2/02/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE



LOJA MAÇÔNICA IGUALDADE FLORIANENSE

DJALMA SILVA ( o professor e suas memórias )

Transcrito do Jornal de Floriano, edição nº 446 de 01 a 07 / 09 / 1985

Notas Explicativas: Nelson Oliveira

Passei todo dia sob forte expectativa: como seria a iniciação?

Na época não era fácil encontrar livros, como o que hoje existem que contam tudo sobre a maçonaria. E se encontrasse não se dava muito crédito, em razão do segredo do mistério que envolvia a instituição. Meu pai tinha seus rituais e, lembro-me muito bem, encadernado pelo senhor Epifânio Borba ( 1 ), mas cuidadoso, os trazia guardado à chave em sua gaveta. Os maçons com quem me dava não arriscavam nada. De sorte que, no aspecto de como as coisas aconteciam dentro de uma loja, eu era de uma ignorância chapada.

Bató – Bartolomeu Barbosa de Matos ( 2 ) apenas me recomendava: “leve escrito o seu testamento moral e filosófico.”  E o preparei como achei que devia. Falei de minha concepção do mundo e do homem. E daí tirando as lições que me interessavam: os deveres do homem para com Deus, à sociedade, à Pátria e meus semelhantes, e abordei o papel das religiões. Nesse aspecto cheguei a dizer que se a escolhemos, teria de evoluir, desempenhar os tempos. Mostrei o trabalho a um amigo católico fervoroso e ele protestou: “isto é um absurdo! A Igreja não tem que se adaptar a coisa nenhuma. Ela é imutável e eterna. Os tempos é que têm de se adaptar a ela.”

Na época, longe se estava de prever os passos que daria a Igreja católica a partir de João XXIII.

Levei para a Loja o tal testamento, mas não encontrei ou não me deram espaço para apresentá-lo.

Meu pai só me disse isto: “Não saia a noite de casa. Alguém virá buscá-lo na hora.”

Fiquei na república que compartilhava com José Lira.

E pouco depois das 19 horas bateram na porta. Saí. Eram quatro homens de roupa escura. Um deles me disse: “Vamos.”

Os homens me enquadraram e nos pusemos a caminho. Descemos o resto da rua Conselheiro Saraiva ( 3 ). Subimos a avenida João Luiz Ferreira e cortamos a praça da Igreja ( 4 ) em diagonal . Em certo momento tentei aproximar-me de um dos maçons e a travar conversa, mas ele se afastou e continuou no seu mutismo.

Chegamos à Loja Maçônica Igualdade Florianense e lá me introduziram em um compartimento pequeno e estreito e me deixaram, por momentos, em contato insuspeitados com o objetivo de me fazerem refletir sobre a precariedade da condição humana. Depois me fizeram percorrer sombras e acidentados caminhos, ora enfrentando tormentas, ora calmarias. À medida que andava ampliava conhecimentos, desenvolvia potencialidades, assumia compromissos e me despojava de individualismo e asperezas. Até que finalmente a luz se fez dentro de mim, diante de mim. Foi uma festa, um espetáculo deslumbrante como nunca conheci outro igual.

Estava, finalmente, iniciado.

Ainda bêbado de luz e emoção fui identificando fisionomias conhecidas. Eram muitas. De amigos e novos irmãos ao lado dos quais eu iria ajudar na construção do Templo de Salomão.

A solenidade terminou na residência de João Francisco Dantas ( 5 ), maçom e meu padrinho de crisma, que no dia aniversariava. Com o tradicional banquete.

O período ( 1943 – 1949 ), que freqüentei a Loja Maçônica Igualdade Florianense, foi de sumo proveito e satisfação. A convivência de homens bons e desprendidos, como Amâncio Calland (6 ), Alderico Guimarães ( 7 ), Francisco Firmino Lima ( 8 ), Manoel Camarço ( 9 ), Francisco Borges ( 10 ), Amílcar Sobral ( 11 ), Hermes Pacheco ( 12 ), Luiz Raimundo de Castro ( 13 ), Benedito Pinho ( 14 ), Genésio Nunes ( 15 ), Antenor Torres ( 16 ), João José Ribeiro ( 17 ), Antonio Pereira e Silva ( 18 ), Edmundo Gonçalves de Oliveira ( 19 ), Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves ( 20 ), Miguel Borges de Oliveira ( 21 ), Anésio Batista Guedes ( 22 ), Edson Rocha ( 23 ), Gervásio Medeiros de Souza ( 24 ), João Luiz Guimarães ( 25 ), Vicente Ferreira ( 26 ), Alcebíades Morais ( 27 ), Tiago Roque de Araújo ( 28 ), Raimundo Neiva de Souza ( 29 ), José Mendes Vieira ( 30 ), Bartolomeu Barbosa Matos ( 31 ), Antonio Luiz Ferreira ( 32 ), João Batista Nunes ( 33 ), Antenor de Oliveira e Silva ( 34 ), Pedro da Fonseca Rocha ( 35 ), João Francisco Dantas ( 36 ), José Rodrigues de Souza ( 37 ), Rafael da Fonseca Rocha ( 38 ) e outros, muitos outros.

A participação em campanhas de beneficência em que a mão esquerda nunca sabe o que a direita fazia. A prática e a constituição de atos de solidariedade e irmãos e profanos na alegria e na dor. As discussões acaloradas de posições firmes, por vezes veementes, dentro da Loja e depois todos os envolvidos saindo como se nada tivesse acontecido e sem que ninguém se sentisse triunfante ou vencido nem mesmo suscetibilidade. A aquisição de conhecimentos e experiências válidos para toda a vida.

NOTAS  EXPLICATIVAS COM RELAÇÃO AO NÚMERO APOSTO APÓS CADA NOME


  1. Pai de Atlas, Raimundo, Rivadávia, Borbinha e outros que mantinha uma tipografia artesanal, onde hoje está instalada a Livraria Rex. Posteriormente, após a construção do prédio onde funciona a Loja da dona Lourdes Neiva, continuou com a sua tipografia, em cujo ramo foi um dos pioneiros, tendo muito tempo depois instalado um mercadinho para venda de produtos alimentícios. Cidadão sério, honesto e dedicado a sua arte;
  2. Professor de educação física Escola Normal Municipal de Floriano e inclusive do nosso focalizado e que foi demitido da referida função, por exigência do bispo Dom Severino, fato que será apresentado noutro local e queveremos também sobre a Escola Normal, escrito pela saudosa doutora Josefina Demes com todos os detalhes, que provocou aquela tremenda injustiça. Bato era irmão de Olavo Barbosa Matos, pai do doutor Calistinho e outros, pessoa bastante conhecida da nossa cidade, onde atua como médico competente;
  3. A rua continua com a mesma denominação;
  4. Naquele tempo, a praça da Igreja, como era chamada, era simplesmente uma vasta área de terra arrodeada de frondosas figueiras, onde, com passar do tempo, surgiu um bom campo de futebol com os gols marcados por simples tijolos, em sua largura, onde a garotada ensaiava o seu futebol e era constituída de estudantes, como Zeca Demes, Defala, Fozi, Nilmar, Jesus e muitos outros e onde nasceu o Ubiratan, na década de quarenta, transformando-se num verdadeiro celeiro de craques, sobre o qual trataremos dentro do espaço reservado ao esporte rei;
  5. Venerável mestre da época, figura de escola na nossa sociedade, músico dirigente da União Artística Operária Florianense, responsável pela criação da “EUTERPE FLORIANENSE”, uma banda de música da referida entidade e onde nasceram grandes músicos, como mestre Eugênio, pai do delegado Chiquinho e outros, José Franco, João Alves, Pirulito e muitos outros;
  6. Na época foi, sem dúvida, influente precursor no desenvolvimento da religião protestante – hoje evangélica – através da Igreja Batista, a pioneira em nossa região da qual foi membro ativo e conceituado. Por três vezes, salvo engano, foi venerável da Loja Maçônica Igualdade Florianense com excelente trabalho, principalmente no ano de 1932, ano da grande seca do Nordeste, quando a Loja, cumprindo a sua obrigação, ajudou no combate à terrível estiagem e que hoje permanece, embora em menor intensidade e que se denomina região árida em nosso Estado;
  7. Nome que dispensa apresentação porque, embora oriundo do Estado do Maranhão ( Nova Iorque ) adotou Floriano como sua terra e aqui se desenvolveu, tornando-se funcionário competente e conceituado da firma Roland Jacob, a quem dedicou grande parte da sua laboriosa vida, tendo como companheiro de trabalho, Edmundo Gonçalves de Oliveira, Antonio Moreira Filho, além de muitos outros. Com o passar dos tempos, o senhor Edmundo criou a sua própria firma para exploração do beneficiamento do coco babaçu para extração de óleo. Com isso, o senhor Alderico deixou a Roland Jacob e passou a trabalhar na firma do senhor Edmundo de que, por sua capacidade, terminou dele tornando-se sócio e por força do trabalho a empresa cresceu com o advento de uma usina de beneficiamento de algodão e que gerou muitos empregos. Era casado com dona Gracy Fonseca Guimarães de cuja união nasceram Sérgio, Marcelo ( competente fotógrafo ) e o Júnior. O senhor Alderico, no ano de 2007, e que como maçom e rotariano, foi um exemplo de dignidade. Foi V. M. em 1952;
  8. Outra grande figura humana. Dono de uma bem montada sapataria na avenida Getúlio Vargas, esquina com a fuá Fernando Marques, onde fabricava seus próprios produtos, além dos importados de outras fábricas do País. Já rapaz, com uma certa idade, casou-se com a professora Maria Solimar Cunha, irmã do senhor Joaquim Alencar Cunha ( o Quincas ), velho comerciante da cidade. Do casamento surgiram vários filhos ( não sabemos quanto ) e que com o seu desaparecimento, preocupada com a educação deles, resolveu se mudar para Recife, onde fixou residência. Sabe-se que a meninada toda se formou e estão todos muito bem. Francisco Firmino Lima sempre foi comedido nas suas ações, econômico, conseguindo construir um prédio no fundo da sapataria onde serviu de residência, até que a morte o levou. Sabe-se, também, que somente há poucos anos, o referido prédio foi vendido para uma pessoa amiga da dona Solimar;
  9. Nos anos 30 / 50, desempenhou as funções de delegado, além de funcionário da antiga Mesa de Rendas, hoje denominada de Receita Estadual. Era pai do bancário Nilton Camarço e da mãe do político Freitas Neto, dona Maria Lídia, salvo engano;
  10. Conterrâneo do senhor Alderico Guimarães, tendo se iniciado no mesmo dia em 1946. Era comerciário, funcionário de importantes firmas, como Morais S/A e Edmundo Gonçalves de Oliveira. Era casado com dona Cirene Reis Borges, com quem teve quatro filhos, salvo engano, foi venerável por seis vezes;
  11. Outra pessoa importante e florianense ilustre. Casado com dona Jacy Sobral, filho de Teodoro Ferreira Sobral e pai do industrial no ramo de farmácia, Teodoro Ferreira Sobral Neto ( Teodorinho ) e cunhado do senhor Alderico Guimarães. Doutor Amílcar era farmacêutico e desempenhava outras atividades comerciais e foi venerável da Loja em 1948 e 1950;
  12. Funcionário do comércio tendo prestado, por muitos anos, seus serviços à firma do senhor Salomão Issa Mazuad, como viajante e balconista, foi prefeito municipal da cidade, substituindo ao irmão Fauzer Bucar, na década de 60 e de quem era vice-prefeito. Foi casado com dona Jamila Alelaf, não teve filhos e sempre residiu à rua Miguel Rosa, hoje rua João Dantas, numa casa junto à Casa de Saúde doutor Sebastião Martins. Passado o seu mandato de prefeito, assumiu a chefia do Centro Tributário local, no governo de Lucídio Portela. Foi venerável da Loja em 1951, 1964, 1967 e 1977. Faleceu nos anos 80;
  13. Irmão do coronel Mundico Castro, Agripino, Cristino e Ciro. Casado com dona Santinha, era pai de Augusto José Fonseca de Castro, que em 1979, foi guindado ao posto de Grão Mestre do Grão Mestrado do Estado do Piauí, federado ao Grande Oriente do Brasil. O irmão Luiz Castro morava à rua São João, num casarão, em cujo lugar foi edificado e instalada a Distribuidora Floriano. Augusto transferiu-se para o Oriente Eterno em fevereiro de 1982;
  14. Oriundo da cidade de Oeiras, aqui chegou como funcionário do INOCS – Instituto Nacional de Obras contra a Seca, hoje DNOCS, responsável pela construção da estrada Floriano / Oeiras nos anos 30. Após a conclusão da obra, Benedito Pinho resolveu fixar residência na Colônia de São Pedro de Alcântara, montando uma bem sortida mercearia no Mercado Público Municipal, que junto com a do senhor João Gonçalves Filho, avô do João Gonçalves Neto do cimento BOMFIM, eram, na época, as mais bem sortidas. Maçom de qualidades excepcionais, foi iniciado na Loja Maçônica Igualdade Florianense, ainda nos anos 30. Era avô de Benedito Gomes Pinho Neto;
  15. Era funcionário público estadual, comerciante, nascido na antiga Pedreira, hoje praça Francisco Nunes, casado com dona Maria da Fonseca Nunes, pai de Gesimar da Fonseca Nunes, o carequinha condutor de um fusquinha branco, modelo 1969. O seu pai, Francisco Nunes, foi um dos primeiros maçons iniciados na Loja Maçônica Igualdade Florianense no dia da sua instalação em 12 de outubro de 1908 e, nodecorrer do tempo, para ali levou os seus filhos Pedro, João Olindo, Genésio e Euclides, este iniciado do Estado de Goiás. Como se vê, uma verdadeira família maçônica;
  16. Pai de Almério Torres, também maçom, iniciado na Loja Maçônica Igualdade Florianense. O irmão, Antenor, desempenhou o veneralato em 1944;
  17. Velho Guarda Livros do comércio local no século XIX, porém, não conseguimos outros dados fundamentados. Sabe-se, entretanto, que dirigiu os destinos da Loja Maçônica Igualdade Florianense, como seu V. M. nos anos de 1915, 1917, 1919, 1921, 1923, 1925, 1929 e 1931;
  18. Pai, dentre outros, de Wilson Pereira, Chico Pereira, dona Iolanda, dona Socorro, dona Eulália, comerciante do ramo de sapataria, cuja loja se denominava de Sapataria Universal que se localizava na praça doutor Sebastião Martins, onde hoje está instalado um consultório médico ao lado do Banco do Brasil. Ali também era sua residência e a oficina onde eram fabricados calçados de todos os tipos da qual participou, como operário, o nosso amigo Pedro Pierre Brasileiro. Depois, mudou-se para a avenida Eurípedes de Aguiar, instalando ali um depósito de venda de bebidas, principalmente refrigerantes, onde passava o tempo, visto que naquele momento, com os filhos casados, só restou ao seu lado, a dona Socorro, sua dedicada esposa. Como Maçom, era atuante e teve como irmãos de sangue Benedito, José e Abdias Pereira da Silva;
  19. Foi, por muito tempo, funcionário da firma Roland Jacob, que era estabelecida onde hoje são as Lojas Maranata, de onde saiu para implantar o seu próprio negócio que consistiu, em sociedade com outros cidadãos, de instalação de uma usina de beneficiamento de coco babaçu, na produção de óleo do produto, tornando-se, por isso, pioneiro na nossa região. O nome de São Francisco de quem, ao que parece, era devoto, era o distintivo da usina e de seu armazém na avenida Getúlio Vargas e, hoje, sob a administração do seu filho do segundo casamento, João Gonçalves Neto. Em 1957, chegou ser eleito para o cargo de venerável, porém, não aceitou, alegando falta de tempo;
  20. Foi venerável da Loja em 1955 e gerente da filial da firma Moraes & Cia, localizada na avenida Getúlio Vargas e que em 1943 foi destruída por um pavoroso incêndio, fato que está relatado em outro local pela doutora Josefina Demes. Casado. Casado com dona Rosita, pai de Bibi, João, José, Antonio Afonso, Dorotéa, esposa do irmão Lauro, Rosita, esposa do senhor João Siqueira;
  21. Líder operário, dirigente em vários momentos da União Artística Operária Florianense, mantinha sua oficina na rua São Pedro, quase em frente ao Armazém São Pedro e residia na rua 7 de Setembro. Durante várias administrações da Loja, desempenhou vários cargos;
  22. Chegou aqui vindo de uma cidade cearense para assumir o cargo de gerente das Casas Pernambucana, tradicional empresa que tinha como slogan as palavras “ preços fixos, tecidos que não desbotam... “ As Casas Pernambucanas, filial de Floriano, foi instalada por muitas décadas na esquina da praça doutor Sebastião Martins com a avenida Getúlio Vargas, defronte ao prédio do senhor Calisto Lobo. O irmão Joaquim Anésio Batista Guedes conquistou uma amizade muito sincera com o doutorTeodoro Ferreira Sobral, pai do doutor Amílcar  e avô do Teodorinho e, impreterivelmente, às nove horas da manhã, saboreavam um cafezinho, ali, na tradicional Mascote, que ali se implantou, graças a uma idéia do João Miranda de Souza, por volta dos anos cinqüenta. O irmão Anésio, como era mais conhecido, foi venerávelda Loja em 1949, 1954 e 1957;
  23. Apenas desempenhou alguns cargos, enveredou pela política, mudou-se para Teresina e, como sempre acontece, esqueceu-se das suas obrigações com a Ordem;
  24. Foi gerente nos anos 40 / 50 de uma loja de tecidos de nome RIANIL, estabelecida no prédio do senhor Adala Attem, na praça doutor Sebastião Martins, próximo à Farmácia Santa Adelaide. Casado com dona Lizete Medeiros, pai do Erivan, excelente goleiro do Comércio nos anos 60 e ao que parece duas moças, cujos nomes fogem da nossa memória. Com o fechamento da Rianil, já aposentado, ainda trabalhou na firma do senhor Edmundo ( na Usina São Francisco ) e depois mudou-se para Teresina, onde passou a residir-se;
  25. Irmão de sangue e maçônico de Alderico Guimarães, a exemplo do 23, também não progrediu. Na vida profana, instalou a segunda livraria na cidade, onde hoje é a Loja Nordestina. A primeira livraria aqui instalada foi a de dona Nenem Machado no local onde é hoje a Sapataria Stylo;
  26. Foi, sem dúvida, um grande obreiro, dedicava-se de corpo e alma a sua loja e por isso galgou todos os cargos da oficina, inclusive o de Venerável Mestre em 1960. Aposentou-se como funcionário público estadual da Mesa de Rendas ( hoje, Centro Tributário ) junto a Manoel Camarço, João Alves, Genésio Nunes etc;
  27. Funcionário Público Estadual, pai do Geussis, um líder estudantil dos anos 50 e que faleceu em Goiânia. Dentro das suas possibilidades, foi obreiro razoável;
  28. Era gerente de uma firma com matriz em Parnaíba, intitulada de Machado & Trindade, que tinha o seu estabelecimento na avenida João Luiz Ferreira, esquina com a rua Bento Leão, junto ao qual estava a sua residência. Casado com dona Belisa, pai de doutor Nazareno Soares de  Araújo, advogado, político. A firma que explorava o ramo de compra de cera de carnaúba e outros gêneros, era estabelecida onde é hoje a Caixa Econômica;
  29. Neivinha, como era tratado foi, em vida, um dos mais experientes guarda livros da nossa cidade, prestando os seus serviços a importantes firmas de Floriano. Irmão de sangue do professor Abílio Neiva, dos senhores Demerval e Adelmar Neiva de Souza. Casado com dona Dulce Neiva e Rocha, com quem constituiu uma sólida família, dentre a qual está o irmão maçom Pedro de Alcântara Neiva. Neivinha era conterrâneo dos irmãos maçons, Alderico e Francisco Borges, tendo nascido na cidade de Nova Iorque, estado do Maranhão. Além de outros cargos, desempenhou o de Venerável Mestre em 1956;
  30. Foi sócio do Neivinha numa firma de compra de gêneros de exportação, que enquanto existiu era estabelecida onde hoje está localizado o prédio da Telemar na rua São João. José Mendes Vieira desempenhou alguns cargos, sem atingir o Veneralato;
  31. Veja o nº 2;
  32. Fez parte de muitas diretorias, desempenhando importantes cargos com muita dedicação. Funcionário dos correios e telégrafos na década de 50, adquiriu a caixa postal nº 4 e fez doação para a Loja que ainda hoje a ela pertence;
  33. Irmão de sangue do Genésio Nunes, tendo desempenhado, em várias diretorias o cargo de secretário, principalmente pela sua excelente caligrafia;
  34. Era proprietário das terras onde hoje está edificada a paróquia de Nossa Senhora das Graças, mudando-se para o centro da cidade, para o casarão da esquina da avenida Getúlio Vargas com Silva Jardim, onde também funcionou os correios e o antigo IAPC/INSS de propriedade da família Carvalho. Mudou-se para a cidade de Anápolis do estado de Goiás, por volta de 1960. Era um dedicado obreiro;
  35. Pedro da Fonseca Rocha, casado com dona Maria Herminia, cuja residência é pertinho da Loja não se adaptou ao regime e com o passar dos tempos, desistiu;
  36. Veja o que está escrito no número 5;
  37. Era dono de uma mercearia no mercado público, a exemplo do irmão Benedito Pinho e foi identificador do Ministério do Trabalho, o que expedia as carteiras profissionais e se constituía um excelente obreiro;
  38. Irmão de sangue de Pedro da Fonseca Rocha, que diferentemente demonstrou interesse pela causa macônica e ao se transferir para Brasília como funcionário do Banco do Brasil, ao que parece se desinteressou.


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