11/30/2006

SERTÃ


A velha Sertã. Quem não se lembra do bar Sertã dos tempos de Antonio Sobrinho e dos velhos carnavais. Hoje, tá só o bagaço.

Esse registro ao lado é do período do centenário de Floriano. A praça também é bem moderna, mas fazem falta os velhos contornos, o coreto e os bambuais.

Seria preciso que alguém tomasse a iniciativa e recuperasse esse espaço de suma importância para a alta estima da cidade.

Mas temos que ficar de olho, a propósito, em nosso belo acervo arquitetônico, no sentido de coibirmos atitudes que venham contribuir para sua total destruição.

Que venha o progresso, tudo bem, mas que possamos salvaguardar, por outro lado, o nosso contexto histórico de um passado de saudosas lembranças.

11/28/2006

ANTIGO POSSIM

Esse é o antigo Possim, aí atrás desse matagal. Era aí onde banhávamos, pegávamos água para as nossas casas. Situava no fundo do Odorico e no final da rua José Coriolano.

A movimentação era grande. De frente ficava a quinta de Maria Prisulina, onde a gente caçava passarim.

Depois que a Agespisa implantou o sistema de abastecimento d´água da cidade, o velho e famoso poço foi sendo abandonado.

Fica a saudade de quando jogávamos bola, empinávamos papagaio, brincávamos de preso, de quemente e de filmes de Tarzan.

São apenas recordações que nos fazem chorar!

11/25/2006

CINE NATAL

Aí está o velho Cine Natal, exaltando seu tempo épico na efervecente década de cinqüenta. Simplesmente original. Lírico.

À época, a Amplificadora Florianense divulgava as atividades e as novidades da cidade. A voz líder e potente da Princesa do Sul na locução do saudoso Defala Attem.

Em nosso tempo, já modernizado, nos anos sessenta, o auê era diferente: as matinês tornaram-se hilárias, movimentadas e muito troca-troca de gibis.

Para completar, o cheiro de pipoca, café e os picolés do bar do Bento. Hoje, a cidade segue seu rumo natural, sem mais o brilho dos tempos de outrora.

De qualquer forma, a produção cultural local exerce seu papel. Não sabemos se haverá uma construção efetiva. Precisamos do apoio público definitivo. Floriano precisa voltar a crescer. Doa a quem doer.

Chega de respirar nostalgia.
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Foto: Floriano de hoje e de ontem / Teodoro Sobral

11/24/2006

GONZAGA PRETO



GONZAGA PRETO – O ETERNO ARTILHEIRO!

Atualmente treinando os garotos da Escolinha Brasiliense, o pique ainda é mesmo, continua com a mesma motivação e dedicado quando assume compromissos!

- Gonzaga, quais os times que você jogou no futebol de Floriano?

- Se for contar tudo desde o começo, haja tempo; mas foram os seguintes: América de Antonio Martins; Botafogo de Gusto (que tinha como o maior torcedor o seu Antonio Sobrinho; e, certa vez, o juiz estava demorando pra encerrar o jogo e já estava ficando escuro; de repente, ele pegou e carregou a bola do jogo, nunca esqueci o lance!); Reno de Zé Amâncio; Ferroviário do Francisco Antonio Bezerra, mais conhecido por “Bezerra”; Palmeiras (com Antonio Guarda, Bagana e João Rato), time do finado Basué; e, por último, o nosso Grêmio!

- Você participa do Grêmio Esportivo Florianense desde quando?

- Desde a sua fundação do Grêmio, e o lance foi interessante, veja: juntou os piolhos de bola Gonzaga (eu), Chapéu e Geremias, e como eu era amigo de Calistinha, idealizamos em formar um time e nos dirigimos ao Hospital Miguel Couto (hoje a Diocese Oeiras-Floriano) para convidar o Dr. Calisto Lobo Matos, para ser o Diretor Presidente da agremiação. Chegando lá, Dr. Calisto estava na sala de cirurgia, e aí só nos restou ficar esperando! De repente, eis que surge o nosso alvo, Dr. Calisto. Após cumprimentá-lo, perguntamos se ele poderia nos ceder alguns minutos do seu precioso tempo! E prontamente ficou livre para bater aquele bolão, só toque de bola! Os três ficaram só cercando, sem fazer falta: “Dr. Calisto, temos aqui um elenco e com ele poderíamos formar um grande time de futebol e disputar todos e qualquer campeonato de igual para igual.” Aí veio a primeira falta: “Gostaríamos de convidá-lo para ser Presidente do time, que terá o nome de Grêmio Esportivo Florianense.” Dr. Calisto não fez objeção, escapou da falta: “Garotos, estou à disposição, o que está faltando para formar este timaço?” Era exatamente a pergunta que o trio gremista estava esperando! Entraram de carrinho, Geremias na frente, claro, sua especialidade! Gonzaga e Chapéu, pedindo calma: “estamos precisando de um jogo de camisas.” Imediatamente, Dr. Calisto pegou seu bloco de consulta e mandou no ângulo, Joaquim nem viu onde entrou: “vão lá no Mohamed Wassen Abou Arabi (nome completo de Ibraim, informou orgulhosamente sua filha Leila), e pegue uma equipe completa, aqui está a autorização.” Rapaz, pense numa turma feliz, parecia pinto comendo milho! Com isso facilitou a formação da diretoria, que tinha como membros: Rego (trabalhava na Pernambucana), Milton Costa Sá (trabalhava no Vende Bem, hoje mora em Guadalupe), praticamente o Grêmio ficou como o time mais organizado, inclusive com reuniões que eram realizadas frequentemente na casa de Dr. Calisto, time bem planejado, todos sabiam a sua tarefa. De lá pra cá só deu alegria, fui campeão 11 vezes pelo Grêmio. A maioria das conquista do Grêmio, fui artilheiro (disputa ferrenha com Zé Bruno, na artilharia!), lembrou Gonzaga Preto. Os campeonatos de Floriano aconteciam normalmente, mas com o intuito de motivar e atrair o torcedor, a Liga convidou um timaço da CHESF (Guadalupe – que tinha um jogador chamado Ribinha, liso, habilidoso, era infernal!), comandado pelo ex-diretor do Grêmio Milton Costa, e o campeonato pegou fogo, e numa final inesquecível, contra a CHESF, foi o jogo que mais me marcou, fomos campeões, quando ganhamos o jogo - Grêmio 3 X 1 CHESF, naquele jogo eu estava inspirado e comandava o espetáculo (o jovem Walberto não tinha ainda feito gols), eu disse: ”hoje você vai fazer o seu” e os passes saíram com a maior naturalidade, logo na época em que estava no auge da minha carreira, bem preparado fisicamente e isso facilita para o atleta, a gente sai na frente!

- Gonzaga, cite seus pontos fortes?

- Cabeceava bem, nunca tive medo de zagueiro, tinha arrancada e velocidade, era impressionante, quando partia na frente não conseguiam me alcançar, o chute não era forte, mas colocado, tirando do goleiro, muita categoria, sabia dominar e tinha o reflexo de águia.

- Gonzaga, quem te ensinou essas artimanhas para vencer no futebol, um esporte tão disputado?

- É um dom de Deus, era piolho de bola, treinava no campo do Curral Velho, hoje Colégio Estadual, um campo de areão, desafio constante, onde a gente tem que ter habilidade pra tudo, ou seja, no areão, temos que driblar várias adversidades: os adversários e principalmente o próprio areão, isso é que é escola!

- E no Campo do Artista, qual o time que você jogou?
- Botafogo do Gusto, Mundeiro, Bago, Bento (era o único que segurava Chiquinho), Zeca Zunidor (veloz como um raio), Gonzaga.... fomos campeões naquela época.

- Gonzaga você lembra de algum time adversário e seus atletas?

- Fluminense de Carlos Sá tinha Chiquinho, pense num cabra rápido; Flamengo de Tiberim com Nego Cleber, Pedro Caniço; América de Antonio Martins, joguei também, tinha ainda, Ferré, Lucas, Corró, João, Galo Magro (goleiro)

- Chegou a ser convidado para jogar nos times da Capital?

- Sim, joguei no Piauí Esporte Clube por seis meses ao lado de Sima e Toinho e o treinador era Ronaib.

- E o Grêmio na era Galdino?

- Foi sensacional, o time manteve o mesmo padrão de sempre buscando títulos. O nosso último título, foi em 1995, quando o Galdino teve todos os seus Campeões: Botafogo, Grêmio e Corisabbá.

- E “Seu Chico Urquiza”, fale um pouco!

- Era um baluarte, organizado e gostava que os atletas fossem responsáveis, não gostava de bagunça, um apaixonado pelo futebol, nas folgas levavam o time conhecido por “Time de Chico Urquiza”, íamos pelos interiores e até chegamos a jogar em Graça Aranha-MA, longe! Pense num lugar longe!

- Gonzaga e sobre a Seleção Florianense?

- Fomos campeões do Torneio Intermunicipal, 1982, um timaço, Marquinhos, Mineiro, Pedão, Dias e Zé Ulisses; Edmar, Mocó e Flexa; Neto da Farmácia, Gonzaga Preto e Chaga Velho. Era um torneio disputadíssimo, chegamos 4 vezes na final, pois os times da região norte eram quase imbatível, não pelo futebol, mas eram ajudados de vários formas. Agora, chegou a hora! Essa pergunta, quero é vê o cabra ficar normal, não fica! Tá provado, se emociona! Impressionante! Até hoje diariamente Walberto lê a nossa reportagem, ele contando o seu gol mais bonito, Gonzaga também não é diferente! Vejam que pintura! Daria um belo quadro!

- Gonzaga, qual o seu gol mais bonito?

- Virgem Nossa Santíssima! Foi jogando pela Seleção de Amarante contra o selecionado parnaíbano, um lance espetacular, com estádio tinindo de gente e pense em duas torcidas fanáticas, tanto os amarantinos quanto a de parnaíbanos, recebi um lançamento perfeito (a La Gerson – canhotinha de ouro), tava de costa pro gol, matei no peito e de meia bicicleta (obrigado Leônidas da Silva – o homem borracha!), na veia, que chute bem no ângulo, Suzarte, goleirão, ficou pasmo! Só olhando! Com a cara de bobão!, E dizendo: "como é que pode! Como é que pode!” Eu só vi a gritaria e a rede balançando, foi uma correria inesquecível, rapaz o filme voltou! É o futebol, o que posso fazer? Ninguém tira esse! Ta na memória!

- Os craques atualmente estão difíceis de surgir, analise?

- Falta principalmente humildade, quando um jogador joga uma partida boa, pensa que é já craque, não sabe se valorizar, tem que ter mas responsabilidade, atleta não pode andar em farras. Quando eu jogava, e a pós a partida, recebia alguns elogios sobre a partida eu dizia: obrigado, mas eu quero jogar melhor na próxima, ou seja, as coisas hoje os atletas querem tudo imediato! Após a partida, o jogador, já pensa na resenha e no dinheiro! Faltam também campos para peladeiros, são nesses campos que aparecem os craques!

Biografia de um atleta espetacular! José Luiz GonzagaNasceu 27.04.1951 em Floriano-PI, no bairro Curador. Cônjuge: Meroania da Silva Moreira. Filha: Moyra Christian da Silva Moreira. Pais: Antonio Milindro de Sousa e Maria Evelin Soares. Funcionário da CEPISA, há 27 anos
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Fonte: www.florianoemdia.com

11/23/2006

TORRE DA ESPERANÇA


Estamos, definitivmente, chegando ao final do ano. Floriano começa a receber seus filhos de fora, a velha guarda para celebrar reencontros e desencontros.

As festas de final de ano, o natal, o reveillon e as folias nos fortalecem para as batalhas vindouras.

O aconchegante cais do porto, o Flutuante e o caudaloso Parnaiba a nos proporcionar emoções fortes.

Vamos aproveitar cada momento ou instante que teremos pela frente e guardar como lembranças as grandes passagens, a amizade. Vamos documentar essa passagem de volta.

A torre seria o testemunho de tudo isso. Marque um encontro, tire uma fotografia e mande para o nosso blog.

Precisamos registrar essas emoções. Sejam bem vindos!
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Foto - Florianonet

11/22/2006

QUEM É O PADRE?


Esta foto é da realização de uma missa em Floriano na Igreja Matriz São Pedro de Alcântara no ano de 1968, quando realizava-se a primeira comunhão de um grupo de jovens florianenses.

A nossa amiga Arlenildes ( na foto, morou na rua Sete, estudou no Odorico e que hoje mora em Brasília ), fazia parte desse grupo e gostaria de saber quem seria o padre da foto.

Alguém poderia reconhecer o pároco auxiliar?

11/20/2006

FLORIANO CLUBE


Em homenagem a essa velha Guarda do famoso Floriano Clube ( foto ), bem que a COC - Comissão Organizadora do Carnaval Florianense colocasse em pauta o resgate dos velhos carnavais do clube, promovendo matinês e bailes tradicionais, pelo menos no período carnavalesco da cidade.

Já temos a festa dos Ingratos, o tradicional Comércio Esporte Clube, o Cais, a Getúlio Vargas, os blocos de sociedade, faria-se uma integração de tudo isso, para que o nosso carnaval tenha o brilho de outrora outra vez.

A foto acima, trata-se de uma Farra no Floriano Clube na década de 60. Da esquerda para direita, sentados o senhor Antonio José Boquinha (+), Domingos Ribeiro, Idílio Macêdo, Jaime Lima (+), Geraldo Martins (+), Solon Miranda (+), Nilton Camarço e Bibi (+).

Em pé Raimundo Teodoro ( Pai de Altair de Pedim ), Demerval Neiva (+), Vidal Cortez (+), Antonio Neiva, Freitinhas (+), senhor Ramos (+), Cirenio, João Luis Guimarães "Cara Velha" (+), Celso Costa ( pai de Manin ), Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves (+) e Vicente Franco (+).
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SAUDADES, POMPÉIA!


Fomos surpreendidos pela notícia do prematuro falecimento de nosso querido Carlos Augusto Ferreira - o Pompéia.

Não estava no combinado, de forma que Floriano ficou mais triste. Entretanto, podemos considerar que o esporte em Floriano caracteriza-se em duas grandes fazes: antes e depois de pompéia.

O futebol Florianense não poderia deixar de ter as belas voadas de Pompéia. Já estava escrito. O velho mestre ainda conseguiu dar uma guinada no esporte local e em outras atividades. Vejam por exemplo a conquista do Cori-Sabbá e a semente que plantou para o desenvolvimento de nosso esporte, a criatividade e a vontade de galgar novos horizontes.

O exemplo de Pompéia precisa ser perpetuado, seguido e divulgado, para o futuro de nossos jovens atletas, que estão querendo avançar para grandes conquistas.

Pompéia, certamente, fará disseminar suas habilidades do outro lado e, aqui, vamos nos espelhar na sua grande inquietude que tinha na área esportiva, principalmente.
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Na foto acima, Pompéia quando disputava o campeonato piauiense pelo Ferroviário /1967

11/18/2006

RUA DO EPAMINONDAS

Dentro do contexto arquitetônico do centro de Floriano, o asfalto veio a tirar o brilho, a poesia e o valor histórico de nossas ruas e dos passeios. Observamos, a propósito, a rua Marechal Pires Ferreira, mais conhecida como a rua do Epaminondas.

Haja visto os casarões por ali em volta, a nossa opinião é a de que, necessariamente, não precisaria ter que asfaltar esse importante logradouro do centro da Princesa do Sul. A temperatura, nesse caso, aumenta consideravelmente.

Mesmo sabendo que o progresso tem a sua importância, seria mais prudente traçar um plano, algum método que pudessem melhorar a arborização desses contornos. Alguma parceria precisaria ser criada para tornar mais dinâmicas as mudanças que ocorrem e que poderão acontecer no futuro.

A sociedade local, prefeitura e outros seguimentos bem que poderiam articular-se para estudarem demandas satisfatórias em prol de nossa riqueza arquitetônica.

Ainda há tempo.

11/17/2006

CORI-SABBA


Este é o famoso Cori-Sabbá, campeão florianense do ano de 1987. Ainda havia um pouco do romantismo, um sentimento lírico das fantasias e das grandes emoções em que vivíamos à época sem grandes preocupações com o futuro.

O estádio Mário Bezerra estava lotado ( foto ). Era uma tarde verdadeiramente fiel à prática de nosso futebol. Os torcedores, exaltando a sua vaidade, mostrando que estavam ali para o que desse e viesse.

Notadamente em particular, havia a presença marcante do lateral esquerdo do time da Princesa do Sul - Leomar ( na foto é o terceiro em pé da esquerda para a direita ), filho do senhor Luiz Barreto. Zagueiro espetacular, tinhoso, genioso e duro na marcação. Nem mosquito passava. Era providencial e tinha uma arrancada veloz, acertando quase que todos os cruzamentos para os atacantes fazerem os gols.

No entanto, o lance mais cruel daquela grande decisão, foi quando Leomar tomara a iniciativa para bater um pênalti a favor do time florianense. Se as câmeras estivessem filmando, certamente vocês veriam a empolgação e a confiança do zagueiro do Cori em sua determinada compenetração e vaidade para colocar o Cori-Sabbá em vantagem.

Quando o juiz autorizara a cobrança da penalidade máxima, o filho de Luiz Barreto cismara em jogar beijos para a torcida antes de chutar para o gol. Resultado: o goleiro defendera magistralmente o tiro direto, jogando para escanteio.

Dada à boa partida que vinha jogando, Leomar fora aplaudido mesmo assim pela torcida alvinegra, deixando-o vaidoso.

O Cori-Sabbá sagrara-se campeão daquela temporada; no entanto, ficara marcada aquela façanha que ficara registrada na memória dos que assistiram aquela saudosa decisão.

De volta para o futuro

  Num desses reencontros especiais, onde a gente se sente feliz na presença de pessoas ilustres. Eu, Puluca e o Élio Ferreira (in memorian),...