4/03/2015

RETRATOS


É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!

CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola, o ponteiro esquerdo da foto quando jogou no Palmeiras de Bucar ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar ChicoKangury de Jerumenha.

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia. 

A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano. 

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”. 

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada. 

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente. 

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses. 

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.

4/02/2015

RETRATOS

Como diz o velho ditado, "como esse mundo é pequeno..."; no entanto, podemos afirmar que não, porque grandes são os nossos passos.

Senão, vejamos, quando a gente anda e reencontra duas figuras ilustres do futebol de Floriano do período romântico: Valdivino, hoje com mais de setentinha e Puluca da geração anos setenta.

Valdivino jogara no Ferroviário em seu apogeu nos anos de 1960, destacando-se por alguns anos, sagrando-se campeão de vários torneios importantes para a cidade de Floriano naquelas belas temporadas românticas.

Puluca destacou-se no futebol de salão e, efetivamente, no amadorismos no início dos anos de 1970, também sagrando-se campeão de diversas taças.

Lamentavelmente, hoje os acontecimentos do contexto futebolísticos mudaram o seu rumo, mas apenas algumas iniciativas isoladas processam alguma mudança no contexto  atual.

Vamos torcer para que o nosso futuro do âmbito do futebol possa nos trazer de volta a hegemonia que tivemos no passado.

4/01/2015

Há exatos noventa anos a energia elétrica chegava em Floriano

Jornal O Popular
Acervo do Cristóvão
Há exatos 90 anos, a cidade de Floriano, 238 km ao sul de Teresina, recebia os benefícios de uma obra que marcou época na vida do município.

Usando recursos da municipalidade e apoio financeiro de empréstimos tomados ao governo do Estado, então comandado pelo engenheiro João Luis Ferreira, e ao coronel Ângelo Acylino de Miranda, o prefeito Antônio Luis de Area Leão, que era médico, construiu um prédio e nele instalou caldeira, alimentada por lenha, que fornecia energia elétrica à zona urbana do município.

Um feito que mereceu destaque na edição de número 526, de 24 de fevereiro de 1924, do jornal O Popular, ali editado pelo professor e magistrado José Messias Cavalcanti. No entanto, como a geração de energia era de baixa potência, a iluminação, por ser fraca, levou o povo a classificar a obra de “Usina Lampião”, numa alusão ao arcaico utensílio que, alimentado por querosene, iluminava o interior de residências.

Décadas depois, devido ao prestígio político do médico Tibério Nunes, a cidade recebeu sistema de geração de energia mais moderno, levado de uma usina desativada em Teresina, fato que conduziu a população a batizá-la de “Maria Bonita”.

Assim, de revestrés, o emblemático casal do cangaço do início do século passado, entrou na história da cidade de Floriano.

João Luis Ferreira estava no último ano do seu mandato, também marcado pela obra de construção de estrada ligando Floriano ao município de Oeiras.

Por razões desconhecidas, o médico e prefeito Antônio Luis de Area Leão mudou-se para a cidade de Santo Anastácio, interior de São Paulo, não mais retornando ao Piauí.

Fonte: O Passado Manda Lembranças/Deoclécio Dantas

3/28/2015

RETRATOS

Do fundo do baú, mais um retrato dos bons tempos, extraído da inspiração de Leuter Epaminondas, provavelmente, o pessoal aí curtindo um final de tarde frente ao antigo Bar Sertã.

Adeval, Adevan, Adelmar Pereira, Pedro de Alcânta Ramos, Pauliran, aldênio Nunes e outros ilústres da velha e saudosa Floriano exaltando suas melhores becas.

Em tempo: quem teria um retrato do antigo bar Carnaúba?

Acervo: Abdias Perreira


3/27/2015

Gases Vorazes , a sátira chega a Floriano e é voltada para jovens e adolescentes


É a hora de levar os jovens e adolescentes que curtem internet, filmes e livros ao teatro em Floriano. É que neste sábado chega em sessão única à cidade a sátira Gases Vorazes, de Franklin Pires. A comédia de uma hora e meia de duração que será apresentada no Teatro da Cidade Cenográfica é sátira aos livros e filmes da franquia Jogos Vorazes, que narra a história da jovem Katness Everdeen que passou de vítima a símbolo contra opressão de uma nação.

 Em momentos que o país vive entre revoltas contra o sistema, a comédia é bem pontual quanto a isso também, e acaba entretendo e tocando em questões político e sociais, como em todas as comédias escritas por Franklin que em 2009 ficou conhecido com a sátira Corpúsculo , que fez em cima da saga Crepúsculo e também com o filme Mocambinho, que já está sendo visto no Brasil inteiro.

Esta visita a Floriano faz parte de uma turnê independente capitaneada pelo próprio diretor que leva a Floriano, Oeiras, Parnaíba, Piripiri e José de Freitas a primeira etapa de um projeto que ele tem que é de levar ao interior do Estado algumas de suas criações e a estréia será em Floriano.

Embora seja voltada para os jovens, os adultos também irão se divertir ao ver os 4 atores se matando em cena para compor mais de 15 personagens que aparecem entre trocas de roupa, projeções de imagens e referências ao universo pop que são comuns a todos nós. Gases Vorazes é uma comédia para todos, que vai fazer a platéia rir desde a primeira até a última cena e terá apenas uma única apresentação.

O elenco é composto por Afonso Sousa, Alex Zantelli, Bruno Lima, e Franklin Pires. NA parte técnica acompanha Marcelo Rêgo que fica responsável pelas projeções. O valor do ingresso é 10,00 e será vendido a partir das 14h na própria cidade cenográfica.


Informações whatsapp 86 9958 - 4752

3/26/2015

Abertura do Campeonato dos Quarentões 2015


A primeira  rodada do Campeonato Os Quarentões, edição 2015, será na noite dessa sexta-feira, 27, no campo de futebol do Comércio Esporte Clube, isso após a abertura com  Torneio Início que ocorreu no domingo pela manhã.

A rodada estará ocorrendo com dois  jogos. Às 20:00h estarão em campo Sport MS x Santa Cruz e no segundo momento, estarão se confrontando os times da Polícia Militar x  Central.

No domingo será a continuidade da competição com apenas um  jogo. RCM x Piçarra, representação que é da  cidade de Rio Grande. “O jogo do domingo terá inicio as 9:00h”, disse o Carlos Iran, um  dos organizadores.

Fonte: piauinoticias.com


3/17/2015

CEARÁ

A. Tito Filho, 08/04/1988, Jornal O Dia.    

Estudei em Fortaleza três anos. Tive bons mestres e quanto me recordo de Colombo de Sousa, Mardônio Botelho, Raimundo Cela - e desse admirável Martins Filho, que se formou no Piauí, e depois seria o arquiteto da Universidade Federal do Ceará.

O Piauí deu à terra alencarina algumas figuras de grande conceito em diferentes áreas da inteligência. Dos mais antigos, podem citar-se Francisco Alves Lima, nascido em Pedro II, ano de 1869, poeta e jurista. Odorico Castelo Branco, de 1876, o famoso educador do Colégio Castelo. O ilustrado jurista Luís Correia, mestre da Faculdade de Direito do Ceará. O intelectual Victor Hugo, nascido em Floriano, 1898. O desembargador e jurista Antônio Soares da Silva, jurista, de Valença onde nasce em 1903.

Os cearenses costumam relacionar como conterrâneo seus José Coriolano de Sousa Lima. É bem de ver que esse profundo lírico, romântico, cantor da natureza, nasceu em Vila do Príncipe Imperial, em 1829, quando a vila pertencia ao Piauí, passando ao Ceará muitos anos depois, com o nome de Castelo.

Dos piauienses nascidos da década de 20 em diante e que se fixaram em Fortaleza, vitoriosos na vida cultural da nova terra de trabalho, lembro-me de Teoberto Landim, das bandas de Pio XII, contista, ensaísta e romancista. E mais: poeta Vasques Filho (Teresina); Flávio Portela Marcílio, deputado, governador, orador (Picos);, Cláudio de Almeida Santos, jurista, de Parnaíba (1935); Herbert Maratoan Castelo Branco, desembargador, jurista; Barros de Pinho, político, poeta, secretário de Estado, de Teresina (1939); Emanuel de Carvalho Melo, pintor, poeta e prosador, vindo ao mundo em Piripiri, 1950. E essa exemplar figura de virtudes muitas Geraldo Fontenelle (1934), de Batalha.

Deve haver mais gente nossa por lá, como Genuíno Francisco de Sales e outros cristãos sinceros.

Geraldo Fontenelle mereceu eleição para a Academia do Longá - entidade prestigiosa, e brevemente se empossará na cadeira. Jornalista de mérito. Poeta de versos cósmicos, novelista. Escreveu livros projetados como "Notas do Caderno de um Repórter", "As estrelas brilham também durante o dia", "Porto Cinzento", "Idéias - Ação e Atualização" e recentemente publicou "Os castiçais dos mortos", em que desfilam figuras humanas impecavelmente retratadas, nos simples como nos complexos caracteres. Geraldo é antes de tudo cronista talentoso, fiel observador da vida e dos tipos que nela se agitam. Sabe compor a escritura com arte e limpidez de linguagem.

Não se tenha dúvida de que Geraldo vale uma forte fonte de riqueza da literatura cearense, para alegria do Piauí. De fidelíssimas crônicas fortalezenses.

ODORICO CASTELO BRANCO

Escreve Dolor Barreira ( História da Literatura Cearense ) -" Odorico Castelo Branco era filho do Piaui, mas, cuja formação mental se fez, fora de dúvida, ao influxo do ambiente cearense, vivia - é certo - entregue às suas fatigantes lidas didáticas; mas o tempo que sobrava das aulas dedicava às letras que tiveram nele um dos seus mais impertérritos cultores,.


Reuniu uma coleção de contos, poesias, sonetos e arranjou o t i t u l o - Reminiscências do oficio. Era um grande educador, e sempre viveu cercado da consideração de seus alunos.

Escrevia em todos os jornais da época, principalmente na Folha do Povo, Correio do Ceará. Diario do Estado, no Almanaque do Ceará e outros.

Faleceu no dia 21 de ianeiro de 1921, nesta capital ( Fortaleza ). Deixou uma filha - Odorina - esposa do Deputado Federal Leão Sampaio.

Soneto de Odorico Castelo Branco

SAUDADE 

Tão lentas vão passando, hora por hora.
As tristes horas desta vida horrível
Que me parece. às vezes. impossível
Marchar ainda o tempo como outrora.

Ha-de, amanhã. ferir-me, como agora,
A mesma dor acerba. irresistível:
E mais do tempo a lentidão incrível
Aumenta o mal cruel que me devora.

A luz. que o meu futuro inda ilumina
Provém dos ólhos teus meiga Odorina,
Que só sabes sorrir, na tua idade;

E longe o dia vem. filha querida.
Em que, sentindo a dor por mim sentida,
Até ajudas a sofrer esta saudade.

3/10/2015

Aberta as inscrições para elenco de figurantes da Paixão de Cristo 2015


O grupo de teatro  Escalet de Floriano abriu nesta segunda-feira (09), as inscrições para interpretação de figurantes da encenação do espetáculo Paixão de Cristo. Em virtude de comemoração dos 20 anos, atores e atrizes locais já se preparam para o espetáculo, que ocorrerá de nos dias 03 e 04 de abril, às 20h, no Teatro Cidade Cenográfica. 

De acordo com o diretor do espetáculo, Alisson Rocha, os interessados em participar podem se inscrever até o próximo dia 20 de março. As inscrições serão feitas das 09h às 12h, e das 14h às 18h, no Teatro Cidade Cenográfica, ou através do telefone (89) 3522-0804. 

“Qualquer pessoa pode fazer parte da figuração da Paixão de Cristo, tanto homem como mulher. A inscrição não é cobrada taxa, é totalmente gratuita, e a gente dá todo o figurino que o personagem compõe", 
disse.

Segundo Alisson Rocha, serão cerca de 200 figurantes e não precisa ser artista para participar. Crianças, idosos e adultos podem se inscrever. Os figurantes, geralmente, não precisam decorartextos, porém tem toda uma encenação e então, eles participarão de uma oficina de preparação.

A encenação da Paixão de Cristo de Floriano terá Elke Maravilha (Herodiades), Luigi Baricelli (Pôncio Pilatos) e Oscar Magrini (Caifáz) como parte do elenco principal do espetáculo, que mostrará momentos marcantes da história de Jesus do batismo à ressurreição. 

Fonte: florianonews.com

Centro Cultural Sobral

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