2/03/2006

RESUMO HISTÓRICO DE FLORIANO



A região onde se localiza o Município de Floriano situa-se na área das sesmarias que, em 1676, a Coroa Lusa dava a Domingos Affonso Mafrense, Julião Affonso Serra, Francisco Dias D'Avila, Bernardo Gago, arcedíago Domingos de Oliveira Lima, Manoel Oliveira Porto, Catarina Fogaça, Pedro Vieira Lima e Manoel Ferreira, potentados baianos, que jamais se abalaram, a seguirem para o Piauí e viverem em suas terras.

Essas concessões se estendiam por dez léguas de terras em quadro, para cada um deles, nas margens do Rio Gurguéia. Algum tempo depois, os contemplados, anteriormente, junto com Francisco de Souza Fagundes, obtêm mais dez léguas de terras, em quadro, para o Parnaíba.

A criação de gado começava a se expandir com rebanhos vindos de Cabo Verde.A criação de gado "vacum" ia se transformando, além da atividade agrícola, em fonte principal de riquezas e, com o passar do tempo, os currais se multiplicavam.

O Município de Floriano situa-se na área em que Domingos Affonso Mafrense fundou as primeiras fazendas de gado no Piauí. Elas formariam o centro da expansão da pecuária piauiense.

Com a morte de Mafrense em 1671, trinta de suas fazendas foram doadas aos Padres da Companhia de Jesus - os jesuítas. Com a administração das fazendas pelos padres da Companhia, observou-se grande progresso e desenvolvimento dessas fazendas; porém, em 1760, com a expulsão dos Padres Jesuitas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as referidas fazendas passaram para o poder do Estado do Piauí ou, na época, Província do Piauí.

O Governador daquela época, João Pereira Caldas, após a expulsão dos Jesuitas, promove o seqüestro ou tomada das fazendas e faz o arrolamento dos bens das mesmas. Após isso, divide-as em três inspeções com nomes de Canindé, Nazaré e Piauí.

Passados alguns anos, já em 1873, desmembram-se, da inspeção de Nazaré, as fazendas: Guaribas, Serrinha, Matos, Algodões, Olho D'água e Fazenda Nova, para formarem a Colônia Rural de São Pedro de Alcântara, criada pelo Decreto Imperial n0 5..292, de 10 de setembro de 1873, a cuja frente do projeto da Colônia Rural se encontrava o ilustre e primeiro agrônomo do Piauí, formado na França, Francisco Parentes, que havia sido comissionado pelo Ministério da Agricultura do Brasil para estudar, minuciosamente, as condições de criação de gado bovino no Piauí, especialmente nas fazendas da Inspetoria de Nazaré.

A sede da colônia foi situada à margem direita do Rio Parnaíba, a 60 léguas acima da cidade de Teresina, na época, capital da Província do Piauí, e a 150 léguas do litoral, no lugar chamado "Chapada da Onça" As fazendas acima mencionada formariam o patrimônio da Colônia, e as mesmas foram consideradas pelo Ministério da Agricultura e da Fazenda, para o fim de formar a Colônia Rural, por aviso de 10 de junho de 1873. As fazendas, que pertenciam à Inspetoria de Nazaré, contavam de 21 léguas de comprimento por 20 de largura, em excelentes terras, com pastagens de boa qualidade e foram doadas com três casas, currais e gado bovino existentes, em número de 10.000 cabeças.

Após essas providências, Francisco Parentes, se encontrava no Rio de Janeiro, ultimando os entendimentos para o início dos trabalhos a partir de Teresina. A bordo do vapor "Piauhy", seguido de grande comitiva, o governador do Piauí, na época chamado de Presidente da Província do Piauí, Adolpho Lamenha Lins, segue para o local da fundação, onde, no dia 10 do mesmo mês e ano, lança a pedra fundamental do edifício principal (atual Terminal Turístico de Floriano) A pedra continha a seguinte inscrição: "São Pedro D'Alcantara -Estabelecimento Rural, fundado por Decreto n° 5.392, pelo Agrônomo Piauiense Francisco Parentes, na presidência do Exm. Senhor doutor Adolpho Lamenha Lins, 1874." Quando as obras do grande edifício sede já estavam quase concluídas, Francisco Parentes contrai febre maligna. Levado às pressas em uma canoa, para Amarante, a procura de socorro médico, ali morre com 37 (trinta e sete) anos de idade, no dia 16 de junho de 1876. Com a morte de Parentes, contudo, a obra teve continuidade.

Na época de Parentes e após a sua morte, por algum tempo não era permitido construções de casas particulares na área do Estabelecimento, o que, de certa forma, impedia um desenvolvimento mais rápido da sede da Colônia. Foi na administração de Ricardo Ferreira de Carvalho diretor do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, que foi permitido, livremente, a edificação de casas na colônia, o que era facilitado pela direção do Estabelecimento.
No edifício sede funcionava uma escola para os filhos dos escravos (ambos os sexos), órfãos e libertos pela lei de 28 de setembro de 1871. A escola não ensinava somente as letras, mas o ofício de mecânico, técnicas agrícolas, arte de cortume, alfaiataria, fabricação de produtos de laticínios, além de estudo religioso, música, física e química. No lugar denominado Brejo havia um campo experimental agrícola mantido pelo Estabelecimento. Em 1884 recebeu tentativa de reforma por parte do Governo Imperial.

Em 1887, e com o aumento considerável da população, elevou-se, o povoado sede do Estabelecimento, á categoria de vila, com o nome de Vila da Colônia, por força da resolução nº 2, de 19 de junho 1890, transferindo para ela, a oficialidade da Vi-la da Manga. Por força da resolução mencionada, a nova Vila ficou pertencente à jurisdição civil e criminal da comarca de Jerumenha, sendo seu termo um distrito de paz. Poucos dias depois, a resolução n0 3, de 26 de junho de 1890, desmembrou o termo da Colônia da Comarca de Jerumenha, para a formação de uma nova comarca com denominação de Colônia, assim ficando até 1892, quando, pela lei 18, de 12 de dezembro do mesmo ano, foi cassada sua autonomia judiciária, passando a seu termo a integrar a co-marca de Amarante. A lei n0 67, de 25 de setembro 1895, extinguiu a vila e o Município. Em 18 de junho de 1895 era restabelecida a autonomia da vila e do Município com os seus primitivos limites, voltando o termo judiciário, ainda, a pertencer á comarca de Amarante. A lei 144, de 08 de julho de 1897, elevou a Vila da Colônia a categoria de cidade, com a denominação de Cidade Floriano, homenagem ao "Marechal de Ferro" Floriano Peixoto. A lei foi assinada pelo governador da Província do Piauí, Raimundo Artur de Vasconcelos.A lei n° 154, de 16 de junho de 1897, criava a Comarca de Floriano, de 1ª Entrância.

Floriano situa-se na Zona Fisiográfica do Médio Parnaíba, à margem direita desse mesmo Rio, em frente à cidade de Barão de Grajaú Maranhão. A cidade fica a 256 Km da capital do Estado do Piauí, Teresina. Suas coordenadas geográficas são: 60°46'24" de latitude sul, e 43°00'43" de longitude oeste em relação a Greenwich. Sua altitude: 140 metros. Clima: quente seco, no verão, e úmido na época das chuvas.

Acidentes geográficos do Município: Rio Parnaíba, que banha a cidade e o município em toda sua extensão. Seguem-se-lhe os rios Gurguéia e Itaueira. Hoje, Floriano é Influente pólo de desenvolvimento, considerado município emergente, e sua sede, a Cidade de Floriano, é ponto convergência de vasta área do sul do Piauí e Maranhão, sendo chamada de "Princesa do Sul do Piauí". Nas próximas décadas o município estará entre os maiores do Nordeste, e a cidade de floriano destacar-se-á, tendo em vista sua grande vocação comercial, recebida essa influência dos imigrantes árabes que aqui chegaram em 1889 e criaram grande comercio, além de centro educacional e pólo de turismo, saúde, e prestação de serviços.
A foto acima é do atual Terminal Turístico, antigo e primeiro prédio de floriano, o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara.
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Fonte - Prefeitura Municipal de Floriano

SHOW NO ESTILO BOSSA NOVA



EM julho do ano de 1980, quando estávamos de férias na Princesa, conseguimos gravar o famoso show do Grupo VIAZUL no tradicional Salão Paroquial.

O conjunto estava buscando renovação e, contando com o efetivo apoio da comunidade local, promoveu um belíssimo show, lotando toda a capacidade daquela casa paroquial.

Liderado pelo vocalista José Demes, o Ieié, também participavam da turnê o guitarrista Nilson Coelho, o violonista Adelmar Neiva, a cantora Célia Reis, o fotógrafo Marcelo Guimarães e contou, também, com a tremenda participação do grande conjunto Os Iguais, numa bela colaboração do saxofonista Cancão (in memorian).

A nossa participação foi no sentido de documentar esse evento, através de uma gravação embutida. Hoje, felizmente, temos em arquivo esse simbólico documento gravado em CD-r, onde faremos doações para alguns seguimentos históricos da cidade.

ESCOLINHA HUMBERTO DE CAMPOS


Foto de formatura de uma das turmas da consagradora Escolinha Humberto de Campos, mantida com subsídios da Prefeitura Municipal local nos anos sessenta. Funcionava, ali, numa sala do Colégio Joana Leal, que prestava o apoio necessário à comunidade.
A foto ao lado foi tirada no cruzamento das ruas do Fogo com Francisco Castro. Vê-se, ao fundo, a casa do antigo político e vereador Carlos Bucar.
São conhecidos na foto as figuras da professora Teresinha, da zeladora Antonia de Sousa Melo (a nossa famosa dindinha), de Antonio dos Reis (hoje, morando no Rio), dos alunos Leal, Ubaldo, Lenka, Dácio e Waltinho (filhos de mestre Walter, que tinha uma oficina de bicicleta ao fundo da Igreja), os irmaos Jotinha e Aleancardeck e outros mucurebas.
Época romântica de renovação, educação, solidariedade, respeito e vocação para a cidadania na velha Floriano.

2/02/2006

MARIA BONITA EM PRETO E BRANCO


EIS, pois, o prédio da bela Maria Bonita em preto e branco no período da sua inauguração no ano de 1922. Época romântica.
Podemos apreciar os seus belos contornos, observando os transeuntes participando das atividades do dia a dia da velha Floriano.
São momentos, assim, hilários, que nos leva a uma reflexão pedagógica e intuitiva de como podemos, hoje, refletir sobre a vida e o nosso futuro.
Graças a ti, Princesa, podemos sobreviver, contemplando-te em nossos dias e resgatando a tua história e as tuas grandes virtudes.

1/31/2006

BANDEIRA DE FLORIANO



A Bandeira do Município de Floriano, instituída pela Lei n° 224/71, está representando, em pano verde, os carnaubais do Município, bem como a importância dos mesmos em sua economia.

A faixa amarela e horizontal, no centro da Bandeira, demonstra a integração do Município de Floriano na vida do Estado e comunhão de todos os munícipes com os ideais piauienses.

Na parte central da bandeira fica, ainda, o Escudo do Município de Floriano. Este Escudo é constituído em campo branco, cruzado, contendo, na parte superior, à destra, uma canaubeira, simbolizando uma das riquezas do Município.

Na parte inferior, à sinistra, as linhas verticais, em número de nove, representam os municípios limítrofes do Município de Floriano.As engrenagens, na mesma parte, simbolizam a força do progresso no Município.

A faixa azul, dividindo o Escudo, representa o Rio Parnaíba, fator geográfico e fonte de riqueza da região.Na parte superior do Escudo há o forte, símbolo do Poder Municipal. Ladeando o Escudo, dois piaus, símbolos e origem do nome do Estado do Piauí, também representando a união do Município com o Estado.

A faixa sob o Escudo traz o dístico: " LABOR SIGNUM NOSTRUM EST" - O TRABALHO É NOSSO LEMA. A inscrição norteia a vida administrativa de todo o Município.

A data 1874, inscrita na faixa, estabelece o início da colonização do Município de Floriano; e a data de 1897, estabelece o ano que foi criada a Cidade.A Bandeira e o Escudo só poderão ser usados em caráter oficial.
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Fonte - Prefeitura Municipal de Floriano

1/30/2006

O ÚLTIMO POR DO SOL

ESSE por do sol, eternamente brilhante, ainda conserva a simplicidade e as peciliaridades do cotidiano da Princesa.
As águas mansas do Parnaiba, os barcos e o velho Flutuante a exaltarem poesia e ternura.
Lembro-me das nossas noites de pescarias, o Zérubal em sua canoa à vela no meio do rio e os ecos dos assobios da noite; do luar vigilante e nítido a clarear os contornos do cais em profunda parceria noturna com os ventos uivantes da madrugada.
São lembranças permanentes dos corações amantes da velha Floriano em tempo de transição virtual.
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Foto - www.noticiasdefloriano.com.br

NOITE DE LUZ


Numa magnífica noite de luz, podemos refletir a beleza do cais florianense, nascida da inspiração bucólica de fotógrafos amadores e profissionais, simplesmente pelo amor que temos pela paisagem local.
A luz da Princesa, espelhada nas águas do Parnaiba, exaltando magia; o céu, num imensidão azul, comportando-se solidário na sua empatia com o tempo e compactuando com a imaginação romântica dos poetas e pensadores.
Ah, Princesa, guarda em tuas noites solitárias esse andarilho apaixonado e teimoso em te querer bem, sempre.
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ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...