1/30/2024

A Praça é nossa

 

" A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores do mesmo jardim... " É, não temos mais os antigos bambuais qua havia e outros arvoredos.

Mas a reforma e a versão atual de nossa praça está um barato, uma mistura das décadas de cinquenta, sessenta e setenta.

Achamos, apenas, que as cores de nossa catedral deveria voltar à sua cor original; no entanto, vamos conservar o novo e revitalizar o tempo de outrora.

DEPOIMENTOS

Janclerques, meu amigo, infelizmente já não é mais a mesma praça, nem o mesmo jardim, nem as mesmas flores, tão pouco o mesmo banco (antes eram de cimento (quando Doutor Sebastiao inaugurou na decada de 50, depois de marmorite, quando o Chico Reis fez a reforma em 1960), e eu continuo triste porque aqueles velhos tempos não voltam mais, ou seja , as namoradas daquelas décadas já são casadas com outros, umas já são até avós, ainda bem que continuo firme com minha última namorada, a Socorro, com que mecasei há 32 anos atrás. Mas o resumo da ópera é que igualmente fizeram com a Praca Pedro II em The,resina, deviam ter restaurado a daqui nos mesmos moldes de como foi feita, é assim que se resgata a memoria do centro histórico das cidades. 

Teodoro Sobral

Teodoro, essas mudanças, essas alterações e essas transformações que Floriano tem que passar, principalmente nesse contexto de reformas de nossas praças e prédios antigos, deiveria-se fazer uma consulta antes à população e às pessoas que tem a Princesa do Sul pulsando na veia.

Você está com a razão, literalmente.

Janclerques

Máscaras da felicidade

 

Segundo o meu primo Dácio (filho de Mestre Walter), que sabe muito bem e viveu com intensidade aqueles bons carnavais de Floriano, "Os vendedores montavam uns estratos onde penduravam as máscaras, tinha também estratos com os óculos de plásticos coloridos, latinhas de talco e aquelas antigas chiringas. E ficavam para cima e para baixo, circulando nas calçadas para alegria das crianças e agonia dos pais que não tinham sossego, enquanto não comprassem a fantasia."

E finaliza, exaltando com saudade, " ah, tempinho bom..."

Hoje, os carnavais já não são mais os mesmos de antigamente e o bloco não mais passa nas ruas para o delírio dos foliões fantasiados de fofões e de máscaras. 

Hoje, são espetáculos para turistas verem a grande efervescência dos nossos carnavais e essa nova febre abriu portas para os emrpesários faturarem e os empreendedores botarem as suas barraquinhas de caipirinhas.

Ah tempinho bom na nossa época e hoje todo cuidado é pouco.

1/29/2024

O ano era de 1957

 

Tete 
(Janclerques),

"Bela foto, me parece que de 1957, lembro-me bem do dia em que foi tirada.

Era uma manhã por volta das
9 horas na praça Doutor Sebastião Martins. A Lenka era pequenina e eu estava no dia.

Esta saia de mamãe era de um tecido tipo piquê, godeau, branca, estampada
com quadros tipo jogo da velha, uns pretos outros cinzas. A blusa não me lembro a cor.

A foto refletia o perfil da mamãe na época de mulher parideira, cansada de
tanto parir.

Já devia estar grávida de ti.

Abraços."

Tibério
(In memória)

Resenhas de Carnaval

 

Por: Pedro Gaudêncio de Castro

Prezado Janclerques

Estávamos em São Luis ( MA ), onde passávamos uns dois dias, para em seguida viajarmos para Paraibano, São João dos Patos e Floriano, onde iríamos visitar Filadelfo Castro e amigos dessa simpática e hospitaleira cidade e certamente participar do animadissimo carnaval florianense no Comércio Esporte Clube, abrindo esta sua coluna, onde você pergunta em que ano fui Presidente do Floriano Clube e se possível lembrar um fato ou caso ou se tinha alguma foto que lembrasse aquela época; na realidade, vou procurar, quando chegar no Recife, mas, apenas para recordar como a Diretoria do Floriano Clube era intransigente para aceitar uma proposta de sócio, seu comportamento nos eventos do Clube e até administrando os "serenos" dos bailes.

Numa certa reunião da Diretoria, por exemplo, no momento da aceitação de alguns sócios - três deles não foram aprovados: - um político, um comerciante e um profissional. Esse fato gerou um grande mal estar com a reação normal por parte dessas pessoas, inclusive uma delas veio a mim e perguntou o porquê dessa negativa.

Naturalmente, procurando manter a privacidade da decisão dos administradores, apenas disse - o Presidente somente vota para desempatar e isso não ocorreu. Ficaram zangados, mas, posteriormente, foram aprovados por outra Diretoria, mesmo porque tratava-se de pessoas que mereciam estar naquele ambiente.

Meu pai era um animado frequentador do Clube e adorava dançar uma VALSA; e, num sábado de carnaval, papai chegou para mim e disse: - Pedro, mande tocar uma Valsa...; então, eu disse: - pai, é impossível uma valsa em pleno carnaval...; e ele então retrucou: - mas, rapaz, é só uma valsa carnavalesca...; e como naturalmente não foi atendido, ele saiu da festa zangado.

Noutro evento, uma dama da sociedade e muito nossa amiga, estava no "Sereno" assistindo a uma festa animada por uma orquestra de fora e quiz entrar, estando de sandália; ai o porteiro não deixou e eu fui até lá para acomodar a situação, quando ela me disse: - Pedro, essa minha sandália vale muito mais do que os sapatos das que ai estão aí no salão. Pedi desculpas mas mantive a decisão do porteiro.

Um jovem bancário gostava de se exibir no salão, apertando demasiado a companheira, quando um dos nossos diretores chamou-o de lado e lhe disse: - amigo, desse jeito você não dança aqui no Clube.Foi um vexame, pois a moça e seus familiares não gostaram.

Falando em CARNAVAL, o que se fazia naquela época eram os ensaios, onde Defala e Pedro Attem levavam as letras das músicas carnavalescas daquele ano, acompanhados da orquestra, com Mestre Eugenio, Celestino e outros profissionais que iriam tocar. Eram muito animados esses ensaios, onde os carnavalescos aprendiam as belas e animadas musicas daquele tempo e ainda começavam os namoros para o carnaval.

Na realidade, eu não me lembro precisamente do ano em que fui Presidente, mas deve ter sido entre 1950 a 1955. Lembro apenas quando fui pela primeira vez diretor do Clube, com ainda 18 anos de idade, duas sinucas novinhas compradas pela Diretoria, onde muita gente aprendeu a jogar.

Uma das coisas que mais lamento é de no passado não ter tirado fotografias da minha vida em Floriano e fiquei até com inveja, quando nos 110 anos de Floriano, fui à Exposição do Theodoro Sobral e apesar de procurar, não ter encontrado nenhuma foto nossa, nem em 1966, quando fui candidato a Prefeitura de Floriano contra Tibério Nunes, momento histórico da vida política da nossa cidade.

Bem amigo - eu acompanho com o maior interesse as coisas de Floriano e através de sua coluna e de outras figuras florianenses que também procuram reviver momentos inesquecíveis da nossa cidade.

RETIFICANDO - DEVE TER SIDO ENTRE 1962 A 1968, POIS JÁ ERA CASADO, COMO DISSE A MARIA JULIA.

1/26/2024

As Rapa Cuias

 

Por - Dacio Borges de Melo (*)

Quem anunciava a chegada do inverno eram as rapa-cuias. Pequenas pererecas de olhos esbugalhados, ágeis no pular e muito simpáticas. Seu cantar parecia o raspar de uma cuia. Daí o nome. Era uma graça, vê-las pulando de parede a parede. Tinha por elas um enorme carinho. 

Aos primeiros cantos das rapa-cuias, todos diziam: ó, a chuva tá chegando. 

Um dia perguntei pra Mamãe: Como é que ela faz tanta zoada ?

E ela disse: É que elas tão raspando a cuia.

E pra que? - Perguntei, admirado.

É pra guardarem água da chuva.

Eu disse: e é?

É, pra depois, quando a chuva passar, elas ficarem tomando banho de cuia.

E quando a cuia secar? - Perguntei.

Aí ela torna a cantar pra chuva voltar.
E eu ali de olhos arregalados, admirado na minha inocência. 

Ainda procurei por um tempo, por entre telhas e paredes a cuia das rapa-cuias. Nunca encontrei nenhuma.

A meninada já se preparava para os primeiros banhos de chuva. Lá em casa havia um bequinho que recebia toda água do telhado e jogava a mesma quintal abaixo. A gente fazia fila pra tomar banho na bica do bequinho. 

Mas o bom mesmo era correr pelas ruas, todo mundo saudando a chuva gostosa que chegava. 

Todos disputando alguns instantes nas biqueiras das casas vizinhas.

Depois saíamos pulando e gritando de rua em rua feito um bando de doidos. 

Depois, passada a chuva, a meninada, batendo queixo,  abraçavam a si mesmos como a se protegerem do frio. 

E a água a escorrer pela rua, corríamos a fazer açudes. O melhor local pra se fazer os mesmos, era no canto da quinta do Pai  Vieira e, mais à frente, diante da casa de seu Benedito, ainda beirando a cerca da quinta.

Fazíamos eu, Divaldo, Danunzio e Antônio dos Reis, enfim, a turma toda, enormes açudes, todos com sangradouro que eram talos de mamão enfiados na barreira do açude pra não acumular água demais. 

Ali cada um confeccionava e botava seus barquinhos de papel e ficava empurrando-os  pra lá e pra cá. Era uma viagem! 

Quando tudo passava, que o sol se abria, passado o frio, íamos aguardar a quebra das barreiras daqueles enormes açudes. 

Só os mais velhos faziam isso. Cada um de olho em seus barquinhos. 

Rompido o açude todos saiam alegres acompanhando a trajetória de seus barcos. 

Aquela enorme enchurrada às vezes ia até a casa de seu João Guerra, às vezes menos, em frente ao curral de seu Benedito. 

Acabada a festa, era esperar outra vez, o cantar da Rapa cuias. 

(*) Dácio Borges de Melo é florianense, filho do saudoso Mestre Walter. Atualmente Dácio mora em São Luís.

1/25/2024

Antiga Sapataria Lima

 

Nessa esquina, segundo a observação do nosso amigo Teodoro Sobral, "no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Fernando Marques,  aparece a Sapataria  Lima do senhor Chico Lima (pai do nosso colega José Firmino) e mais a frente à esquerda a Pharmácia e Laboratório Sobral."

Concluindo, diz Teodoro, "a loja dos senhores Aruda e Fauzer Bucar ficava em frente a Sapataria Lima, mas não aparece na foto. Após a Sapataria eram os sobrados dos senhores Ephipânio Borba (era assim que se escrevia) e Olégario Nunes."

À época, observa-se, os arvoredos e os paralelepípedos dando um ar nostálgico daquela época romântica que os anos não trazem mais.

"Chega de saudade" - como dizia o professor Luiz Paulo.

Memória do Futebol de Salão

Dentro do contexto romântico do futebol de salão da Princesa do Sul, nas férias de inverno, ainda é tradição e acontece o torneio nos meses de janeiro e fevereiro e, nas férias de verão, em julho, o torneio tem a sua segunda edição, atualmente realizado nas quadras da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB.










No entanto, o Futebol de Salao teve o seu inicio ainda na década de sessenta nas quadras do CEC - Comercio Esporte Clube. Os times que ali se postavam, eram verdadeiras seleções de craques, que projetaram a contento o nosso esporte por aí a fora.


Senão, vejamos a que lista de craques espetacular naquela época romântica: Antonio Luiz Bolo Doce, Petronio, Brahim, Arnaldo Pé de Pano, Nego Cleber, Bebeto, Zé Bruno, Tim, Quinto, Guilherme Ramalho, Serjao, Chicolé, Valdir, Pericles, Pompeu e outras feras.


Depois, vieram: Puluca, Mocó, Eloneide, Naudinho, Ieié, Adelmar Neiva, Cesar de Antonio Sobrinho, Gilmar Duarte, Gilson Duarte, Roberto Holanda, Herbrand, Zé Filho, Fernando, Herbran, Holandinha (Jacare), Danunzio, Ubaldo, Café, Pedim do Bode na Brasa, Guilherme Junior, Didi Futuca, Chico Patricio, Fábio Jerumenha, CarlinhosMeiota, Edilson, Amaral, Paulinho de Nelson, Ze Ligeiro, Ze Alberto Demes, Carlito de Bruno, Fefê, Josfran, exaltando jogadas espetaculares.


Mais recentemente, Caraolho, Luciano, Papagaio, Carlito, Ze Robim, Darlan, Ze Neto, Zé Carioca, João Vicente, Banana e ainda havia dois paulistas que costumavam passar suas férias aqui e davam um show.


A lista é bem maior, mas foi o que a memoria captou, mas a gente vai lembrando ao longodo tempo.


Em dezembro passado, tive o prazer de conviver 02 dias com o amigo/irmão Pitoé ( irmao de Berilim, Berivan e Benilton ), craque de bola, até hoje da show em Brasilia, um cracaço de bola, tanto no FUTSAL como no decampo. Pitoé jogou no Grêmio de Galdino formado a dupla de zaga BERIVALDO e PEDÃO, além de uma zaga segura tinha muita categoria.


E no salao, jogamos no STAR FUTEBOL CLUBE ( foto meia deteriorada acima ), mas contando a historia. Esta foto foi tirada no CEC - Comercio Esporte dia 15 de Janeiro de 1969 e o STAR tinha os seguintes craques:


De pe: Manoel Leite, Valdemir (Cumpadre), Zé Wilson Porquinha, Saturninho e Klinger de Chica Pereira.


Agachados: Berivaldo (Pitoé), Cesar de Antonio Sobrinho e Nelson Junior (Juninho de Ne Santo). Media de idade 15 anos. O time assustava, à época, os tradicionais veteranos.


Pesquisa: Cesar de Antonio Sobrinho

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...