicolé e outros colegas nossos, pegavam alguns instrumentos, pedaços de ferro, madeira, latas, panelas de alumínio, tudo que pudesse emitir som, formavam o nosso bloco e saia rua acima e rua abaixo, puxando o ritmo de samba e éramos, até, aplaudidos.

MÚSICAS INESQUECÍVEIS: Maracangalha, O Que Estou Aqui Na Terra, Vem Chegando A Madrugada, Madalena, Tenha Pena De Mim, Recordar É Viver.

JERUMENHA NO SÁBADO DE CARNAVAL – Várias vezes o bloco “Os Piratas” foram convidados para brincar o carnaval na cidade Jerumenha, sempre aos sábados. A viagem era feita de caminhão e o bloco era aguardado por uma multidão!

VISITAS AGUARDADAS COMO TROFÉUS - Às 15 horas “Os Piratas” iam visitar e alegrar as residências da sociedade: Tiago Roque, Sólon Miranda, Edmundo Gonçalves, Mestre EuGênio, Arudá Bucar, Fauzer Bucar, pai da Cordélia ( Juiz ). Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves, Bernardino Viana.

MOMENTO MÁGICO! INIMITÁVEL!

ENCONTROS DE GIGANTES - no final da tarde o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano. Um momento de rara beleza! O encontro de todos os blocos na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba.

“OS PIRATAS”, componentes sob a batuta do líder e fundador Antonio Sobrinho ( maior mestre do Estandarte, segundo o barbeiro Zé Venâncio ) - Clóvis Ramos (mestre do Estandarte, depois comandou o bloco “Os Malandros”), Pedro Atem, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Arnaldo Pé de Pão, Alcides Garcia “Del Bueno”, Chico Perna Santa, Mário Anselmo, Geraldino, Ieié (Miguel Borges), Pedro Demes, Pedro Neiva, Antonio Pereira Filho, Chico Pereira, Antonio José Boquinha, João Alfredo, José Anésio Batista, Jofran Frejat, Bernardino Feitosa ( Seu Dino ), José Soares da Pernambucana, Engrácio Neto, Luis Paraibano, Vicente Rodrigues de Araújo ( participou com apenas 14 anos na época, hoje comandando a Escola de Samba Mangueira ).

Depois que Antonio Sobrinho, o famoso “DECENTE” cansou de brincar com Os Piratas, ele adquiriu um Jeep, e nos carnavais colocava a moçada no veículo e participava do desfile de carros fazendo o percurso ( corso ) na avenida Getúlio Vargas, Praça Dr. Sebastião Martins, Av. Eurípedes de Aguiar, com a moçada esguichando com seringas coloridas água nas pessoas complementavam a beleza do evento arremessando serpentinas e confetes na multidão, que recebiam com aquela alegria estampada no rosto, contagiando a todos!

Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho
By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 08:19:00 Nenhum comentário:
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1/13/2022

Retratos do nosso futebol

 
RENO ESPORTE CLUBE

Reno de Zé Amâncio

Estádio José Meireles  "Ferroviário"

Década de 70

Floriano-PI 

Em pé: 

Zé Amâncio,  Carlito (irmão de Jolimar), Manoel Antônio, Pedro Ourive, Sabará e Siqueira "Griloto";

Agachados:

Gonzaga, Tião, Pedro Taboqueiro, Pipoqueiro e Gescimar.

Dentro desse contexto romântico, o futebol de Floriano do passado inspirou craques, piolhos e incautos movidos a uma ascendência ululante nessa trajetória lírica que foi o nosso futebol daquela época. Gestores, líderes e muitos técnicos e seria difícil mensurar a todos.

Hoje, carecemos de uma revolução do futebol como foi no passado. De qualquer forma, temos que buscar outros caminhos e outros objetivos sem deixar o sonho morrer e dar aos nossos jovens de hoje uma perspectiva de dias melhores.

Quem viver, verá.

Fonte: João de Deus Araújo "Dideus"

Pesquisa: César Augusto

By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 12:34:00 Nenhum comentário:
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1/11/2022

RETRATOS DO NOSSO FUTEBOL

 RESENHA ESPORTIVA 

As de Ouro - Time de Amigos de Lorim!


Amigos do LORIM

Jogam há 20 anos.

O timaço tem regulamento próprio, horário de chegada e contribuição da confraternização. 


As três exigências para jogar no time: Beber, fumar ou falar da vida alheia. 

Estádios:

Sucam, Hermes Pacheco, Taboca, Maconhão, IFPI, Barão de Grajaú-MA,  Comércio Esporte Clube,  Tiberão, AABB, Arjob, Clube dos Funcionários, Manguinha, Rede Nova.

Cesar e Valdeci no tós

Um reencontro sadios entre amigos e piolhos de bola. O nosso amigo Cesar, como sempre, botando o "bloco pra quebrar" e abrilhantando essa jornada, com a presença de Valdecir (irmão de Lourinho) e o nosso amigo Paulo.

Paulo e Valdeci

O resultado disso é a resenha, regada a um bom papo, aperitivos e muitas gaitadas sobre causos e histórias do nosso futebol do passado.

Floriano-PI,  09 de janeiro de 2020.

Fonte:César Augusto de Antônio Sobrinho.

By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 17:00:00 Nenhum comentário:
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Retratos do nosso carnaval

 OS MALANDROS



( Na foto ao lado, observamos os Malandrinhos Zé Geraldo (filho de Geraldo Teles), Jorge Carcamano, Arnaldo Pé de Pão, Demes e, na frente, em pé, Pedro Attem, comandando a moçada )

Dentro do contexto romântico de nosso carnaval, o famoso bloco OS MALANDROS participou, efetivamente, de duas fases importantes, a primeira, quando foi fundado, na década de 40, pelos foliões Rolo Ferreira, Zé Ferreira ( ambos filho de seu Vicente Roque ), Daniel Bicudo ( filho de seu Zé Leonias e irmão de Budin e Lulu ) e Rafael.

A segunda fase, em 1961, em Brasília, os florianenses, apaixonados pelo carnaval da Princesa, decidiram, que quando retornassem a Floriano, reativariam o bloco. O que realmente aconteceu. Os baluartes dessa brilhante idéia, foram os malandristas Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Chico Perna Santa, Colega, Jamil, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha” e Pedro Atem.

Curiosidade:

no ano de 1963, esse famoso bloco deixaria de sair com o nome "OS MALANDROS" e desfilara numa única vez como bloco OS DOMINÓS. Isso aconteceu por causa da morte de um dos integrantes mais famoso do blcoco - Defala Atem.

FIGURANTES:

Eleonora Demes, Nadja Demes, Sara Demes ( estas, irmãs de Mussa Demes e Alcides Del Bueno ), Nice Lurdes, Aldenora ( irmã de Genison ), Maria Mazuad ( irmã de Issa, Brahin e Gaze Mazuad ), Maricildes Costa ( eterna Miss Piauí – Filha de Alcides Costa, músico e Tabelião ).

COMPONENTES DO BLOCO:

Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Pedro Atem, Chico Perna Santa, Colega, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha”, Alcides “Del Bueno”, Jamil Zarur, Assis, Miflin, Mário Anselmo, Ratin Pintor, João Batista, Pompéia, José Soares da Pernambucana, Brahin, Bernadino Feitosa ( Seu Dino ), Parnaibano, Poncion, Lisboa do Piston, Aldênio Nunes, Caçula, Pauliran da Costa e Silva, Arnaldo Pé de Pão, Joaquim Portela, Engrácio Neto, Netinho, Maria Roxa, Herbrant ( Mano, filho de doutor Herbrant ), Luis Paraibano, Zé Geraldo Teles, Neguinho Sapateiro, Jorge Adala Lobo, Pedro de Alcântara, Estevão, Argeu Ramos.

MÚSICA ( enredo ) DOS MALANDROS:

NÓS SOMOS OS MALANDROS

COMPOSIÇÃO:

Alcides “Del Bueno” e Pedro Humberto Demes ( irmão de Mussa Demes ).

EVOLUÇÃO E MARCAÇÃO PARA NÃO PERDER O RITMO!

Alcides “Del Bueno” ( Tarol ), Parnaibano ( Tarol ), Engrácio Neto ( tarol ), Adauto Perna de Gato ( surdo ), Chico Perna Santa ( surdo ) e Assis ( Surdo ).

ENCONTROS DE GIGANTES:

No final da tarde, o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano.
Um momento de rara beleza! O encontro dos blocos Os Malandros, Os Piratas e Os Foliões na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba. Uma delícia! Inesquecível!

Colaboração:

Alcides “Del Bueno” Clóvis Ramos e Joaquim Portela, todos participantes do bloco Os Malandros.

Fonte: César de Antonio Sobrinho
...................................................................................
Fonte: www.florianoemdia.com
By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 11:51:00 Nenhum comentário:
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1/05/2022

Retratos de Floriano

 

CARNAVAL, UMA FESTA SEM DONO

O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda.

O Carnaval é uma festa sem dono

O carnaval em Floriano sempre foi frenético, alegre e convidativo. Em todas as épocas conquistou posição de destaque entre as folias do Piauí. Com o passar dos anos se tornou referência para os roteiros de viagens de muitos brasileiros.

A história do carnaval é a saga da alegria. Este período de festas profanas existe desde o mundo cristão medieval. Nos primórdios, iniciava geralmente no dia de Reis e se estendia até a quarta-feira de cinzas, data que começavam os jejuns da Quaresma. Eram manifestações pela liberdade de atitudes críticas e eróticas. Outra origem para o carnaval está há mais de 2000 anos, quando na Europa, no mês de março, era comemorada a chegada de bons tempos para a agricultura. Como festa popular, o carnaval não tem uma origem exclusiva e durante a sua existência passou por muitas inovações.

As primeiras festas com características de carnaval, no Brasil, aconteceram no período colonial e foram chamadas de enduro. Era uma brincadeira grosseira, com a finalidade de atirar baldes d’água, misturas de bebidas, pó de cal e farinha entre os participantes. Este formato de carnaval agressivo estimulou as festas de salão, por volta de 1840, inspiradas nos bailes de mascaras europeus. Neste cenário surgem os confetes, rodelinhas multicores de papel, que atirados entre foliões representavam amabilidade e galanteio. Com a miscigenação étnica e a formação de uma cultura plural, o carnaval no Brasil escreve uma história com diferenças regionais.

Em Floriano, no Piauí, o surgimento do carnaval foi assim também: manifestações de rua, festas privadas, depois bailes em clubes. A expressão carnavalesca do florianense é tão histórica que em 1940 o bloco “Os Águias” participava da festa tocando pelas ruas marchinhas, com percussão e violão. Na década de 1960 o bloco “Os Malandros” teve bastante destaque com seus entrosados passistas e sambistas. Nas décadas seguintes, 70 e 80, foi mantida a efervescência da nossa folia de rua. Os imemoráveis bailes aconteciam no Comércio Esporte Clube, Floriano Clube e, posteriormente, também na AABB. Existia neste período o Bloco dos Sujos, que mesclava algumas características do enduro colonial com o carnaval moderno de flertes e paixões. Era um carnaval tão simples: bastava uma velha camisa, um calção e um tênis “já sambado”. A festa estava feita e o Reino de Momo instalado.

Nesta evolução de ritmos e ritos consumistas, os blocos se transformam em escolas de samba. Atualmente vivemos o carnaval das massas, quando milhares de pessoas ocupam a cidade gerando, assim, o turismo de eventos. A chegada dos blocos, com trios elétricos, difundindo a música baiana “axé music”, nos anos de 1990, trouxe para a nossa festa o folião turista.

O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda. São cinco dias de festa na maior tranqüilidade. Neste cenário, o Rio Parnaíba tem fundamental destaque. Possuímos ainda infra-estrutura limitada para uma atividade industrial do carnaval. Na minha singela opinião, as agências governamentais tratam o turismo como uma agenda de eventos e esquecem a qualidade de vida de quem vai chegar e de quem mora no local.

Na trajetória do carnaval daqui, a hospitalidade da cidade é marca registrada. Muitos jovens e famílias de florianenses, que residem em outras cidades, planejam as férias para Floriano no período do carnaval, oportunidade para encontros de gerações.

Contudo, o carnaval é a grande folia popular do florianense. É uma festa sem dono.

Jalinson Rodrigues – poeta & jornalista
Fonte: http://www.noticiasdefloriano.com.br/
Foto: http://www.cabeçadecuia.com/
By Janclerques Melo janclerques marinho de melo - 08:27:00 Nenhum comentário:
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