5/18/2017

CRÔNICA DO DIA

RIACHO DA ONÇA

Coleboração: Nelson Oliveira

O surgimento do Riacho da Onça foi diferente do Riacho do Gato,visto que ele veio de várias grotas que se tornaram seus afluentes ao longo de sua extensão. O seu leito está localizado ali naquele grotão existente entre a rua Godofredo Messias, no bairro Catumbí e a hoje avenida Bucar Neto, anteriormente chamadas de ruas da Bandeira e José Messias, respectivamente, as principais entrada e saída da cidade que vem dos demais estados, exceto o Maranhão.

Os seus afluentes somente o alcançaram numa junção que aconteceu na ponte existente nas proximidades do Eldorado Center no encontro das ruas Olias Oka com a rua Godofredo Messias no bairro Catumbi, por uma vertente de um grotão que existia paralelo à rua Castro Alves, nascido no bairro Viazul, que passando ao lado do Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva, se juntava às águas do riacho do Escurador e escorrendo paralela a hoje rua São Miguel, passava ao fundo do mesmo colégio já citado e se juntava às águas que vinham do grotão, cuja água escorria paralela a rua antiga José Messias e atualmente Bucar Neto, encontrando-se com as outras vertentes na ponte próxima ao Eldorado.

Daí pra frente, ao que se supõe, nasceu o famoso Riacho do Onça, cujo título desconheço as razões, prosseguindo paralela à Bucar Neto, atravessando as ruas João Dantas, Gabriel Zarur, atravessa Milad Kalume, atravessando a avenida Getúlio Vargas na altura dos Correios, passando pela rua Bento Leão, na parte mais baixa, invadindo terrenos do Bosque Santa Teresinha, surgido nos anos de 1950, chegando a Barra da Onça, onde desaguava no rio Parnaiba, cujo local desapareceu com as obras ali realizadas pela Prefeitura Municipal, visando diminuir ou acabar os alagamentos existentes naquela região.

No meu modesto entendimento essa é uma rápida história do mais tradicional riacho de Floriano, que sucumbe diante do desenvolvimento das cidades.

Já com o nome de Bosque Santa Teresinha, em homenagem à virtuosa Santa, que tem  uma história que eu prefiro guardar comigo e daqueles que sabem disse nos 40 numa parte do terreno, que salvo engano era de propriedade do Sebastião Martins ou  do senhor Afonso Nogueira, era repleto de frondosos cajueiros, mangueiras, umbuzeiros verdadeiros de imensurável sabor foi construído um campo de futebol, de razoável dimensão e instrumentos para a prática de educação física, destinado ao Tiro de Guerra Número 237, onde os jovens da nossa comunidade recebiam os devidos adestramentos na prática militar e na formação do cidadão.

Enquanto existia os tiros de guerra espalhados pelo Brasil inteiro, instruindo os jovens, não se tinha tempo de falar em maconha (que nem se conhecia e nem se ouvia falar) e mais a cocaína, craque e outros que prefiro não enumerá-los.

Sabem porquê acabaram a respeitável Instituição, por medida de economia de um dos governos de Fernando Henrique Cardoso. Salvo engano.

Pois ali, caros amigos, naquele campinho que ficava ao lado da rua José Guimarães, nasceu o Ferroviário Atlético Clube, de Antonio Clovis Ramos, Adauto, Nelson Oliveira, Vilmar, Nelson Embarcadiço, Fenelon Brasileiro, Abdon, Nenem Mão de Paca, Nascimento e muitos outros que me fogem à memória, não podendo esquecer do doutor Hélio Castro, doutor Angeline, médicos renomados do nosso Estado. Depois, veio o grande Ferroviário dos anos 70/70 de Tibério Nunes, Deusdete Macarrão, Merval Lúcio, Domingos dos Santos, José Meirereles, Alcebíades Costa, Almir Zaidan, Milton das Casas das Roupas, Pepedro, Binda, Cabeção e outros.


Ah, que saudades de tudo isso!

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