10/01/2012

FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE XII )

Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993

PESSOAS E PERFÍS

Eleutério Rezende

Este notável e humilde alfaiate, maranhense de Barão de Grajaú, foi uma das poucas pessoas que contribuíram com a sua inteligência privilegiada, no desenvolvimento educacional de Floriano, especialmente como professor de música da Escola Normal local.

Não temos certeza se este brasileiro esquecido, estudante do antigo Colégio "24 de Fevereiro", concluiu o curso ginasial. Todavia, era um autodidata sem precedentes, entendendo de tudo, como: astronomia e música, especialmente. Foi poeta, escritor, dramaturgo e ator, e professor de música sem nunca ter tocado nenhum instrumento, quer de sopro, quer de cordas etc.

Cultor da arte presidida por Euterpe, são de sua própria autoria quase todos os hinos em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, os quais eram cantados pelo pocona data festiva da Santinha de Lisieux. Era Eleutério católico fervoroso praticante. E, por todos estes predicados, respeitosamente, consignamos-lhe - Honra ao Mérito.

Hercília Barros Camarço

Brilhante professora e educadora por excelência, possuindo um colégio misto denominado "Santa Cecília". Quando da criação da Escola Normal de Floriano, foi sua Diretora por muitos anos até aposentar-se.

Exímia pianista, executava de cór mais de cem composições musicais. Foi em seu piano que o Tenente-Coronel revolucionário João Alberto Lins de Barros, quando de sua estada por Floriano, executou algumas peças musicais.

Muitos jovens, de ambos os sexos, devem a esta notável educadora os conheicimentos pré-primários e pré-ginasial. À ela, nossa homenagem!

Vultos Populares

Perambulando pelas ruas e logradouros públicos eram encontradas pessoas que o vulgo dotou de apelidos jocosos, como: Maria Véia, Joana Véia, Derréia, João Cego, Manuel Garapa, João Pé de Bola etc. Havia também uma moça velha toda enfeitada de flores, andando com um crucifixo, dizendo-se Santa Teresinha. Se alguém a saudasse tomando-lhe a bênção, ela alegrava-se e até dançava de contentamento; porém, se a chamassem de vovó, ela esperneava-se xingando a pessoa.

O tal "garapa", não gostaca do apelido e ficava fulo de riva, quiando alguém o chamava assim. Muitos moleques gritavam: mel com água - e ele respondia: mistura, acompanhados de uma série de palavrões.

Etnia e Raça

Em Floriano existia ou existe ainda uma raça de negros luzídios, que o povo apelidou-os de "zinidores", por serem pretos retintos e de cabelos ancarapinhados ou enroladinhos na cabeça.

Hoje, talvez, com o constante cruzamento de reaças - preta e branca - a população da cidade e município se constituem de pardos em sua maioria.

3 comentários:

Grupo de Oração RestauraçãoJL disse...

Esse homem que vcs denominaram "João Cego" era um senhor que tomava esmola na antiga Farmácia Rocha? E que posteriormente ficava na calçada do Mercadão das Malhas?
Gostaria de saber alguma noticia dele...

Grupo de Oração RestauraçãoJL disse...

Esse homem que vcs denominaram "João Cego" era um senhor que tomava esmola na antiga Farmácia Rocha? E que posteriormente ficava na calçada do Mercadão das Malhas?
Gostaria de saber alguma noticia dele...

janclerques marinho de melo disse...

Grupo JL,

Nos repasse o e-mail de vocês, para posteriores informações sobre o cidadão JoãoCego, pois estamos garimpando essa informação.

Ferroviário de Floriano

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